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Após superdose de antibiótico, argentino é investigado

16 de outubro de 2013
 
Integrante do Mais Médicos no RS causa polêmica ao receitar dose três vezes superior à usual, segundo conselho
 
Integrante do Mais Médicos no RS causa polêmica ao receitar dose três vezes superior à usual, segundo conselho
 
Lucas Azevedo
 
Ganhou repercussão nas redes sociais a imagem de um receituário médico preenchido por um profissional argentino, que faz parte doprograma Mais Médicos, do governo federal, no qual uma dosagem de um antibiótico indicada ao paciente é três vezes superior à usual.
 
Juan Pablo Cazajus está registrado no Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul (Cremers) com o número 38.128 e atende em uma Unidade Básica de Saúde de Nova Tramandaí, no balneário de Tramandaí, no litoral norte gaúcho.
 
O médico receitou na semana passada a um paciente idoso, fumante, com infecção pulmonar, o antibiótico Azitromicina de oito em oito horas. A dosagem seria prejudicial. "Na nossa farmacologia, esse antibiótico é receitado 500 miligramas por dia, no máximo por cinco dias. Ou seja, um comprimido por dia. Há (na receita)uma. superdosagem", diz o presidente do Cremers, Fernando Matos, cirurgião gastrointestinal.
 
Ele afirma que, como o medicamento é controlado, tem de ser dado com cuidado, principalmente para crianças e idosos. "Uma superdosagem poderá acarretar danos, tanto no fígado, como nos pulmões e no sistema gastrointestinal."
 
O conselho abrirá uma sindicância para apurar o caso. "Queremos saber do médico a razão para essa dosagem, que aparentemente não tem o porquê de se fazer. Assim como ouvimos médicos brasileiros nesses casos, também temos de ouvir o estrangeiro, pois a lei é única."
 
Avaliação. Procurado, o secretário de Saúde de Tramandaí, Mário Morita, não atendeu os telefonemas. Já o Ministério da Saúdeinformou por nota que "um médico supervisor vinculado ao programa foi encaminhado ao local para (...) avaliar a atuação do profissional".
 
Segundo o Cremers, dados em branco no registro de Cazajus dificultam a apuração da suposta irregularidade. "Até agora, o ministério não informou o endereço do médico na cidade nem o do seu preceptor e do seu tutor, que seriam os médicos responsáveis por acompanhar o trabalho. Esses dados facilitariam muito para averiguarmos a situação", afirma Matos. De acordo com ele, esses dados não constam em nenhum dos 45 registros de médicos do programa no Estado. Cazajus, assim como o paciente que teve o antibiótico receitado, não foram encontrados pela reportagem.
 
Fonte: O Estado de S. Paulo


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