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Sequenciado genoma da bactéria do cólera

14 de janeiro de 2014
 
Responsável por milhões de mortes no século 19, o cólera desde então intriga a comunidade científica. Além da origem misteriosa, a doença continua causando vítimas em países pobres, principalmente os africanos. Mas uma recente descoberta de um grupo de geneticistas do Canadá e da Austrália pode fazer com que os impactos da Vibrio cholerae, bactéria responsável pela infecção, surpreendam menos. Ao analisar o intestino de um homem morto de cólera em 1849, eles conseguiram sequenciar o genoma de um dos tipos mais perigosos do patógeno.
 
"Esse avanço pode melhorar significativamente a compreensão das origens dessa bactéria e abre o caminho para melhores tratamentos e, potencialmente, uma (forma de) prevenção", explicaram os autores do estudo, divulgado no New England Journal of Medicine. Classificada como clássica, a cepa descoberta foi responsável, segundo os estudiosos, por cinco das sete epidemias mais mortais do século 19.
 
Destrinchar a antiga Vibrio cholerae é difícil porque ela se aloja apenas no intestino das vítimas, não atingido dentes ou ossos, que, como são mais facilmente preservados, contêm traços de DNA de patógenos. Os pesquisadores tiveram acesso a tecidos humanos conservados em um museu de história médica aberto em 1858 na Faculdade de Medicina da Filadélfia. A cidade havia sido vítima do cólera poucos anos antes.
 
Os resultados das análises indicam que a bactéria clássica e uma cepa da Vibrio Cholerae chamada El Tor, mais resistente à vida aquática, coexistiram nos seres humanos e em águas paradas durante séculos até as primeiras pandemias. "Compreender a evolução de uma doença infecciosa representa um enorme potencial para entender a epidemiologia dela, como evoluiu ao longo do tempo e os fatores que facilitam a transmissão entre humanos", avalia Hendrik Poinar, diretor do Centro de Estudos de DNA da Universidade de McMaster, no Canadá, e um dos autores do estudo.
 
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que há de 3 a 5 milhões de novos casos de cólera por ano no mundo, que causam entre 100 mil e 120 mil mortes. A doença provoca diarréia, levando à grave desidratação. Os sintomas surgem de um a três dias após a infecção e duram até seis dias. As pessoas infectadas geralmente ficam livres da bactéria adquirida pela ingestão de água, mariscos ou outros alimentos contaminados em duas semanas.
 
Fonte: Jornal do Commercio RJ


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