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Produtos Parmalat podem ser recolhidos

20 de março de 2014
 
Procuradoria gaúcha diz que empresa não informa sobre leite com formol
 
Flávio Ilha, Andréa Freitas, Luiza Xavier e Daiane Costa
 
O promotor da Defesa do Consumidor do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS), Alcindo Bastos Filho, anunciou ontem que o órgão ingressará na Justiça com um pedido para que sejam recolhidos todos os produtos das marcas Líder e Parmalat em estabelecimentos comerciais do estado. Além do leite, a solicitação deve abranger derivados produzidos pela LBR nas fábricas de Guaratinguetá (SP) e Lobato (PR) que possam ter sido processados usando matéria-prima contaminada com formol. A rede Walmart anunciou ontem que estava retirando preventivamente da área de venda de suas lojas no Paraná e em São Paulo todos os leites das marcas Parmalat e Líder.
 
Na sexta-feira, o MP flagrou uma resfriadora gaúcha de leite que adulterava o produto in natura com uréia e a substância cancerígena formol para esconder a diluição com água durante a quarta etapa da Operação Leite Compen$ado. Segundo o MP, 300 mil litros desse leite foram enviados da fábrica da LBR em Tapejara (RS) para unidades da empresa em SP e PR. A matéria-prima foi processada em 13 e 14 de fevereiro e enviada ao mercado.
 
Na terça-feira, o promotor recebeu uma caixa de leite UFLT da marca Parmalat processada no dia 13 em SP e comprada em um supermercado de Porto Alegre em 18 de fevereiro. Ele não soube informar se o leite recebido está contaminado com formol, mas disse que a falta de informações da empresa sobre os lotes supostamente adulterados cria "uma vazio" de informação que prejudica os consumidores. Segundo Bastos Filho, ao perceber a data de fabricação, o consumidor entrou em contato com o SAC da LBR, que confirmou que o lote era um dos que deveriam ser recolhidos. Metade do produto chegou a ser consumida pela família do comprador:
 
Não podemos esperar que a empresa informe quais lotes usaram a matéria-prima contaminada e se foram de fato recolhidos ou não. O Ministério da Agricultura (Mapa) solicitou a informação há 20 dias e a empresa não atendeu. O consumidor não pode ficar no escuro. Diante da recusa (em informar), não resta alternativa senão ingressar com medida judicial.
 
Fontes ligadas à LBR negam que a empresa esteja escondendo informações, garantem que o leite foi recolhido e dizem que não há problemas com o produto.
 
Acredito que o que irrita as autoridades é a nossa convicção de que o produto está OK. Um promotor estadual está tomando uma medida que não faz sentido. Querem punir as empresas como se elas tivessem culpa. A empresa também é um prejudicado disse uma fonte.
 
Além de acionar a LBR judicialmente, o MP deve determinar à Vigilância Sanitária que confisque produtos Líder e Parmalat devido ao descumprimento de medida administrativa. A LBR assinou um termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o MP em 2013, comprometendo-se a analisar o leite cru antes de processá-lo. A empresa também pode ser multada.
 
LBR NÃO ESTARIA CUMPRINDO ACORDO
 
Segundo fontes da LBR, o TAC está sendo cumprido e a companhia realiza todos os testes exigidos pelo Mapa. Só em fevereiro, dizem, foram rejeitados 194 mil litros de leite cru na fábrica do RS. E todas as recusas foram comunicadas ao Mapa.
 
Em nota, a LBR informou que o leite cru utilizado para a fabricação de UHT Parmalat e Líder foi submetido a testes da empresa e analisado por laboratórios credenciados pelo Mapa e que as 13 análises realizadas apresentaram resultado negativo para formol. A LBR afirma que foi comunicada da possibilidade de contaminação do leite cru em 25 de fevereiro e que, após rastreamento, providenciou o recolhimento desses lotes. Além disso, informa que os clientes que tiverem os produtos em questão devem entrar em contato com o SAC (0800 011 2222 ou sac@lbr-lacteosbrasil.com.br) para esclarecimento, troca ou devolução. Na sexta-feira, a empresa veiculará anúncio nos meios de comunicação de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul com essas informações.
 
Já no Rio, oito consumidores entraram em contato com o Procon Carioca para denunciar gosto amargo e, em alguns casos, aparência diferente do normal no leite desnatado da marca Elegê. O órgão abriu uma investigação. Já a BRF não se manifestou até o fechamento desta edição.
 
Números 100 MIL LITROS EM SP
 
É o total de UHT integral da Parmalat com matéria-prima suspeita. Produção ocorreu entre 22h de 13/2 e 6h45 de 14/2
 
199 MIL LITROS NO PARANÁ
 
É total do UHT integral Líder produzido em entre 5h05 e 7h43 de 13/2 e de meia-noite a 5h25 de l4/2
 
Fonte: O Globo


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