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2014 - 27 - 713 - DOMINGUEIRA - AGENDA MUNICÍPIOS - 23-2-2014

 

1.PÁGINA PRIMEIRA – TEXTOS DE GILSON CARVALHO

 

AGENDA DAS SECRETARIAS MUNICIPAIS DE SAÚDE - 2014

Gilson Carvalho
AGENDA DAS SECRETARIAS MUNICIPAIS DE SAÚDE - 2014
Gilson Carvalho
“Saúde é Viver Mais e Melhor! A missão do governo, profissionais e prestadores de saúde e da sociedade é ajudar as pessoas a só morrerem bem velhinhas, de preferência sem nunca terem estado doentes e, se acontecer doença ou agravo, que se curem logo, de preferência sem sequelas.” GC
MANUAL DE USO:
1)     Esta agenda dos SMS é dinâmica, não esgota todos os temas, inclusive aqueles, caracterizados como estaduais e loco-regionais, devem ser acrescentados a ela.
2)    Apresente e discuta esta agenda com o Prefeito e com os demais secretários e se possível com os vereadores na Câmara.
3)    Distribua esta agenda entre os vários setores da SMS.
4)    Atribua prazos e responsabilidades para cada atividade da agenda.
5)    Discuta esta agenda no Conselho de Saúde para o acompanhamento dos conselheiros.
6)    Esta agenda com tarefas e prazos, ainda que feita para os Secretários Municipais de Saúde, é de grande utilidade aos profissionais, prestadores e cidadãos.
 
 
ATENÇÃO! ATENÇÃO! ATENÇÃO!
Prioridade zero para todos os cidadãos, profissionais e gestores da saúde: temos todos que contribuir para garantir o direito à saúde. Governos municipais devem levar à presidente e governadores suas opiniões, sugestões e reivindicações para melhorar a saúde da população. Além de propor, apoiar propostas que têm circulado a partir de textos de vários coletivos. Temos que ser proativos ecorrer à frente, se por nada, pelo menos para não amargarmos sofrimento humano como consequência de nossa omissão.
 
Mãos-a-obra!!!!
 
AGENDA PERMANENTE COMPULSÓRIA
O SECRETÁRIO MUNICIPAL DE SAÚDE SÓ PODE FAZER AQUILO QUE A LEI DETERMINA. O DIREITO À SAÚDE COMO DEVER DO ESTADO ESTÁ PRESENTE DE FORMA CLARA NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL E LEIS DA SAÚDE. PRIMEIRO CUMPRIR PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: LEGALIDADE, IMPESSOALIDADE, MORALIDADE, PUBLICIDADE E EFICIÊNCIA. O BALIZAMENTO LEGAL PARA A SAÚDE ESTÁ NOS PRECEITOS ABAIXO QUE DEVEM SER CONHECIDO POR TODOS OS CIDADÃOS.
 
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE – SUS
SAÚDE DIREITO DO CIDADÃO: A SAÚDE É DIREITO DE TODOS E DEVER DO ESTADO.
OBJETIVOS: 1) IDENTIFICAR e DIVULGAR CONDICIONANTES E DETERMINANTES;2)FORMULAR A POLÍTICA ECONÔMICA E SOCIAL PARA DIMINUIR O RISCO DE DOENÇAS E OUTROS AGRAVOS; 3) GARANTIR AÇÕES E SERVIÇOS DE SAÚDE DE PROMOÇÃO, PROTEÇÃO E RECUPERAÇÃO DA SAÚDE
FUNÇÕES: REGULAR, FISCALIZAR, CONTROLAR, EXECUTAR
DIRETRIZES E PRINCÍPIOS ASSISTENCIAIS: UNIVERSALIDADE – IGUALDADE (EQUIDADE) – INTEGRALIDADE – INTERSETORIALIDADE – RESOLUTIVIDADE – ACESSO A INFORMAÇÃO – AUTONOMIA DAS PESSOAS – BASE EPIDEMIOLÓGICA
DIRETRIZES E PRINCÍPIOS GERENCIAIS: REGIONALIZAÇÃO – HIERARQUIZAÇÃO – DESCENTRALIZAÇÃO – GESTOR ÚNICO – COMPLEMENTARIEDADE E SUPLEMENTARIEDADE PRIVADA – FINANCIAMENTO – PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE.
CONDICIONANTES E DETERMINANTES:ENTRE OUTROS, ALIMENTAÇÃO,  MORADIA,  SANEAMENTO BÁSICO, MEIO AMBIENTE, TRABALHO, RENDA, EDUCAÇÃO, TRANSPORTE,  LAZER E O ACESSO AOS BENS E SERVIÇOS ESSENCIAIS;
 
 
·      Fazer o SUS acontecer é mudar radicalmente a maneira de ver e agir em relação ao tradicional atendimento exclusivo à demanda (atender quem procura os serviços de saúde). Ou na maneira, por vezes desqualificada, de trabalhar  queixa-conduta.  A missão do gestor de saúde não é dar conta e planejar pela demanda nem pela oferta mas, identificar as reais necessidades de saúde e assumir a responsabilidade de atendê-las.
·      Planejar, organizar, monitorar o sistema público de saúde com prioridade para a atenção básica.
·      Trabalhar com evidência da informação criando e analisando sistemas locais e preenchendo e contribuindo para aprimoramento do estadual e federal.
·      Levantar os condicionantes e determinantes da saúde e fazer ampla divulgação e mobilização para que todos trabalhem para modificá-los. Busque dados também na “sala de situação do Ministério da Saúde que além de dados gerais, tem dados de cada município. www.saude.gov.br/saladesituação
·      Propor, monitorar e avaliar, com base epidemiológica , o plano de saúde e a programação anual incluindo aspectos de descrição do território, das condições de saúde da população, dos serviços de saúde existentes, das propostas técnicas e de produção de serviços e da programação financeira detalhada.
·      Garantir a participação de todos os serviços de saúde, da população adstrita, dos trabalhadores da saúde na construção do processo de planejamento menos cartorial onde todos sejam mobilizados pela participação.
·      Garantir que o plano de saúde e sua programação anual de saúde estejam contemplados no Plano Plurianual (PPA) , nas leis de diretrizes orçamentárias (LDO) e nas leis orçamentárias anuais (LOA).
·      Elaborar relatórios gerenciais: mensais, quadrimestrais e os anuais sobre aspectos qualitativos e  quantitativos, incluindo os financeiros para gestão interna e informe externo incluindo o Conselho de Saúde.
·      Criar e alimentar espaço de discussão (mesa de negociação) do conjunto dos trabalhadores da saúde contemplando plano e prioridades, programação, relatório de gestão, processo de trabalho e  linhas de cuidado na rede de saúde.
·      Fazer, se ainda não tiver sido feito, o plano de cargos, carreira e salário dos trabalhadores da saúde (é possível fazê-lo independente do restante do pessoal da prefeitura ao modo do estatuto do magistério, existente na maioria dos municípios).
·      Melhorar o processo de funcionamento da secretaria de saúde, começando pelo processo de trabalho construído de forma ascendente: o que cada um deve fazer individualmente e em equipe.
·      Garantir e exigir que conselho de saúde desempenhe seu duplo papel de ser propositivo e controlador (Lei 8142) acompanhando e fiscalizando a programação de saúde e o uso do financeiro no Fundo Municipal de Saúde.
·      Garantir a existência e funcionamento do Fundo Municipal de Saúde: criar se ainda não existir; adequar à LC 141; administrar na  Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Exigir que recursos transferidos e os próprios municipais sejam todos aplicados no fundo; preencher o (SIOPS)Sistema de Informação do Orçamento Público em Saúde bimestralmente.
·      Promover a integração entre os níveis de atenção (principalmente o básico) com a vigilância em saúde (epidemiológica, sanitária, ambiental, do trabalho).
·       Participar de reuniões da CIR (Comissão Intergestores Regional), do COSEMS, do Congresso Estadual de Secretários e, se possível, do Nacional para trocar experiências, defender a política de saúde e garantir a implementação do SUS.
      
 
 
AGENDA MENSAL DOS SECRETÁRIOS DE SAÚDE – 2013 – REVISADA PÓS LC 141
 
MÊS
TAREFA
 
JANEIRO
·    OS SECRETÁRIOS MUNICIPAIS DE SAÚDE TÊM QUE ESTUDAR: LEGISLAÇÃO FEDERAL, ESTADUAL E MUNICIPAL DE SAÚDE; PLANO DO GOVERNO; PLANO DE SAÚDE, PPA, LDO, LOA; ESTRUTURA FÍSICA DA REDE; LIDERANÇAS DA SMS; RELATÓRIO DE CONFERÊNCIA DE SAÚDE; ATAS CONSELHO DE SAÚDE; FUNDO: ÚLTIMAS PRESTAÇÕES DE CONTAS; DADOS DE PESSOAL; CONTRATOS EXISTENTES PRINCIPALMENTE OS DE SERVIÇOS... ETC. ETC. (CF; LC 141; LEIS 8080,8142,8689; DECRETO 7508 ETC). (EM ANEXO: KIT DA LEGISLAÇÃO BÁSICA EM SAÚDE).
·      FAZER PROGRAMA DE EDUCAÇÃO PERMANENTE DOS CONSELHEIROS, EM ESPECIAL PARA OS REPRESENTANTES DE TRABALHADORES E USUÁRIOS.
·      DAR AMPLA DIVULGAÇÃO, INCLUSIVE POR MEIOS ELETRÔNICOS DAS PRESTAÇÕES DE CONTAS PERIÓDICAS (LC 141,31 III).
·      ENCAMINHAR AO CONSELHO PROGRAMAÇÃO DE SAÚDE 2015 (PARTE DO PLANO DE SAÚDE) PARA APROVAÇÃO E ELABORAÇÃO DA PLDO.
·      MONITORAR A INFESTAÇÃO DO AEDES; PLANEJAR E ORGANIZAR AÇÕES E SERVIÇOS PARA ATENDER OU CONTINGENCIAR  EVENTUAL EPIDEMIA DE DENGUE(DIRETRIZES CIT –PT3252/09). EM CASO DE EPIDEMIA, ESTABELECER EM TODOS OS SERVIÇOES ASSISTENCIAIS DE PORTA ABERTA, A CLASSIFICAÇÃO DE RISCO CLÍNICO PARA A DENGUE.
·      OS MUNICÍPIOS QUE NÃO CUMPRIRAM O PRAZO DE FAZER SEU PLANO DE SAÚDE ATÉ 2014 DEVEM CONSTRUÍ-LO NESTE ANO MESMO QUE ATRASADO. O PLANO NORTEARÁ POSSÍVEIS ALTERAÇÕES NO PPA E CONSTRUÇÃO DA LDO E LOA DOS ANOS SEGUINTES.
·      VERIFICAR NAS LEIS LOCAIS A PERIODICIDADE DE REALIZAÇÃO DE CONFERÊNCIA DE SAÚDE E, SE FOR EM 2014, COMEÇAR A PLANEJÁ-LA.
·      VERIFICAR E SE NECESSÁRIO PREENCHER, OS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO: SIM, SINASC, SCNES (INCLUINDO VIGILÂNCIA SANITÁRIA); AÇÕES DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA DEVEM SER INFORMADAS NO SIA, POIS, SEM INFORMAÇÃO, O MUNICÍPIONÃO RECEBERÁ RECURSOS.
·      VERIFICAR QUAIS OS INDICADORES CONSTANTES DO ANEXO II DO COAPS OBRIGATÓRIO PARA MUNICIPIOS JÁ SIGNATÁRIOS OU NÃO DO COAPS ESTAS RESPONSABILIDADES AGORA SÃO DE TODOS
·      DESDE 2012 A CIB DEVE TER ENCAMINHADO RESOLUÇÃO À SVS/MS COM PACTUAÇÃO DO RECURSO DA VIGILÂNCIA EM SAÚDE DE TODOS OS MUNICÍPIOS. ESTA DISCUSSÃO E PACTUAÇÃO COMEÇA NA CIR. PARTICIPAR NA CONSTRUÇÃO REGIONAL COM SUAS RESPONSABILIDADES JUNTO À VIGILÂNCIA.
·      PARTICIPAR DA DISCUSSÃO DA POLÍTICA NACIONAL DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE.
·      ATÉ 30/JAN ALIMENTAÇÃO SIOPS ÚLTIMO BIMESTRE 2013, FEITO NA SECRETARIA DE SAÚDE COM ASSINATURA DO SECRETÁRIO, COM FÉ PÚBLICA SOBRE OS DADOS INFORMADOS (LC 141 – 39,2).
 
FEVEREIRO
·       PRESTAR CONTAS DO 3º QUADRIMESTRE DE 2013 NO CONSELHO E EM AUDIÊNCIA PÚBLICA NA CÂMARA; O CONSELHO AVALIA GESTÃO SUS NO MUNICÍPIO E AVALIA RELATÓRIO  DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA, A REPERCUSSÃO DA LC 141 NAS CONDIÇÕES DE SAÚDE E QUALIDADE DOS SERVIÇOS DE SAÚDE E ENCAMINHA AO CHEFE DO PODER EXECUTIVO INDICAÇÕES DE MEDIDAS CORRETIVAS A CADA QUADRIMESTRE: MAIO/ SETEMBRO/FEVEREIRO. (LC-141,39 §5)
·       SECRETÁRIO DÁ AMPLA DIVULGAÇÃO, INCLUSIVE POR MEIOS ELETRÔNICOS (LC 141,31,III) .
·      IR CONSTRUINDO PLDO 2015 EM COMPATIBILIDADE COM PROGRAMAÇÃO ANUAL DE SAÚDE 2015 DO PLANO DE SAÚDE E BASEADO NAS DIRETRIZES PARA O ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES PARA PLDO E DEPOIS PLOA DELIBERADOS PELO CONSELHO DE SAÚDE (LC101 E LC141,30,4).
 
·      MARÇO
 
·        APRIMORAR PROPOSTA PLDO 2015 DA SAÚDE; COMPATIBILIZAR COM PLDO DA PREFEITURA; (LC 101)
·        ENCAMINHAR O RAG 2013 AO CONSELHO PARA ELE AVALIAR (USAR MODELO INTEGRAL PADRONIZADO PELO CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE  E O REDUZIDO PARA MUNICÍPIOS ABAIXO DE 50 MIL HAB.) O CONSELHO EMITE PARECER CONCLUSIVO SOBRE O RELATÓRIO DE GESTÃO APRESENTADO PELO GESTOR ATÉ 30/MARÇO DO ANO SEGUINTE. (LC-141,36 §1)
·      ATÉ 30/MAR ALIMENTAÇÃO SIOPS REFERENTE A JANEIRO E FEVEREIRO DE 2014, PELA SECRETARIA DE SAÚDE COM ASSINATURA DO SECRETÁRIO COM FÉ PÚBLICA SOBRE OS DADOS INFORMADOS (LC 141 – 39,2).
 
ABRIL
·      ENVIAR RAG – APROVADO NO CONSELHO – PARA A BIPARTITE
·      IR ADEQUANDO O LDO COM O PLANO DE SAÚDE E A PAS QUE SERÁ ENTREGUE AO LEGISLATIVO NESTE MES. (PT 3176/08)
 
MAIO
·       PRESTAR CONTAS DO 1º QUADRIMESTRE DE 2014 NO CONSELHO E EM AUDIÊNCIA PÚBLICA NA CÂMARA; O CONSELHO AVALIA GESTÃO SUS NO MUNICÍPIO E AVALIA RELATÓRIO  DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA, A REPERCUSSÃO DA LC 141 NAS CONDIÇÕES DE SAÚDE E QUALIDADE DOS SERVIÇOS DE SAÚDE E ENCAMINHA AO CHEFE DO PODER EXECUTIVO INDICAÇÕES DE MEDIDAS CORRETIVAS A CADA QUADRIMESTRE: MAIO/ SETEMBRO/FEVEREIRO. (LC-141,39 §5)
·       GESTOR DARÁ AMPLA DIVULGAÇÃO INCLUSIVE EM MEIOS ELETRÔNICOS. (LC-141,31-III);
·      CAMPANHA DE VACINAÇÃO P/ GRIPE SAZONAL;
·      ATÉ 30/MAI ALIMENTAÇÃO SIOPS REFERENTE A MARÇO E ABRIL 2014, PELA SECRETARIA DE SAÚDE COM ASSINATURA DO SECRETÁRIO COM FÉ PÚBLICA SOBRE OS DADOS INFORMADOS (LC 141 – 39,2).
 
JUNHO
·      PARTICIPAR CONGRESSO CONASEMS  EM SERRA, NO ESPÍRITO SANTO, DE 01 A 04 DE JUNHO
·      IR ELABORANDO O PLOA 2015; (LC 101)
·      CAMPANHA DE VACINAÇÃO CONTRA A POLIO;
·      PLANEJAR CAMPANHA DE VACINAÇÃO CONTRA A RAIVA (VERIFIQUE O MÊS EM SEU ESTADO);
·      FIM DO PRAZO DE ALIMENTAÇÃO DO SISTEMA BOLSA FAMÍLIA NA SAÚDE (1ª VIGÊNCIA)  - 31-6-2014;
·      IR CONSTRUINDO PLOA 2015 EM COMPATIBILIDADE COM PROGRAMAÇÃO ANUAL DE SAÚDE 2015 DO PLANO DE SAÚDE E BASEADO NAS DIRETRIZES PARA O ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES PARA PLDO E DEPOIS PLOA  (LC101 E LC141,30,4).
 
JULHO
·      APROVAR PLOA NO CONSELHO PARA NEGOCIAÇÃO COM A ADMINISTRAÇÃO;
·      ATÉ 30/JUL ALIMENTAÇÃO SIOPS REFERENTE A MAIO E JUNHO DE 2014, PELA SECRETARIA DE SAÚDE COM ASSINATURA DO SECRETÁRIO, COM FÉ PÚBLICA SOBRE OS DADOS INFORMADOS (LC 141 – 39,2).
 
AGOSTO
·      VERIFICAR E GARANTIR QUE ESTEJA SENDO FEITA A COMPATIBILIZAÇÃO DA PROGRAMAÇÃO ANUAL DE SAÚDE (PAS) COM O PLOA DA ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL  (LC 141-LC101)
·      CAMPANHA DE VACINAÇÃO CONTRA A PÓLIO;
 
SETEMBRO
·       PRESTAR CONTAS DO 2º QUADRIMESTRE DE 2014 NO CONSELHO E EM AUDIÊNCIA PÚBLICA NA CÂMARA; O CONSELHO AVALIA GESTÃO SUS NO MUNICÍPIO E AVALIA RELATÓRIO  DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA, A REPERCUSSÃO DA LC 141 NAS CONDIÇÕES DE SAÚDE E QUALIDADE DOS SERVIÇOS DE SAÚDE E ENCAMINHA AO CHEFE DO PODER EXECUTIVO INDICAÇÕES DE MEDIDAS CORRETIVAS A CADA QUADRIMESTRE: MAIO/ SETEMBRO/FEVEREIRO. (LC-141,39 §5)
·       GESTOR DARÁ AMPLA DIVULGAÇÃO INCLUSIVE EM MEIOS ELETRÔNICOS. (LC-141,31-III);
·      GARANTIR PAS NO CONJUNTO DA PLOA – NO MÍNIMO 15% DO ORÇAMENTO PRÓPRIO DA PREFEITURA PARA A ÁREA DE SAÚDE; SE JÁ ESTIVER MAIS QUE ISTO, LUTAR PARA MANTER;
·      ATÉ 30/SET ALIMENTAÇÃO SIOPS REFERENTE A JULHO E AGOSTO DE 2014, PELA SECRETARIA DE SAÚDE COM ASSINATURA DO SECRETÁRIO, COM FÉ PÚBLICA SOBRE OS DADOS INFORMADOS. (LC 141)
 
OUTUBRO
 
 
NOVEMBRO
·      TOMAR AS ÚLTIMAS PROVIDÊNCIAS DO ANO PARA GARANTIR USO DE TODA A RECEITA ORÇAMENTÁRIA DA SAÚDE;
·      ELABORAR PROJETOS E DEIXÁ-LOS PRONTOS PARA  POSSÍVEL APRESENTAÇÃO AO MS OU AO GOVERNO ESTADUAL PARA PLEITEAR RECURSOS  REMANESCENTES DO ORÇAMENTO;
·      ATÉ 30/NOV ALIMENTAÇÃO SIOPS REFERENTE A SETEMBRO E OUTUBRO DE 2014 , PELA SECRETARIA DE SAÚDE COM ASSINATURA DO SECRETÁRIO COM FÉ PÚBLICA SOBRE OS DADOS INFORMADOS (LC 141 – 39,2).
 
DEZEMBRO
·      POSSÍVEL APRESENTAÇÃO DE PROJETOS PARA OBTER RECURSOS REMANESCENTES OFERECIDOS PELO MS OU GOVERNO ESTADUAL;
·      AVALIAR, E ORGANIZAR A REDE, O CONTROLE EPIDEMIOLÓGICO E DE VETORES DA DENGUE SENDO ESSENCIAL ATUALIZAR O CONHECIMENTO DOS TRABALHADORES PARA ESTA ATENÇÃO.
·      FIM DO PRAZO DE ALIMENTAÇÃO DO SISTEMA BOLSA FAMÍLIA NA SAÚDE (2ª VIGÊNCIA)- 31-12-2012
 
JANEIRO/2015
 
·      ATÉ 30/JAN ALIMENTAÇÃO SIOPS REFERENTE A NOVEMBRO E DEZEMBRO DE 2014, PELA SECRETARIA DE SAÚDE COM ASSINATURA DO SECRETÁRIO COM FÉ PÚBLICA SOBRE OS DADOS INFORMADOS (LC 141 – 39,2).
 
FEVEREIRO/2015
·       PRESTAR CONTAS DO 3º QUADRIMESTRE DE 2014 NO CONSELHO E EM AUDIÊNCIA PÚBLICA NA CÂMARA; O CONSELHO AVALIA GESTÃO SUS NO MUNICÍPIO E GESTOR DARÁ AMPLA DIVULGAÇÃO INCLUSIVE EM MEIOS ELETRÔNICOS. (LC-141,31-III);AVALIA RELATÓRIO  DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA, A REPERCUSSÃO DA LC 141 NAS CONDIÇÕES DE SAÚDE E QUALIDADE DOS SERVIÇOS DE SAÚDE E ENCAMINHA AO CHEFE DO PODER EXECUTIVO INDICAÇÕES DE MEDIDAS CORRETIVAS A CADA QUADRIMESTRE: MAIO/ SETEMBRO/FEVEREIRO. (LC-141,39 §5)
 
 
 
 

2. SEGUNDA PÁGINA
 
 
Promessas em programa de governo: palavras ao vento
VITOR GOMES 
 
O ano de 2014 é de eleições em sete países latino-americanos e, segundo os costumes locais, à medida em que a data do pleito se aproxima mais e mais os eleitores e os militantes são inundados com propostas e promessas de “programas de governo”, cada qual mais mirabolante do que a outra, mas com a característica comum de que não se destinam a ser cumpridas. Nesta categoria se inserem as prioridades para o período 2011 – 2014 estabelecidas no documento “Mais saúde para o Brasil seguir mudando com Dilma” que oportunamente André Médici fez questão de recuperar na edição deste janeiro do Monitor de Saúde[1].
Os treze pontos formulados pelos técnicos do Partido dos Trabalhadores constituem, na verdade, um conjunto de noções gerais acompanhados por uma listagem de programas específicos desenvolvidos pelo Ministério da Saúde, em relação aos quais praticamente inexistem discordâncias. Quem seria contrário, por exemplo, à inclusão de um tópico de “prevenção e promoção da saúde” (nº 1), “ampliação do acesso aos serviços de saúde (nº 2) ou à “melhoria da infraestrutura” (nº 7)? Não obstante, para quem está nas frentes de trabalho, costuma ser essencial“estar dentro”, ou seja, constar no rol de prioridades. Assim, mostrando sua força interna, curiosamente lá está, ainda, a “humanização” dos serviços, mesmo que após vários anos não tenha sequer conseguido reduzir as filas que madrugadas afora serpenteiam no lado de fora das unidades de saúde do SUS. Um outro campo de larga tradição no país, a saúde mental, que ao longo do século XX acumulou conquistas impressionantes nas lutas pelo fim dos manicômios e pela desospitalização de pacientes, ganhou surpreendente realce, mas se viu consumido pela ênfase quase absoluta no combate ao uso do crack.
Em outros destaques, o programa sublinha iniciativas que deveriam, efetivamente, constituir-se em pilares de sustentação da política setorial daí em diante: melhoria da infraestrutura, financiamento compatível com o desenvolvimento econômico e social da nação, mais profissionais e regulação do estado brasileiro, naturalmente naquilo que é do interesse setorial.
Respeitados especialistas no ramo retratam com franqueza o que hoje acontece, ou seja, a que essas prioridades nos conduziram. Nelson P. dos Santos[2], por exemplo, diz que “a grande maioria das 45 mil unidades básicas de saúde estão em más ou péssimas condições prediais e de equipamentos. A insustentável precariedade das condições de trabalho em saúde e a ausência de concursos públicos e carreiras sérias e atrativas faz com que mais de 60% do pessoal esteja terceirizado ou sob contratos temporários em regra aviltantes.”  Atendendo a demanda forçada pela nova Lei de Acesso à Informação (Lei 12.527/2011), a Prefeitura Municipal de SãoPaulo[3]  divulgou a lista completa dos pedidos médicos reprimidos na rede municipal em 31 de dezembro de 2012, com 800.224 registros na fila por atendimento, seja na área de exames, consultas com especialistas ou mesmo cirurgias. Na média, o tempo de espera era de 8 meses.
É inegável, por outro lado, que em seu quarto de século de existência o SUS assistiu a extraordinários avanços, como destacam Gragnolati e outros[4] em um estudo específico sobre o SUS ao referirem que o número de consultas médicas cresceu 70% entre 1990 e 2009, sendo acompanhado pelo declínio das distinções geográficas traduzido pela maior utilização dos serviços nos estados mais pobres, mesmo que notando a persistência de notáveis disparidades entre os decis superiores e inferiores de renda. Concluem afirmando que nessas duas décadas o Brasil tem assistido a melhoras significativas nas condições de saúde, com reduções dramáticas na mortalidade infantil e aumentos na expectativa de vida, ainda que tais efeitos só em parte se devam à performance do setor saúde. Em 2012 o Sistema foi capaz de realizar 537 milhões de consultas médicas e 11 milhões de internações hospitalares[5] para uma população de 194 milhões de habitantes.
Os problemas crônicos do subfinanciamento dos serviços públicos de saúde não encontraram encaminhamentos ou soluções positivas, ao contrário do que se esperava, ao longo dos últimos onze anos. O país destina 7,9% do PIB para a saúde, mas apenas 47% desse total é proveniente do setor público. Recentemente, fracassou uma nova tentativa de aumentar os recursos setoriais, quando uma ampla frente de instituições chegou a coletar 2,2 milhões de assinaturas em apoio a Projeto de Lei de Iniciativa Popular destinando 10% da Receita Corrente Bruta da União para o setor saúde[6]. Encaminhado ao Congresso Nacional o pleito enfrentou, como de costume, fortes resistências do setor financeiro (Ministérios da Fazenda e do Planejamento e Casa Civil).
Castigado pela condenação pelo Supremo Tribunal Federal, no processo de desvio de recursos públicos conhecido comoMensalão, de alguns dos mais altos dirigentes do Partido dos Trabalhadores, o governo foi surpreendido em junho de 2013 por movimentos espontâneos de massa que levaram milhões de jovens, a maioria de classe média, às ruas do país. Pesquisa do IBOPE divulgada ao final do mês seguinte, constatou que a avaliação de “ótimo e bom” do governo Dilma Rousseff teve queda de 63% para 31%, ao ser comparada aos índices de março. Já o item “ruim e péssimo” saltou de 7% também para 31%, o que foi interpretado como um efeito imediato do chamado Grito das Ruas e como um desgaste dos dez anos do partido à frente da política nacional[7]. Na análise por setores específicos, o pior resultado em termos de desempenho, na visão da população, foi o da saúde, assinalado por 71% dos entrevistados (segurança pública foi citada por 40% da população, seguida dentre várias outras áreas pela educação com 37%).
Com dificuldades e incapaz de enfrentar os crônicos problemas de infraestrutura, gestão e financiamento acumulados pelo Sistema Único de Saúde, o governo, desejoso de oferecer respostas de impacto e de curto prazo, optou por dar viabilidade ao oitavo dos 13 pontos do programa formulado em 2011, referente a “profissionais necessários à saúde dos brasileiros”. Tratou, assim, de dar cumprimento a acordo firmado pelo ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, com o governo cubano, e em tempo recorde contratou (até dezembro de 2013) 5.400 médicos da ilha do Caribe para atuarem em localidades distantes e nas periferias das cidades médias e grandes brasileiras, nas quais os profissionais nacionais não aceitaram trabalhar, mesmo sob remuneração mensal elevada para o equivalente a U$ 4,200.00 mensais (no caso dos profissionais cubanos, a remuneração no Brasil corresponde a cerca de 10% deste valor, com o restante sendo pago ao governo do seu país). O novo programa, conhecido como “Mais Médicos” foi bem aceito pelas comunidades que passaram a ter acesso regular ao atendimento médico, e se tornou o principal mote na campanha do ministro Alexandre Padilha para o governo de São Paulo, o maior estado brasileiro e um dos poucos ainda nas mãos da oposição.
Por último, vale referir o discurso relativo à regulação do sistema de saúde, destacado como o 12º dos 13 pontos acima referidos. A ausência de um eficaz modelo regulatório, especialmente das ações do setor privado, é o fator mais diretamente responsável pelo que se pode considerar como um Não-Sistema brasileiro de saúde, caracterizado pelafalta de integração entre os seus múltiplos componentes. Este problema não é novo. Ao contrário, faz parte intrínseca do modelo aberto de administração e de prestação de cuidados à população. Em 1988, na criação do SUS, tendo sido politicamente impossível estabelecer normas claras de funcionamento para o setor privado, este ficou livre para crescer ao sabor do mercado e hoje o subsistema de Saúde Suplementar já se expandiu ao ponto de proporcionar Planos de Saúde para mais de 49 milhões de pessoas, o que torna a regulação ainda mais essencialmente necessária.   
Palavras ao vento é do que menos os brasileiros precisam neste momento. Espera-se que diante do novo período administrativo 2015-2018 que se inicia no próximo janeiro tenhamos pelo menos promessas quantificadas, com objetivos e metas compreensíveis que permitam, inclusive, responder à pergunta de que modelo de divisão de atribuições entre os setores público e privado será adotado para a saúde deste país.
[i] . Doutor em Saúde Pública pela USP, Especialista em Planejamento da Saúde e em Relações Internacionais. Escritor. Membro do Observatório da Saúde do Distrito Federal.
  
 
3. PÁGINA TERCEIRA – NOTÍCIAS 
DOMINGO, JANEIRO 26, 2014
Os 13 Pontos: Um Convite para Avaliar as Políticas de Saúde de 2011-2014  - ANDRÉ MEDICE
 
SAúde do Governo Federal nos últimos 4 anos se baseou em um programa elaborado em 2010, que se ordena em treze pontos, ou treze prioridades, de acordo com o documento Mais Saúde para o Brasil Seguir Mudando com Dilma que vocês podem acessar no link indicado[1]
 
As prioridades são as seguintes:
1.       Prevenção e Promoção da Saúde e Prevenção de Doenças;
2.       Ampliação do Acesso aos Serviços de Saúde;
3.       Humanização, Acolhimento e Qualidade;
4.       Garantia da Assistencia Farmaceutica;
5.       Saúde da Mulher e da Criança;
6.       Fortalecimento da Saúde Mental, Prevenção e Tratamento do Uso de Drogas;
7.       Melhoria da Infraestrutura da Rede de Atenção à Saúde;
8.       Profissionais Necessários à Saúde dos Brasileiros;
9.       Gestão Eficiente, de Qualidade e Voltada para o Usuário do Sistema;
10.   Financiamento do Setor Compatível com o Crescimento, o Desenvolvimento Econômico e Social do País e as Necessidades do SUS;
11.   Gestão Democrática e Participativa com Controle Social;
12.   Capacidade de Regulação do Estado Brasileiro sobre Diversos Setores Econômicos;
13.   Desenvolvimento e Fortalecimento do Complexo Produtivo da Saúde.
Cada um destes treze pontos apresenta, no documento indicado, alguns destaques que constituem os objetivos que deveriam ser perseguidos em cada uma das áreas. Mas os treze pontos não apresentam objetivos quantitativos expressos em metas, tornando difícil saber qual o ponto de partida (linha de base) e o alcance de cada um dos objetivos. São objetivos sem metas e, portanto, seu alcance real é difícil de ser medido. Por outro lado, são objetivos associados a processos e não a resultados. A maioria dos verbos utilizados no documento são do tipo combater, garantir,articular, fortalecer, manter, etc. Muito pouco se encontra associado a objetivos do tipo, alcançar, atingir, eliminar ou reduzir. E menos ainda, de tanto, para quanto.  
Em certo sentido, os objetivos do programa buscaram se apoiar mais nos interesses de atores relevantes do sistema do que nas necessidades de saúde da população. A administração baseada em processos se limita a definir os recursos humanos, materiais e financeiros, respondendo com a geração incondicional de empregos, compras públicas, contratos e, com isso, atendendo aos interesses pactados entre os sócios que apoiaram à construção do programa na corrida para as urnas. 
Uma administração baseada em resultados também poderá trazer o aumento de empregos e compras públicas. No entanto isso ocorreria como um efeito colateral do que seria necessário para o atingimento destes resultados e não sob a forma de compromissos com os atores que se beneficiam dos processos. Os efeitos no emprego e nas compras públicas estariam determinados pelo empenho do Governo na reversão das condições de saúde e pelo seu compromisso social com a  solução de problemas que surgem a partir de um diagnóstico  claro e transparente que deveria orientar as açoes e políticas a serem implementadas. Os meios para atingir as metas de resultados devem ser programados, não para responder ao jogo de interesses dos atores responsáveis pelos processos, mas sim para calcular os recursos necessários e sua sustentabilidade fiscal.
Por estes motivos, se torna difícil avaliar  a métrica real dos objetivos de saúde do Governo entre 2011-2014. Eles não aparecem sob a forma de metas mensuráveis. Por exemplo, de acordo com o ponto 2, tanto faz ampliar o acesso aos serviços de saúde em 0,01% como em 100% que o objetivo estaria sendo cumprido. E dos treze objetivos elecandos, este é o único onde o verbo reflete um certo compromisso com resultados. 
O quadro abaixo detalha os  objetivos do documento.
 
 
Quadro 1
 
 
Objetivos Específicos Associados aos Treze Pontos da Proposta Mais Saúde para o Brasil Seguir Mudando com Dilma (2011-2014)
 
 
Pontos
 
Objetivos Especificos
1.        Prenvenção e Promoção da Saúde e Prevenção de Doenças
1.1     Combater as desigualdades socioeconômicas, articular diferentes políticas públicas, educar e mobilizar a sociedade para a vida saudável;
1.2     Implantar políticas públicas para promoção à saúde (incentivo à prática de atividade física e a alimentação saudável) e para redução da exposição a fatores de riscos (controle do uso do álcool, fumo, uso abusivo de medicamentos) e a articulação dessas ações com a atenção básica;
1.3     Ampliar o Programa de Imunização;
1.4     Fortalecer a Vigilância Sanitária e a vigilância ambiental;
1.5     Manter o combate sistemático das endemias e criar a Força Nacional de Saúde para atendimento às emergências envolvendo desastres naturais como enchentes e deslizamentos.  
1.6     Ampliar a cobertura da população que recebe água fluoretada.
2.        Ampliação do Acesso aos serviços de Saúde
2.1     Garantir plena cobertura de atenção básica combinando Estratégia Saúde da Família e as Unidades Básicas de Saúde, com o reconhecimento das especificidades locorregionais;
2.2     Ampliar a oferta de procedimentos de atenção especializada ambulatorial e hospitalar (exames, consultas, internações, cirurgias e saúde bucal);
2.3     Expandir as Unidades de Pronto Atendimento (UPA);
2.4     Universalizar o SAMU e expandir as centrais de regulação, articuladas com a expansão da oferta de leitos e de procedimentos especializados;
2.5     Implantar Centros Regionais de Diagnósticos do SUS com a atuação de especialistas e exames complementares;
2.6     Implantar Central de Interpretação de Exames de Imagem;
2.7     Manter e Ampliar o Programa Brasil Sorridente;
2.8     Implementar a Política de Atenção à Saúde do Trabalhador;
3.        Humanização, Acolhimento e Qualidade
3.1     Assegurar a qualidade dos serviços de saúde e humanizar as relações e vínculos entre as pessoas, com a redução das filas e do tempo de espera e ampliação do acesso às ações e aos serviços (estratégias de acolhimento, reorganização dos fluxos internos das unidades);
3.2     Incentivar a implantação da Internação Domiciliar e proporcionar a participação do usuário no seu próprio cuidado;
4.        Garantia da Assistencia Farmacêutica
4.1     Ampliar o gasto público com aquisição e distribuição gratuita de medicamentos e fortalecer o Programa Farmácia Popular;
4.2     Atualizar periodicamente as listas de medicamentos do SUS;
4.3     Fortalecer e aumentar a oferta de medicamentos genéricos;
4.4     Expandir o Programa Farmácia Popular do Brasil com a ampliação do elenco de medicamentos e do número de farmácias privadas credenciadas no Aqui Tem Farmácia Popular;
4.5     Ampliar os investimentos em Laboratórios Farmacêuticos Oficiais;
5.        Saúde da Mulher e da Criança
5.1     Promover a atenção integral à saúde das mulheres conforme a Política Nacional de Atenção à Saúde Integral à Mulher, aPolítica Nacional de Direitos Sexuais e Reprodutivos e a Política Nacional de Planejamento Familiar;
5.2     Implantar a Rede Cegonha para garantir que a gestante seja informada onde será o parto e o acompanhante no pré-parto e parto;
5.3     Criar um sistema de transporte de gestante de riscos e neonatal, articulado com o SAMU;
5.4     Reestruturar a rede hospitalar de atenção obstétrica e neonatal, com ênfase nas unidades  que realizam atenção especializada perinatal para gestantes e neonatos de alto risco, buscando atingir as metas pactuadas de redução da morbi-mortalidade de gestantes e recém nascidos;
6.        Fortalecimento da Saúde Mental, Prevenção e   Tratamento do Uso de Drogas.
6.1     Aprofundar a cobertura de atendimento para toda a população que sofre de transtornos mentais e dar especial atenção à questão das drogas;
6.2     Garantir o financiamento da rede extra-hospitalar com a ampliação dos serviços substitutivos de saúde mental no País;
6.3     Implementar o Programa Nacional sobre drogas e de atenção às pessoas que fazem uso delas;
6.4     Dar atenção prioritária para a questão do crack, em uma ação articulada com diferentes políticas públicas e parceria com ONGs voltadas o tratamento do usuário, o apoio e prevenção para os jovens, as famílias, as comunidades;
6.5     Apoiar a ampliação do número de CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) principalmente CAPS álcool e outras drogas e CAPS infanto-juvenil nos municípios com 70 mil habitantes, e CAPS III (24h) nos municípios com 200 mil habitantes;
7.        Melhoria da Infraestrutura da Rede de Atenção à   Saúde
7.1     Implantar um programa de reestruturação física das unidades de saúde em seus vários níveis de atenção, que supere a defasagem do padrão físico atual em relação às práticas modernas e humanizadas de atenção à saúde.
7.2     Reestruturar fisicamente todas as unidades hospitalares de atenção especializada na área de urgência e emergência que são referência para o SAMU;
7.3     Reformar e construir unidades de saúde de acordo com as especificidades locais;
7.4     Construir 500 UPAs para assegurar aumento da cobertura nos serviços de urgência pré-hospitalar;
7.5     Reformar e construir hospitais nos locais de comprovada insuficiência de leitos;
8.        Profissionais Necessários para a Saúde dos   Brasileiros
8.1     Implementar estratégias como o serviço civil e o financiamento específico para resolver os vazios assistenciais, ainda identificados no País;
8.2     Levar o profissional médico aos municípios com carência deste profissional por meio de incentivos, associados à anistia de fi nanciamento estudantil e outros;
8.3     Ampliar número de bolsas de residência no Norte, Nordeste e Centro-Oeste;
8.4     Adotar parametrizações de cargos, carreiras e vencimentos mínimos nacionais e de co-financiamento de pessoal pelas três esferas de governo;
8.5     Aprofundar as políticas para combater a precarização do trabalho em saúde;
9.        Gestão Eficiente, de Qualidade e Voltada para o   Usuário do Sistema
9.1     Implantar um sistema integrado de avaliação de todos os serviços do SUS;
9.2     Estabelecer metas em todos os níveis de atendimento e de aferição de satisfação com os serviços;
9.3     Apoiar a implantação de novos modelos gerenciais e administrativos, que atendam às necessidades da nova realidade e que sejam compatíveis com os princípios do SUS;
9.4     Garantir que a política de pagamentos do SUS seja orientada pelos resultados e desempenho;
9.5     Implementar as possibilidades de articulações regionais (consórcios intermunicipais, redes, unidades de referência regional e outras);
9.6     Definir, através de legislação específica, as responsabilidades das três esferas de governo e os direitos e deveres de todos os participantes do setor saúde;
10.     Financiamento para o Setor Compatível com o Crescimento,
o Desenvolvimento Econômico e Social do País e com as Necessidades do SUS.
10.1  Regulamentar a EC 29, que fixa novos patamares de vinculação da receita e define o que são ações e serviços públicos de saúde;
10.2  Promover maior equidade na distribuição dos recursos federais e estaduais para a saúde utilizando critérios epidemiológicos, de rede instalada, renda per capita, IDH e outros paracorrigir as desigualdades;
10.3  Aperfeiçoar os mecanismos de acompanhamento, monitoramento e controle social dos recursos do Ministério da Saúde e os transferidos a Estados e Municípios, priorizando o combate ao desperdício e desvios;
11.     Gestão Democrática e Participativa com Controle Social.
11.1  Fortalecer as estruturas de gestão participativa (colegiados de gestão, diálogos com os movimentos sociais e sindicais, plenárias, conselhos e conferências de saúde;
11.2  Fortalecer o Conselho Nacional de Saúde;
11.3  Ampliar os sistemas de monitoramento, ouvidoria e auditoria como instrumentos de controle do sistema e diálogo com a população;
12.     Capacidade de   Regulação do Estado Brasileiro sobre os Diversos Setores Econômicos   Pertinentes à Saúde;
12.1  Reforçar o papel do Ministério da Saúde na articulação das Agências Reguladoras (ANS e ANVISA) para garantir os princípios constitucionais da Universalidade, Equidade e Integralidade do Sistema;
12.2  Implementar a regulação do processo de incorporação e retirada de tecnologias no SUS e na Saúde Suplementar;
12.3  Efetivar o ressarcimento dos procedimentos realizados nos usuários de planos e seguros de saúde no âmbito do SUS. Conformar e consolidar o Sistema de Saúde Brasileiro, garantindo a ampliação e funcionamento adequado;
13.     Desenvolvimento e Fortalecimento do Complexo Produtivo da Saúde
13.1  Ampliar linhas de pesquisa relacionadas à produção nacional de medicamentos de interesse do SUS. Incentivar o complexo industrial da saúde com linhas de financiamento, política de compras governamentais, subvenções econômicas e incentivos fiscais;
13.2  Fortalecer as empresas nacionais, participantes do Complexo Industrial da Saúde por meio da modernização de plantas tecnológicas da incorporação de centros de pesquisa, construção de arranjos produtivos, agregação de valor e incremento do poder econômico;
 
 

No que se refere ao conteúdo, os objetivos traçados no programa 2011-2014 parecem não estar alinhados a algumas das principais necessidades da população brasileira. Vejamos alguns exemplos:
·         Não se faz menção à epidemia de doenças crônicas, como diabetes e hipertensão, que hoje constitui o principal flagelo da população mais pobre do país, como decorrencia dos processos de transição demográfica e epidemiológica.
 
·         Não se menciona, como estratégia para o financiamento, a necessidade de uma política efetiva de controle e combate à corrupção e ao mau uso dos recursos, nem a geração de uma consciência e compromisso com a ética na gestão do SUS. 
 
·         Não se menciona os processos reais que poderiam levar ao aumento da qualidade e do controle dos serviços de saúde, como a criação de instâncias sólidas para a acreditação de unidades e redes de saúde e indicadores de segurança dos pacientes, para evitar a morbidade e a mortalidade dentro das unidades de saúde por falta de recursos, profissionais e descaso com os cidadãos.
 
·         Faltou a promessa de melhorar os sistemas de informação, como a histórica clínica eletrônica ou a retomada do cartão SUS, para aumentar a eficiência no uso das informações e dar respostas individualizadas aos usuários na busca de resultados tangíveis de melhoria da cobertura e qualidade do sistema.
Por tudo o que faltou no programa de saúde do partido que venceu as eleições presidenciais de 2010, muitos pensam que um plano para melhorar a saúde do país, ajustado as necessidades da população brasileira, deveria ser mais comprometido com o longo prazo e com um diagnóstico responsável sobre o que falta na saúde do país. Mas não se pode mudar o passado e o programa e seus objetivos estão aí. Portanto, a sociedade brasileira deveria avaliar se estes objetivos foram alcançados, com a intenção de propiciar uma medida técnica e objetiva do que se conseguiu implantar em relação ao que foi prometido. Mas deveria também discutir se as promessas feitas foram aquelas que mais se ajustaram às necessidades de saúde da população brasileira, que vão muito além de uma visão de curto prazo.
O eventual produto desta análise não seria nenhuma crítica ao SUS, aos seus princípios ou aos seus implementadores. O SUS tem sido implementado por muitos técnicos e funcionários comprometidos com a melhoria da saúde no país, desde o Ministério da Saúde às Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde, além de agências como a ANVISA, a ANS e outros órgãos da administração direta e indireta. É um esforço que vai além de uma visão político-partidária e integra pessoas de alta capacidade técnica, probidade administrativa e boa vontade, as quais poderiam estar servindo ao país em qualquer administração. Mas a condução da política e a implementação de objetivos estratégicos é muito importante para o alcance de resultados concretos, e portanto necessita ser avaliada para que se possa aprender com os erros do passado e formular objetivos que estejam comprometidos com o longo prazo e não somente o exercício das campanhas eleitorais.
 
 GC-CONASEMS_-AGENDA_MUNICÍPIOS-_JAN-2014
 
 GUIA_DAZZI__DE_LEGISLAÇÃO_EM_SAÚDE_-_19-2-2014
 
 
 
NOTAS

 
3.2  EDUARDO GIANNETTI – IGUALDADE DE QUÊ?
 
 
 
BOA SEMANA. 
 


[1] Médici, A. – Os 13 pontos: um convite paraavaliar as políticas de saúde de 2011-2-14. Monitor de Saúde. Washington, D.C., 26/01/2014. Disponível em: monitordesaude.blogspot.com.br
[2] Santos, N.R. – Financiamento da saúde: receita corrente bruta x receita corrente líquida. Em: ANTC, Associação Nacional dos Auditores de Controle Externo dos Tribunais de Contas do Brasil. 7 Dezº 2013. Disponível em: http://www.controleexterno.org/?secao=noticias&visualizar_noticia=196
[3] SP tem 800 mil pedidos medicos na fila de espera. Estadão, 28/2/2013. Disponível em:http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,sp-tem-800-mil-pedidos-medicos-na-fila-de-espera,1002490,0.htm
[4] Gragnolati, M., Lindelow, M. e Cauttolecn, B. – Twenty years of health system reform in Brazil: na assessment of the Sistema Único de Saúde. The World Bank. Washington, D.C., 2013. Disponível em http://dx.doi.org/10.196/928-0-8213-9843-2
[5] RIPSA – Indicadores de Dados Básicos, Brasil, 2012. Rede Interagencial de Informações para a saúde. Brasília, 2013.
[6] Abrasco, Cebes, Abres, IDISA, Ampasa - O Movimento Saúde + 10 e a luta pelofinanciamento adequado para o SUS – Manifesto de 7 Setº, 2013. Em: http://www.observasaude.org/sugeridas/files/o-movimento-saude10-e-a-luta-pelo-financiamento-adequado-do-sus.html.
[7] População avalia saúde como o setor de pior desempenho governamental. Pesquisa IBOPE, 26/7/2013. Disponível em:http://www.observasaude.org/noticias/files/ece8460bf6df9d8fd83a036da0e406d5-6.html
 
 


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