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Anti-HPV: reação pode ser efeito psicológico

29 de março de 2014
 
Concentração dos casos reforça hipótese relatada em outros países, diz governo
 
Flavio Ilha
 
O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, disse ontem ao GLOBO que o Ministério da Saúde decidiu reter a parte do lote de vacinas anti-HPV que registrou reações adversas em cinco adolescentes de Porto Alegre na segunda-feira por precaução. Barbosa afirmou que reações adversas são previstas e esperadas, mas estranhou a concentração do fenômeno: três das cinco meninas receberam a primeira dose na mesma escola, que o secretário não quis revelar.
 
Como não há registro de sintomas adversos em outros locais, a hipótese de efeito coletivo psicológico fala muito alto disse o secretário.
 
Barbosa contou que as vacinas anti-HPV têm três selos de qualidade: do laboratório fabricante, dos testes de laboratório que são realizados e da vigilância pós-venda, que acompanha a ocorrência de adventos incomuns após a aplicação. As vacinas já foram substituídas e a campanha segue normalmente.
 
Segundo o secretário, as vacinas do mesmo lote que foram para outros estados não registraram nenhum problema:
 
Cada lote chega a ter um milhão de vacinas, e estamos falando numa parte de 89 mil doses. Nossa hipótese é de que possa ter havido o que se chama de efeito coletivo psicológico. Isso já foi relatado em outros países onde a vacina foi aplicada e também com outros medicamentos preventivos, não só com a anti-HPV.
 
Barbosa considera pouco provável uma reação alérgica que, segundo ele, jamais foi descrita cm outros locais do mundo:
 
Nada impede que o Brasil seja o primeiro país a registrar esse efeito, mas é pouco provável que haja três pessoas alérgicas a esse tipo de elemento num universo relativamente pequeno de população. Em todo caso, estamos investigando.
 
A crise convulsiva sofrida por uma adolescente em Veranópolis e sua relação com a vacina está sendo apurada pelo ministério:
 
O que posso dizer é que existe um estudo internacional com 600 mil amostras que não percebeu diferenças percentuais de crises convulsivas entre populações vacinadas e não vacinadas. Ou seja, teoricamente as crises são indiferentes à aplicação do medicamento.
 
Um parecer do próprio ministério, em 2011, não recomendava a inclusão da anti-HPV no calendário de vacinação, mas houve uma mudança de orientação determinada pelo custo.
 
A situação se alterou muito de lá para cá. O custo unitário de uma dose estava em US$ 150 logo que a vacina surgiu, por volta de 2007. Em 2011, fizemos um estudo de custo-oportunidade, coordenado pela USP, e chegamos à conclusão de que poderíamos incluir no calendário a US$ 15 por dose. Esse é o preço do contrato com a Merck, incluindo transferência de tecnologia. São 15 milhões de doses em 2014. É o menor preço do mundo e que vai decrescer à medida que o contrato avance. Daqui a cinco anos, a dose estará custando no máximo US$ 9.
 
Fonte: O Globo


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