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Poluição matou 7 milhões em 2012

25 de março de 2014
 
Por Assis Moreira | De Genebra 
 
Pelo menos 7 milhões de pessoas morreram por causa de poluição do ar em 2012 e a situação piorou em grandes cidades de emergentes, como São Paulo e Rio de Janeiro, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). 
 
O número de vítimas representa mais do dobro de estimativas anteriores e confirma que a poluição do ar é agora um dos maiores riscos para a saúde, causando uma entre oito mortes globalmente. 
 
"No mundo inteiro a poluição do ar está matando mais", disse ao Valor o coordenador de saúde pública e meio ambiente da OMS, Carlos Dora. "Em grandes cidades de emergentes, como São Paulo e Rio, a situação não é boa." 
 
A OMS alerta que a nova estimativa não significa necessariamente que o número de mortes dobrou desde 2008, data da última projeção. E sim que agora há mais conhecimento sobre as doenças causadas pela poluição, e melhor avaliação da exposição tanto urbana como rural, dentro e fora de casa.
  
Agora está mais claro o vínculo entre poluição do ar e problemas de coração, cerebrovascular, além de câncer do pulmão e outras doenças. A OMS conclui que a poluição do ar interna, causada, por exemplo, pelo uso de fogão de lenha ou de lamparinas a diesel, causou 4,3 milhões de mortes em 2012. A poluição externa teria feito 3,7 milhões de vítimas. Muitas pessoas são expostas aos dois tipos de poluição, daí porque as duas cifras não podem ser somadas e a OMC estima que no total as vítimas seriam em torno de 7 milhões. 
 
Aproximadamente 5,1 milhões de mortes ocorreram na Ásia. Na América Latina, cerca de 190 mil. A OMC diz estar ajustando as estimativas sobre as 1.600 cidades mais poluídas e com mais mortes, usando os novos modelos de estudos e imagens de satélite.
  
"A excessiva poluição do ar é frequentemente subproduto de políticas insustentáveis em setores como transporte, energia, gestão do lixo e industrial", diz Carlos Dora. 
 
Ele nota que no Brasil a poluição mais violenta é industrial e urbana, causada por queima de lixo, uso individual de veículo porque o transporte público é ruim, além de outros tipos, e tudo isso causa também prejuízos econômicos.
  
"Todas as grandes cidades globais competem por grandes negócios e têm que atrair mão de obra qualificada, e cidades muito poluídas não vão atrair muito", diz ele. 
 
Para Dora, a China é o país com os maiores problemas, mas também o que tem mais reagido. "Medidas drásticas estão sendo tomadas e a motivação é competição economica', diz. O governo chinês decidiu que nos próximos três anos vai baixar a poluição do ar para 60 microgramas por metro cúbico de ar/dia, em média, comparada a até 350 hoje em dia, e quando o padrão recomendado pela OMS é de 25 microgramas.
  
Pequim promete usar US$ 227 bilhões para combater a poluição, lembra Dora. Isso num cenário em que o número de carros na China aumentou de 16 milhões para 93 milhões entre 2000 e 2011. 
 
Sua recomendação para o Brasil é clara: "Investir em transporte público de qualidade, dar espaço para pedestres, produzir energia limpa. o Brasil já tem 80% de energia de hidroelétricas, mas nos domicílios o aquecimento de água vem de outros combustíveis, quando tem toda a capacidade de energia solar para aquecer a água".
 
Fonte: Valor Econômico


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