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05/Jan/2021

Governo federal pode perder testes encalhados mesmo com validade estendida

O Ministério da Saúde pode perder milhões de testes para detectar a covid-19 mesmo após ter estendido o prazo de validade dos exames por 4 meses.


O RT-PCR é um dos exames mais eficazes para diagnosticar a covid-19; coleta é feita por meio de um cotonete aplicado na região nasal e faríngea (a região da garganta logo atrás do nariz e da boca) do paciente

De acordo com reportagem publicada no jornal O Estado de S. Paulo nesta 2ª feira (4.jan.2020), 6,5 milhões de testes RT-PCR não foram distribuídos para a rede pública e seguem encalhados no galpão da pasta no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.

Há ainda outras unidades em posse dos Estados. O número é incerto, mas pode ser de mais de 3 milhões de unidades, segundo estimativa de gestores de saúde ouvidos pela reportagem.

Um dos obstáculos para utilização dos testes é a escassez do reagente de extração do RNA das amostras, cujo estoque atual do governo permite apenas 390 mil análises. O Ministério da Saúde afirmou que ainda pretende comprar mais de 6 milhões de reagentes desse tipo.

Outra barreira para o uso do estoque é que o modelo de testes encalhados não é compatível com parte da rede de laboratórios da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).

Os testes tiveram custo de R$ 275 milhões aos cofres públicos (R$ 42 por unidade). Eles são comercializados na rede privada por R$ 290 a R$ 400.

O exame é um dos mais eficazes para diagnosticar a covid-19, pois detecta o vírus ativo no organismo. A coleta é feita por meio de um cotonete aplicado na região nasal e faríngea.

Em nota, o ministério afirma que ainda pretende distribuir e utilizar todos os testes antes do vencimento.


Fonte: Notícia publicada no jornal O Estado de S. Paulo em 04 de Janeiro de 2021.
Foto: © Mufid Majnun/Unsplash