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Vacina da BCG é usada há décadas

15 de fevereiro de 2014
 
O tratamento do câncer de bexiga não invasivo é muito diferente dos procedimentos realizados quando a doença alcança o tecido muscular. Há quase 40 anos, os desenhos de tratamento para esse estágio inicial foram revolucionados e encontraram a terapia padrão usada até hoje. A resposta estava na imunoterapia com o já conhecido Bacilo de Calmette-Guerin , o BCG. Em meados do século 20, experiências com animais sugeriram um efeito anticancerígeno potencial da vacina contra tuberculose, e o interesse da oncologia clínica pela substância foi desencadeado em 1969 com relatórios positivos de atividade no combate à leucemia e ao melanoma.
 
Como na época as opções para tratamento contra o câncer eram poucas, ensaios com a vacina prosperaram para uma variedade de tipos de câncer em 1970. Porém, assim como quanto aos outros tratamentos, os especialista começam a indagar se não era possível dar um passo além. Com o tempo, terapias mais eficazes foram identificadas e o uso da BCG como tratamento para câncer cessou em todos os outros tipos de tumores, com exceção dos na bexiga, que se mantêm de um modo muito semelhante à abordagem inicial.
 
"Poucas terapias no campo da oncologia se mostraram tão bem contra o teste do tempo ou beneficiando tantos pacientes. Porém, nos dias atuais, reconhecendo as limitações da BCG e os avanços dramáticos na terapia oncológica desde 1970, estamos prontos para vislumbrar novas terapias em 2014 para novamente transformar o tratamento do câncer de bexiga?", questiona Thomas W. Flaig, professor da Escola de Medicina da Universidade do Colorado, também presente no Encontro Anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica, realizado no início deste mês, em São Francisco (EUA).
 
Para Flaig, os pesquisadores de hoje devem se inspirar na coragem dos investigadores que propuseram o uso da BCG contra o câncer de bexiga. "Nos próximos anos, temos de reexaminar abordagens inovadoras para o tratamento dessa doença. Entre as muitas abordagens da última década, as mais promissoras devem ser identificadas e apoiadas com estudos definitivos de fase III", defende.
 
O urologista do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca) Antonio Augusto Ornellas explica que, no Brasil, o tratamento com BCG é muito usado para doenças com reincidência alta e certos tipos de tumor. Ele alerta que o principal fator de risco para o desenvolvimento do câncer da bexiga é o tabagismo. Ornellas detalha que os elementos carcinógenos absorvidos pelo organismo tendem a ser eliminados pelo órgão urinário, especialmente aqueles obtidos por meio do cigarro, mas também agem no local.
 
"A pessoa fuma, o carcinógeno entra no corpo e uma forma de eliminar é urinar a substância nociva. Ao fazer isso, ela vai se concentrar na parede da bexiga e, com isso, conduzirá ao câncer de bexiga", explica. Apesar de parecer rara, a doença é o quarto tipo de câncer que mais acomete os homens e o nono nas mulheres. (BS)
 
Fonte: Correio Braziliense


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