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Vício interfere na fertilidade

07 de junho de 2014
 
A falta de sono não é o único efeito colateral a longo prazo da Cannabis. De acordo com um estudo publicado na revista Human Reproduction, homens jovens que usam a droga podem colocar a fertilidade em risco. No maior estudo que investigou como o estilo de vida influencia o tamanho e o formato do espermatozoide, uma equipe de pesquisadores das universidades de Sheffield e Manchester, na Inglaterra, constatou que a morfologia do esperma é prejudicada pela maconha.
 
O estudo analisou dados de 2.249 homens que procuraram 14 clínicas de fertilização in vitro do Reino Unido. Os pesquisadores pediram que eles respondessem a questionários detalhados sobre o histórico médico e o estilo de vida. Os resultados mostraram que indivíduos com menos de 30 anos que fumaram maconha até três meses antes da coleta da amostra tinham duas vezes mais risco de produzir esperma com menos de 4% de espermatozoides normais.
 
"Nosso conhecimento sobre fatores que influenciam o tamanho e o formato dos espermatozoides é muito limitado, mas nossos dados sugerem que usuários de Cannabis deveriam parar de usar a droga se planejam tentar formar uma família", disse Allan Pacey, professor de andrologia da Universidade de Sheffield e principal autor do estudo. Pesquisas anteriores sugerem que apenas esperma contendo uma boa morfologia das células reprodutivas masculinas é capaz de passar pelo útero, abrindo caminho até o óvulo que será fertilizado. Estudos em laboratório também indicam que espermatozoides com morfologia prejudicada se deslocam menos porque o formato anormal faz deles menos eficientes.
 
Outros possíveis fatores de risco investigados na pesquisa inglesa não afetaram a fertilidade. "Ainda há poucas evidências de ajustes que precisam ser feitos no estilo de vida masculino para melhorar as chances de concepção", disse Pacey. Embora agora os cientistas não tenham encontrado associação entre a morfologia do espermatozoide e os hábitos comuns, como consumo de álcool e uso de tabaco, ele esclarece que é possível que esses comportamentos influenciem outros aspectos que não foram analisados, como a qualidade do DNA contido na cabeça do espermatozoide.
 
Segundo Nicola Cherry, professor da Universidade de Manchester, além da Cannabis, foram identificados fatores ambientais que estão associados a deformidades no tamanho e no formato dos espermatozoides. Estudos anteriores apontam solventes de tinta e chumbo como substâncias capazes de comprometer a morfologia das células masculinas.
 

Fonte: Correio Braziliense 



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