Endereço: Rua José Antônio Marinho, 450
Barão Geraldo - Campinas, São Paulo - Brasil
Cep: 13084-783
Fone: +55 19 3289-5751
Email: idisa@idisa.org.br
Adicionar aos Favoritos | Indique esta Página

Entrar agora no IDISA online

2014 - 35 - 708 - DOMINGUEIRA - MORTALIDADE INFANTIL NO VALE DO PARAÍBA - 19-1-2014

1.  PRIMEIRA PÁGINA - TEXTOS DE GILSON CARVALHO
MORTALIDADE INFANTIL NO VALE DO PARAÍBA 2012 E 2008-2012
 
Gilson Carvalho
 
Entrevista com a jornalista Caroline Alves para o jornal O VALE diário de circulação na região metropolitana do Vale do Paraíba.
 
 
Caroline Lopes:
A região metropolitana do vale do paraíba e litoral norte, formada por 39 cidades, fechou 2012 com índice de mortalidade infantil de 12,04 óbitos , o que a colocou acima da média do estado no período, que foi de 11,48. Vinte e uma cidades tiveram taxas superiores à média paulista. Na comparação com 2011, quando a média regional foi de 11,95, o conjunto de municípios registrou avanço de 0,75% na quantidade de mortes de crianças com menos de um ano, a cada mil nascidos vivos. Os dados foram divulgados hoje pela fundação SEADE (Sistema Estadual de Análise de Dados Estatísticos). O estudo revela ainda que 15 prefeituras tiveram aumento na taxa na comparação entre os anos (2012/2011), 13 queda e 11 não registraram variação calculável por não contabilizarem óbitos infantis na faixa etária analisada em pelo menos um dos anos avaliados. Precisamos saber sua opinião. “
 
Gilson Carvalho
Entender primeiro qual o significado da mortalidade infantil.  Ela mede quantas crianças morreram antes de completar um ano de vida como proporção das nascidas vivas. O resultado é multiplicado por mil para não se trabalhar com números decimais. A morte na criança e nojovem, em qualquer idade destes períodos é sempre indesejável e não esperada, o que ocorre com as pessoas em idade provecta.
Ainda que muitas vezes a culpa recaia com exclusividade sobre os serviços de saúde existe subjacente uma gama de causas. Isto faz do evento um fato indesejável de múltipla causalidade: desemprego, baixa renda, falta de alimentação em qualidade e quantidade tanto da mãe (gestação/amamentação) como do filho; baixa escolaridade, principalmente das mães; história genética; história biológica dos pais e principalmente da mãe; acesso às ações e serviços de saúde tanto na disponibilidade como na qualidade deles.
Alguns considerandos e hipóteses a serem consideradas nos dados acima citados resultado de pesquisa do SEADE.
1.     Estes dados se referem a mortes que aconteceram realmente no município ou é o dado bruto antes de importar-exportar nascimentos e óbitos ocorridos em outras cidades de pessoas residentes em outros municípios?
2.     Chamou a atenção a cidade de Arapeí: falta de dados ou ninguém nasceu nem morreu lá? Estas mortes alteram os dados dos municípios de referência quando não se importam nascimentos e óbitos.
3.     Os municípios com muitos nascimentos tendem a diluir seus dados de óbitos enquanto os pequenos com menos nascimentos tendem a elevações absurdas no coeficiente de mortalidade infantil.
4.     Os municípios pequenos com altos coeficientes de mi sofrem de um erro estatístico previsível que se denominaindividualização de dados. Como exemplo nestes dados 2012 podemos analisar a cidade de Lagoinha. Ao morrer uma única criança no ano a mortalidade infantil já fica por volta de 20/1000 nascidos vivos e se morrerem duas dobra para cerca de  40/1000.
5.     Cidades um pouco maiores como Ilhabela com o menor coeficiente da RM do Vale do Paraíba (4,3/1000 nv) morreram duas crianças e se morressem mais duas ou quatro, com estes nascidos vivos lá, já dobrava ou triplicava este coeficiente.
6.     Se estudarmos a média de cinco anos vamos encontrar outros dados diferente de 2012 sozinho: Ilhabela com 4,3/1000 nv e a média dos cinco anos é de 12,6/1000; São Bento do Sapucaí que sai de 6,7/100 nv em 2012 e nos cinco últimos anos 20,2/1000 nv; Cachoeira Paulista com 7,3/1000 nv e nos cinco anos 10,7/1000 nv.
7.     Os mais altos coeficientes de 2012 caem na análise de cinco anos: Aparecida 16,6/1000 nv em 2012 cai para 12,1/1000 nos últimos cinco anos; Piquete 18,5/1000 nv cai para 14,60; São Luiz do Paraitinga de 19,2/1000 nv cai para 9/1000 .
8.     São José dos Campos mantem quase o mesmo coeficiente de 2012 10,4/1000 nv e a média dos cinco últimos anos 10,9/1000.
9.     Os dados revelam aumento nos óbitos. A realidade regional é realmente esta? Por quê? Que tipos de investimentos faltam na região? Os dados revelam que variou o número de nascidos vivos e/ou o demortes infantis. Os números de série história retratam melhor a realidade do que de apenas um ano.
 
Caroline Alves:
Na sua opinião, quais são as principais causas das mortes em crianças com menos de um ano na região?
 
Gilson Carvalho
Para responder esta questão teria que ter a informação da causa mortis. Sempre fazemos uma grande separação entre as causas preveníveis (p.ex. As controláveis por vacinas como a  pólio, sarampo, tétano, coqueluche, difteria etc.) e as sensíveis ao tratamento precoce. Estes dois grandes grupos de causas podem diminuir a mortalidade infantil através de primeiros cuidados com saúde como aqueles ministrados pelo programa de saúde da família.
 
Caroline Alves:
Os municípios pequenos argumentam que, por terem quantidade pequena de nascidos vivos, acabam sendo “prejudicados na taxa da mortalidade identificada pelo SEADE. Segundo esses municípios, há uma distorção, que os desfavorece e que nem sempre corresponde à realidade. Qual é a opinião do senhor sobre este argumento das prefeituras pequenas?
 
Gilson Carvalho:
Disse acima. Ou se faz análise em média de pelo menos de cinco anos ou se trabalha com morte de menores de cinco anos. Caso contrário teremos análises indevidas em decorrência do fenômeno estatístico de individualização de dados.
 
 
................................
 
2.  SEGUNDA PÁGINA - TEXTOS DE OPINIÃO DE TERCEIROS
 
SAÚDE DA FAMÍLIA: UM “TIPO IDEAL”
NO SEGUNDO SEMESTRE DE 2013 PARTICIPEI DE UM PESQUISA DO OBSERVATÓRIO DE RECURSOS HUMANOS DO NESP (NÚCLEO DE ESTUDOS EM SAÚDE COLETIVA) DA UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA SOBRE OS PROCESSOS DE TRABALHO DAS EQUIPES DE SAÚDE DA FAMÍLIA, ANALISANDO AS RESPOSTAS DE CERCA DE DUAS CENTENAS DE PROFISSIONAIS DE TODO O BRASIL ATRAVÉS DA METODOLOGIA DELPHI DE PESQUISA.
 
COM BASE NAS INFORMAÇÕES PRODUZIDAS, PROCUROU-SE RESPONDER À SEGUINTE QUESTÃO: QUAL É A VISÃO E A PROPOSTA “IDEAL” A QUE OS ENTREVISTADOS DEFENDEM, ACREDITAM E APOIAM EM RELAÇÃO À ESF?
 
EM PRIMEIRO LUGAR, DEFENDEM A INTEGRALIDADE, A UNIVERSALIZAÇÃO, A RESPONSABILIZAÇÃO INDIVIDUAL E COLETIVA, O TRABALHO EM EQUIPE, ALÉM DO COMPARTILHAMENTO DE TAREFAS NAS UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE.
 
REFORÇAM A NECESSIDADE DE QUE HAJA CONDIÇÕES DE TRABALHO ADEQUADAS PARA TODOS, SEJA EM TERMOS DE FORMAÇÃO E CAPACITAÇÃO CONTINUADA, SEJA NA DISPONIBILIDADE DE TECNOLOGIAS E PROCESSOS ADEQUADOS ÀSPRÁTICAS DE ATENÇÃO BÁSICA.
 
SUA OPÇÃO É PELO REGIME DE TRABALHO EM TEMPO INTEGRAL E DEDICAÇÃO EXCLUSIVA, MEDIANTE CONTRATOS DEFINIDOS E FORMALMENTE INSERIDOS EM CARREIRA DE ESTADO, DEIXANDO DE FORA AS TERCEIRIZAÇÕES E MESMO O REGIME FUNDACIONAL DE CONTRATAÇÃO DE PESSOAL.
ACEITAM A VINDA DE MÉDICOS ESTRANGEIROS PARA COMPOREM AS EQUIPES DE SF, MAS NÃO ABREM MÃO DA QUALIFICAÇÃO DESSES PROFISSIONAIS E DO CUMPRIMENTO DOS DISPOSITIVOS LEGAIS BRASILEIROS EM TERMOS DA REVALIDAÇÃO DE DIPLOMAS.
 
ACREDITAM NO TRABALHO EM EQUIPE, COM RESPEITO E VALORIZAÇÃO DE TODOS OS TRABALHADORES ENVOLVIDOS, EM REGIME DE COMPARTILHAMENTO DE PRÁTICAS, TENDO, ESPECIFICAMENTE, NO ACS, UM COLABORADOR ESTRATÉGICO, MERECEDOR DE MELHOR CAPACITAÇÃO, NO SENTIDO DE O EXERCÍCIO DA DELEGAÇÃO DE TAREFAS QUE RECEBE SEJA MAIS QUALIFICADO, EVITANDO ASSIM, INSTITUCIONALIZAR-SE COMO MERA VISITA DOMICILIAR BUROCRATIZADA.
 
DEFENDEM O CONCEITO DE PORTA DE ENTRADA DA APS E A IMPLEMENTAÇÃO DE UMA INSTÂNCIA DE ACOLHIMENTO DE PACIENTES E CLASSIFICAÇÃO DE RISCOS NAS UNIDADES RESPECTIVAS.
 
DEMONSTRAM INTERESSE EM INOVAÇÕES DOS PROCESSOS DE GESTÃO E ASSISTÊNCIA, TRADUZIDAS, POR EXEMPLO, PELOS INSTRUMENTOS DE GESTÃO DA CLÍNICA E PELO PLANEJAMENTO PARTICIPATIVO, A SEREM INCORPORADOS NOS PROCESSOS DE TREINAMENTO DESENVOLVIDOS PARA AS EQUIPES, BEM COMO ACEITAM OS PROCESSOS DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO NAS EQUIPES E O TRABALHO MEDIANTE METAS E INCENTIVOS PARA ALCANÇÁ-LOS.
 
SÃO PESSOAS CRÍTICAS, SEM PERDER O CARÁTER CONSTRUTIVO, TENDO COMO FOCOS PRINCIPAIS DE SUAS PREOCUPAÇÕES O FINANCIAMENTO DEFICIENTE; A FALTA DE COMPROMISSO POLÍTICO E A FALTA DE MAIOR COMPETÊNCIA TÉCNICA E ADMINISTRATIVA DOS GESTORES.
 
ACREDITAM, POR FIM, QUE A ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA TEM UM FUTURO PRODUTIVO E EXITOSO, EM TERMOS DE MUDANÇAS DO MODELO ASSISTENCIAL NO SUS, NO ATENDIMENTO RESOLUTIVO ÀS NECESSIDADES BÁSICA DA POPULAÇÃO, BEM COMO NA UNIVERSALIZAÇÃO E NA EQUIDADE DO ACESSO AOS SERVIÇOS DE SAÚDE.
 
(NESTA PESQUISA,  TIVE A HONRA DE TRABALHAR JUNTO COM SÉRGIO PIOLA – QUE COORDENOU A ATIVIDADE –  SOLON MAGALHÃES VIANA, VALDEMAR RODRIGUES, ADRIANA ALETHEA E ZULEIDE RAMOS, TODOSMEMBROS DO OBSERVATÓRIO DE RH DO NESP/UNB)
 
FONTE: VEREDA SAÚDE
 
 
3.  TERCEIRA PÁGINA – NOTÍCIAS
3.1 Novo tratamento pode eliminar câncer do pâncreas em seis dias
07 de janeiro de 2014
 
 
Pesquisadores desenvolveram droga que leva o sistema imunológico do corpo a matar as células cancerígenas
 
LONDRES - Pesquisadores da Universidade de Cambridge, na Grã-Bretanha, dizem ter descoberto um tratamento que poderia eliminar o câncer de pâncreas em cerca de uma semana. Após identificarem como funciona a barreira protetora que circunda os tumores, os cientistas desenvolveram uma droga que consegue rompê-la, permitindo que o sistema imunológico do corpo mate as células cancerígenas
Testes iniciais do tratamento - que consiste em doses do medicamento combinadas com uma substância que potencializa a ação das células de defesa do organismo - resultaram na eliminação quase total do câncer em camundongos em seis dias. As conclusões foram divulgadas na publicação científica americana PNAS. De acordo com a Universidade de Cambridge, é a primeira vez que se consegue um resultado como este em pesquisas sobre o câncer de pâncreas.
O tratamento também poderia ser usado em outros tipos de tumores sólidos - como em casos de câncer de pulmão e câncer de ovário - caso seja bem sucedido. O câncer de pâncreas, um dos mais letais, é a oitava causa mais comum de mortes por câncer no mundo. Ela afeta homens e mulheres igualmente e é mais frequente em pessoas com idade acima dos 60 anos. De acordo com o levantamento mais recente do Ministério da Saúde, a doença matou mais de 7.700 pessoas no Brasil em 2011.
Barreira - A nova pesquisa, liderada pelo professor Douglas Fearon, observou que a barreira em volta das células do câncer é formada pela proteína quimiocina CXCL12, que é produzida por células especializadas do tecido conjuntivo - responsável por unir e proteger os outros tecidos.
A proteína envolve as células do câncer e forma uma espécie de escudo contra as células T - que fazem parte do sistema de defesa do organismo. O novo tratamento impede que as células T interajam com a proteína CXCL12. Desta forma, o "escudo" deixa de funcionar e as células conseguem penetrar no tumor. "Ao permitir que o corpo use suas próprias defesas para atacar o câncer, esta solução tem o potencial de melhorar muito o tratamento de tumores sólidos", disse Fearon.
De acordo com a Universidade de Cambridge, ainda não há data para testes clínicos em seres humanos. Por apresentar poucos sintomas em seus estágios iniciais, o câncer pancreático costuma ser diagnosticado somente em estágio mais avançado. O fundador da Apple, Steve Jobs, e o ator americano Patrick Swayze estão entre as vítimas famosas da doença.
MaIS: O número de pessoas diagnosticadas com câncer no mundo somou mais de 14 milhões no ano passado, segundo a Organização Mundial de Saúde(OMS). Os dados revelam um aumento acentuado em relação a 2008, quando 12,7 milhões foram registrados. Nesse período, o número de mortes também cresceu, de 7,6 milhões para 8,2 milhões. Segundo a OMS, a maior incidência do câncer vem sendo impulsionada por uma rápida mudança no estilo de vida dos países em desenvolvimento, que cada vez mais se assemelha ao dos países industrializados
 
3.2
Ministério da Saúde | Alexandre Padilha | Valor Econômico | Empresas | BR
Mudança surpreende e preocupa farmacêuticas
17 de janeiro de 2014
 
"Os similares são diferentes. Não poderiam ser tratados de modo igual nos preços", diz Henrique Tada, da Alanac.
Por Vanessa Dezem | De São Paulo





A indústria farmacêutica recebeu com surpresa e preocupação o anúncio das novas regras para os medicamentos similares. Segundo participantes do mercado e analistas consultados pelo Valor, apesar de apoiar a intercambialidade do similar com o medicamento de referência, o setor ficou surpreso com o momento da divulgação - antes do esperado - e com a defesa do 
ministro da SaúdeAlexandre Padilha, de que os similares sejam registrados com preço 35% menor que o medicamento de marca.


"A indústria se surpreendeu porque, dada a complexidade do assunto e a forma como ele vinha sendo tratado, esperava-se um debate mais profundo e cauteloso sobre o tema", afirmou Antônio Britto, presidente-executivo da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma).


A revisão dos preços preocupa principalmente porque muitas empresas já investiram no processo de equivalência de seus produtos similares ou estão em processo de investimentos, sem contar, no entanto, com a nova regra do desconto, o que gera dúvidas sobre o retorno desses desembolsos.


"Os similares são diferentes no que diz respeito a suas características de mercado. Não poderiam ser tratados de modo igual", afirma Henrique Tada, presidente executivo da Associação dos Laboratórios Farmacêuticos Nacionais (Alanac). Ao contrário dos genéricos, os similares têm marca, ou seja, exigem maiores esforços em marketing e em políticas comerciais. "As marcas consolidadas ficarão fragilizadas e isso preocupa. A política governamental deve permitir que quem participa deste mercado continue investindo", explica Telma Salles, presidente-executiva da Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos.


Além do preço máximo, também não tinha sido discutida com a indústria a mudança das embalagens. Pela nova regra, as embalagens dos similares trarão o símbolo "EQ", que significa equivalente, assim, a mesma prescrição médica que atualmente permite ao paciente adquirir medicamento de referência ou genérico também poderá ser usada para a compra do similar. Neste caso, a mudança pode ser positiva para os fabricantes, já que procura deixar claro para o consumidor que ele está consumindo um medicamento que pode substituir o de referência, elevando assim, o "status" do similar, muitas vezes questionado com relação a sua qualidade.


Outro fator que está sendo questionado pelo setor farmacêutico é se os objetivos das medidas o serão alcançados. O governo espera que, com as novas regras, a população tenha mais acesso aos medicamentos, dada a redução de preços e o aumento da oferta.


O mercado, no entanto, está colocando em xeque o real alcance das medidas. Segundo Pedro Zabeu, analista da Fator Corretora, as farmácias geralmente repassam para o consumidor um desconto menor do que o dado pelo fabricante (assim como já acontece com os genéricos), situação que fará com que o consumidor não sinta uma diferença tão grande na hora da compra de um similar. Além disso, as novas exigências farão com que empresas menores tenham mais dificuldades em competir com as grandes neste mercado.


"Alguns fabricantes não vão conseguir renovar seus produtos, dados os elevados investimentos necessários. Vai diminuir a competição de similares", afirmou o presidente do laboratório Teuto, Marcelo Henriques.


Agora, os representantes da indústria vão aproveitar o período de 30 dias de consulta pública, para dialogar em Brasília. "Nós gostaríamos que houvesse uma discussão mais profunda, para evitar prejuízos à política nacional de genéricos e para que não se gere falsa expectativa sobre a ampliação de acesso a medicamentos no país", afirma o presidente da Interfarma.
 
3.3
inistério da Saúde | Institucional | O Globo | Ciência | BR
Diretrizes mais flexíveis para a pressão alta acima dos 60 anos 
19 de dezembro de 2013
 
Efeitos colaterais causados por remédios para hipertensão motivaram nova recomendação


Maria Clara Serra


Hipertensos com mais de 60 anos não precisam ter o mesmo nível de controle da pressão arterial do que o recomendado para a população mais jovem. Para este grupo, serão aceitáveis medições de até 15/9. A decisão consta da nova diretriz sobre hipertensão, divulgada ontem por um comitê de especialistas dos Estados Unidos.


- A definição não mudou. O limite continua sendo 14/9. A diferença é que a nova diretriz determina que o objetivo no tratamento dos hipertensos deve ser mais flexível quando se passados 60 anos - afirma o diretor científico da Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas e cardiologista do Hospital PróCardíaco, Eduardo Saad. Muitos cardiologistas já aceitavam esses níveis de pressão em alguns casos, mas agora está formalizado.


Segundo os 17 acadêmicos que assinam o documento, a quantidade de medicamentos necessários para baixar a pressão sistólica de pessoas com idade avançada era muito grande, o que acarretava em efeitos colaterais mais graves. A pressão sistólica é o número mais elevado da medição, que indica a pressão sobre os vasos sangüíneos quando o coração se contrai.


A decisão foi tomada com base em estudos publicados desde que a última diretriz foi assinada, há mais de 10 anos. Uma das pesquisas levadas em consideração foi feita no Japão, com a população idosa. Os cientistas descobriram que aqueles que reduziram sua pressão sistólica para menos de 140 não tiveram mais benefícios em sua saúde do que os que chegaram a uma média entre 140 e 160.


- Com a idade, as artérias endurecem e é preciso utilizar mais remédios para controlar a pressão explica Saad. - O aumento das drogas faz com surjam muitos efeitos colaterais, afetando órgãos vitais como rins e cérebro. Como não havia equilíbrio entre o benefício e o deletério, eles acharam mais interessante fazer com que o controle ficasse mais flexível.


Segundo a pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas, do 
Ministério da Saúde, a hipertensão atinge hoje 24,3% dos brasileiros. O Rio de Janeiro é a capital com maior número de hipertensos: 29,7% da população.
 

 Legislação_Básica_em_Saúde_Pública_-_SUS_-_Vers ão_17.01.2014
 
 
 GC-MORTALIDADE INFANTIL-JAN2014
 
 
 
 
 
BOA SEMANA
 


Meus Dados

Dados do Amigo

Copyright © . IDISA . Desenvolvido por W2F Publicidade