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Os impactos do ObamaCare

Encontrar uma saída para o falido sistema público de saúde americano é o grande objetivo. Confira o que está sendo feito e o possível aprendizado para o Brasil
O que é o ObamaCare?
É o nome popular de uma lei, chamada Affordable Care Act. Ganhou este nome por ter sido uma das propostas mais polêmicas da campanha do então candidato a presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.
A lei facilita e torna mais barato a contratação de planos de saúde individuais e familiares, com o objetivo de transferir 32 milhões de americanos do sistema público de saúde (conhecido como MedicAid) para o mercado privado de saúde.
Esta mesma lei isenta empresas com até 50 funcionários da obrigação de contratar plano de saúde para seus colaboradores e dá, às empresas com menos do que 10 colaboradores e salário médio anual de até 25 mil dólares, até 50% do valor pago para planos de saúde, em descontos para pagamentos de impostos.
A lei prevê, ainda, multa de até 1% sobre o salário anual recebido por qualquer americano que não contratar um plano de saúde (empresarial, individual ou familiar).
Ou seja: Agora, por força de lei, todo cidadão americano será obrigado a ter plano de saúde.
O mercado espera, portanto, uma forte migração de pessoas seguradas através de suas empresas, para pessoas seguradas por planos individuais e familiares.
A lei passa a valor agora, em 1 de janeiro de 2014.
O grande objetivo da lei “ObamaCare” é encontrar uma saída para o sistema público de saúde americano que está falido. O governo deixa de ser um provedor de sistema de saúde para ser um regulador de mercado.
Para viabilizar a aprovação da lei, lançaram mão de uma série de iniciativas para baratear o custo de saúde. O governo americano pretende, assim, dar sustentabilidade ao mercado de saúde, sem ter que sacar bilhões de dólares dos cofres públicos anualmente.
Que mudanças estão impulsionadas pelo “ObamaCare”?
O governo e os planos de saúde vêem na tecnologia da informação, aquela que irá viabilizar mudanças que promoverão a redução do custo de saúde.
E estão utilizando a força da lei para acelerar a adoção de tecnologia em todos os segmentos do mercado de saúde. Os grandes exemplos são:
1) HITECH (Helth Information Technology for Economic and Clinical Health ou Tecnologia da Informação em Saúde). 
Esta lei prevê que, dentre outras coisas, que os médicos que não migrarem suas prescrições, laudos, solicitações, etc, do papel para o digital, terão que pagar até 3% sobre tudo que receberem pelo exercício da profissão a título de multa. Os médicos terão que adotar um dos sistemas de EHR (sigla de “Electronic Health Records” ou Registros Eletrônicos de Saúde) disponíveis no mercado.
O número de médicos que utiliza uma solução de EHR mais do que dobrou, em menos de um ano, desde que a lei foi aprovada (ainda que só entre totalmente em vigor em 2.015).
2) Telemedicina
O governo passou a aceitar uma série de procedimentos médicos, antes não aceitos, para baratear o atendimento e o custo da saúde. Médicos já podem fazer consultas por vídeo-conferência, podem consultar resultados de exames, laudos, visualizar imagens de pacientes à distância.
3) Medicina preventiva e monitoramento mais intensivo
Os planos de saúde tomaram uma série de iniciativas para promoção de saúde e de bem-estar. Estão implementando tecnologias e processos para monitorar e acompanhar o paciente de forma mais intensa, ainda que à distância. A indústria de aparelhos médicos que monitora pacientes e envia dados eletronicamente vem experimentando um boom desde então. Pacientes e Seguradoras estão extremamente incentivadas, agora, a trabalhar mais fortemente a prevenção e promoção de saúde.
Serviços de acompanhamento de pacientes crônicos, por exemplo, já vêem um crescimento dos seus negócios.
Qual impacto desta tendência de redução e racionalização dos custos do sistema de saúde para nós?
De forma clara, os hospitais, clínicas e demais serviços de saúde que não migrarem seus sistemas para sistemas digitais serão impedidos de prestar serviços de saúde. O Brasil, que já passa por problemas econômico-financeiros graves no seu sistema público de saúde (SUS), terá a situação agravada com o envelhecimento da população e poderá espelhar-se no exemplo americano para resolver seu problema.
Mais cedo ou mais tarde, a adoção de sistemas digitais será obrigatória por aqui também.
*Paulo Cesar Pires Castanho – diretor comercial da EIZO
 
Fonte: Saúde web 

 



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