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’Para Cuba, não há contratação individual’

12 de novembro de 2013
 
Ministro diz que médicos da ilha ganham menos porque praticam 'internacionalismo proletário'
 
Angela Lacerda
 
Recife
 
O ministro da Saúde de Cuba, Roberto Ojeda, disse ontem que os médicos cubanos contratados pelo programa federal Mais Médicos não recebem o salário integral nem podem trazer suas famílias para acompanhá-los - ao contrário do que ocorre com os outros profissionais estrangeiros - com base em um princípio que norteia a saúde pública no país: o "internacionalismo proletário".
 
"A saúde pública em Cuba tem um princípio incorporado que nós vamos acumulando em nosso pensamento, que é o princípio do internacionalismo proletário", afirmou ele, em visita a um posto de saúde da família no município metropolitano de Jaboatão dos Guararapes, ao lado do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e da diretora da Organização Pan-americana de Saúde (Opas), Carissa Etienne, que participam do III Fórum Global de Recursos Humanos, em Olinda.
 
"No caso de Cuba não há contratação individual de médicos, há um convênio com a Opas e o governo brasileiro", destacou Ojeda, ao frisar que cada médico cubano tem emprego, salário e seguro social garantidos, assim como saúde e educação gratuitos. "Não falamos de exportação de serviços, falamos de colaboração, integração", disse, ao ser indagado sobre o tratamento diferenciado dado aos cubanos.
 
Segundo Ojeda, Cuba tem hoje convênios de saúde com 6o países, o que soma 45 mil "colaboradores". O país tem a proporção de um médico para 137 habitantes. "Nós nos organizamos para que o profissional tenha a oportunidade de cumprir missões internacionais".
 
Salário. Para a diretora da Opas, Carissa Etienne, as condições de trabalho dos médicos cubanos não ferem as leis internacionais de trabalho. "Não podemos abordar questões relativas a quanto os médicos vão receber", disse ela. "É um assunto entre os médicos e o governo cubano". Enquanto os outros profissionais do programa recebem salário mensal de R$ 10 mil e podem trazer parentes para o País, os cubanos ficam com pouco menos de R$ 1 mil. A família recebe uma parte, mas o porcentual maior fica com o governo.
 
Em São Paulo
 
150
 
profissionais de Cuba chegarão a São Paulo até sexta para iniciar o curso de formação obrigatório de três semanas do Mais Médicos. A Secretaria Municipal da Saúde informou que já recebeu 76 profissionais cubanos, mas apenas 15 tiveram a emissão de seus registros publicada no Diário Oficial da União.
 
Fonte: O Estado de S. Paulo


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