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Projetos buscam maior qualidade de vida

12 de maio de 2014
 
DE SÃO PAULO
 
No Brasil, grupos de pesquisa trabalham com outras estratégias para recuperar a mobilidade de pacientes com lesão na medula espinhal.
 
Alberto Cliquet Jr., coordenador do Laboratório de Biomecânica e Reabilitação do Aparelho Locomotor, da Unicamp, estuda a recuperação de lesados medulares com estimulação elétrica neuromuscular numa região conhecida como lombossacral, onde se localizam as raízes motoras.
 
A estimulação repetida para a realização de tarefas como caminhar alguns metros ou pegar um objeto acaba gerando uma reconexão com o cérebro. "Nesse processo ocorre ganho de sensibilidade e ganho motor", diz ele.
 
Cliquet diz que o tempo de recuperação depende do tipo de lesão e do empenho do paciente. "Não há milagre: a recuperação não é fácil e depende de cada caso."
 
Nos EUA, um grupo que trabalha com a estimulação elétrica na reabilitação de pacientes paraplégicos tem mostrado bons resultados. No mês passado, quatro pacientes jovens que haviam recebido um eletrodo implantado nas costas puderam mexer os dedos dos pés, levantar as pernas e ficar em pé.
 
Cliquet não é um entusiasta do uso de vestes robóticas. O cientista não enxerga nenhum propósito terapêutico nesse tipo de estratégia.
 
"A recuperação de um lesionado medular é muito mais complexa. A terapia que empregamos tem como consequência um ganho de qualidade de vida, com a melhora da condição cardiorrespiratória, ganho de força e de massa óssea."
 
CÉLULAS-TRONCO
 
A opinião é compartilhada por Ricardo Ribeiro dos Santos, coordenador do Centro de Biotecnologia e Terapia Celular do Hospital São Rafael, na Bahia. "Sem o exoesqueleto, a pessoa continua com os mesmo problemas que tinha antes."
 
Santos lidera um projeto que utiliza células-tronco injetadas na medula para recuperar parte da circuitaria nervosa afetada nos pacientes. Em 2011, um policial militar paraplégico conseguiu mexer as pernas após a terapia.
 
A primeira fase do tratamento experimental, com 14 pacientes paraplégicos, foi concluída recentemente. O procedimento envolveu uma cirurgia para limpar o local da lesão e a aplicar as células-tronco mesenquimais, que têm papel no estímulo ao crescimento de novos nervos.
 
"Todos os pacientes apresentaram alguma melhora na qualidade de vida e alguns conseguiram se locomover com andador", conta. A pesquisa, que tem apoio da Fiocruz da Bahia, iniciará uma nova fase com 60 pacientes. O grupo pretende usar técnicas de imagem para injetar as células-tronco sem cirurgia.
 
Com isso, os pesquisadores pretendem fazer três aplicações de células-tronco --na primeira fase, houve apenas uma-- o que, espera Santos, deve aumentar as chances de sucesso do tratamento.
 
(FTM)
 
Fonte: Folha de S. Paulo


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