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Medida vai fixar médicos em área carente, diz governo

13 de abril de 2014
 
FÁBIO TAKAHASHI DE SÃO PAULO
 
Meta é que profissional que clinica em região pobre passe a ser professor universitário ali e retome seus estudos
 
Para Conselho Federal de Medicina, é preciso oferecer carreira e condições de trabalho para atrair interessados
 
Ao mesmo tempo em que busca aumentar o número de professores universitários, o governo federal visa fixar médicos em regiões carentes.
 
Essa fixação ocorrerá justamente porque os concursos para docentes das novas vagas de medicina não exigirão títulos de pós-graduação, afirma o Ministério da Educação.
 
Nesses novos cursos, localizados em áreas carentes, médicos que atuam na região (e que não se formaram mestres ou doutores) poderão entrar como docentes.
 
Esse médico, além de passar a ser um professor universitário, poderá também fazer uma pós-graduação. Os cursos serão gratuitos ou haverá bolsas federais.
 
"Você traz médicos da região, que conhecem a região, que têm interesse na docência, e vai fazendo a formação na própria região", afirmou o secretário da Educação Superior do Ministério da Educação, Paulo Speller.
 
A fixação de médicos em áreas carentes é o principal objetivo do programa federal Mais Médicos.
 
Segundo dados do governo, o país tem menos médicos por habitantes do que a Argentina e o Uruguai. E 22 Estados estão abaixo da média brasileira. Amapá, Maranhão, Pará e Piauí têm menos da metade dessa média.
 
Estão acima do patamar brasileiro apenas São Paulo, Rio, Espírito Santo, Rio Grande do Sul e Distrito Federal.
 
CRÍTICAS
 
O Conselho Federal de Medicina discorda de todo o programa do governo federal.
 
Contesta, primeiro, que seja necessário aumentar o número de cursos na área.
 
A entidade se baseia em estimativas que apontam que o número atual de médicos é suficiente, pois o crescimento populacional no país tem desacelerado nos últimos anos --o que reduz a demanda por médicos.
 
"A abertura de cursos visa apenas a satisfação dos empresários", disse Carlos Vidal, vice-presidente do conselho. Parte da expansão será em faculdades privadas.
 
Especificamente sobre a decisão de aceitar mais professores sem mestrado ou doutorado nas federais, Vidal afirma que a medida acarretará a formação de "médicos desqualificados".
 
Ele ressalta que o próprio Ministério da Educação aumenta em suas avaliações a pontuação dos cursos que possuem mais doutores e mestres. "Eles mesmos consideram importantes esses títulos. Por que a lógica não valeria para os novos cursos?"
 
Para Vidal, "o título de mestre e de doutor é a garantia de que aquele professor sabe lecionar e pesquisar".
 
ÁREAS CARENTES
 
O conselho também vê como ineficaz a estratégia do governo para fixar médicos em regiões carentes.
 
Uma das principais ações da presidente Dilma Rousseff é abrir cursos nas áreas com poucos profissionais. Também contratou profissionais estrangeiros.
 
"O que fixará médicos nessas regiões é boa carreira e condições de trabalho", disse o vice-presidente do conselho.
 
Fonte: Folha de S. Paulo
 


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