No RN, óbitos têm redução de 53% entre 2011 e 2012
16 de janeiro de 2013
Até outubro do ano passado, mais de 12 mil casos de dengue foram registrados na capital. Os dados são da Secretaria Estadual de Saúde (Sesap). Segundo a diretora do Departamento de Vigilância e Saúde de Natal, Sidneide Ferreira, os números atualizados devem ficar prontos até o fim dessa semana, quando os técnicos da SMS finalizarão o LIRAa (Levantamento Rápido de Infestação por Aedes aegypti).
O material dirá quantas pessoas foram infectadas na capital, o número de focos e as áreas que registraram maior incidência. "As condições de infraestrutura que encontramos não são as ideais, mas estamos buscando obter esses dados o mais rápido possível, até para evitar futuras epidemias", explicou Sidneide.
Ontem, ao liberar recursos para o combate à dengue, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha disse que "a prevenção precisa ser mantida, mesmo nas cidades onde há redução nos casos graves de dengue". No ano passado, mais de. 26 mil casos foram registrados no Rio Grande do Norte. Um número bem superior aos 17 mil de 2011. No Estado, a redução de óbitos foi de 53%, ou seja, foram 17 mortes por dengue em 2011 e oito óbitos no ano passado.
O técnico do Programa Estadual de Combate à Dengue, Vitor Hugo Diógenes, explica que o aumento é consequência da reintrodução do sorotipo 4 no Estado, vírus que não circulava há mais de 30 anos. "Devemos estar preparados para 2013, pois ainda sentiremos os efeitos dessa reintrodução", disse. O trabalho do programa consiste na fiscalização e orientação de municípios que vivenciam epidemias. Segundo Vitor Hugo, Rafael Fernandes é a única cidade potiguar nessa situação, e já está recebendo a visita do carro fumacê.
Ministério repassa R$ 2,9 milhões
Para intensificar as medidas de vigilância, prevenção e controle da dengue, o Ministério da Saúde está repassando R$ 173,2 milhões a todos os municípios brasileiros. O Estado do Rio Grande do Norte irá receber R$ 2,9 milhões para a qualificação das ações de combate ao mosquito transmissor da doença Aedes aegypti, com o aprimoramento dos planos de contingência. O adicional representa um subsídio de 20% do valor anual do Piso Fixo de Vigilância e Promoção da Saúde e será repassado em parcela única.
Em contrapartida, os municípios precisam cumprir algumas metas, como disponibilizar quantitativo adequado de agentes de controle de endemias; garantir cobertura das visitas domiciliares pelos agentes e adotar mecanismos para notificar os casos graves suspeitos de dengue, entre outras medidas.
O Brasil registrou 77% de redução nos casos graves de dengue no período comparativo entre janeiro a dezembro 2010 e janeiro a dezembro de 2012. No ano passado, até 22 de dezembro, foram registrados 3.965 casos graves em todo o país, contra 17.475 em 2010.