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Casos de violência doméstica sobem 74 porcento.

09 de junho de 2014
 
GABRIELA YAMADA DE RIBEIRÃO PRETO
 
Segundo a prefeitura, número de registros em Ribeirão Preto passou de 1.057, em 2006, para 1.846, no ano passado
 
Dados revelam que mulher foi a maior vítima em 2013: 1.488 notificações de queixas foram feitas por elas
 
O número de notificações de casos de violência doméstica teve aumento de 74,64% em Ribeirão Preto.
 
Os dados, da Vigilância Epidemiológica, são de 2006 --quando foi implantado o programa de notificação compulsória pelo Ministério da Saúde-- a 2013.
 
No ano passado, a violência doméstica fez 1.846 vítimas, ante 1.057 em 2006.
 
"Os números são altos, mas a realidade pode ser ainda pior, porque sabemos que muitas pessoas não registram queixa nem procuram unidade de saúde", afirma Maria Elizabete Monteiro, da equipe técnica da Vigilância Epidemiológica.
 
Os dados revelam que, no ano passado, a mulher foi a maior vítima: do total, 1.488 notificações foram de queixas e denúncias feitas por elas.
 
As mulheres entre 20 e 39 anos foram as que mais sofreram com a violência doméstica, somando 895 casos.
 
"De modo geral, a violência doméstica acontece em toda a cidade", afirma Maria Elizabete.
 
O problema, no entanto, é que, quanto mais alta a renda, menor é o número de queixas --isso não significa, no entanto, que a violência doméstica não exista entre os que têm mais dinheiro.
 
"Muitas vezes, a mulher tem vergonha de se expor ou receio de ser julgada no meio em que vive", diz a psicóloga Clara Cury, que trabalha com terapia familiar.
 
Em 2013, o maior número de vítimas foi registrado na região da UBDS (unidade distrital de saúde) Sumarezinho, na zona oeste de Ribeirão.
 
Os dados revelam uma realidade ainda mais triste: a maior parte dos agressores foram os próprios maridos --530 casos no ano passado.
 
"Geralmente, a mulher continua casada com o agressor e só decide se separar quando chega em determinado limite", diz Clara.
 
Foi o que aconteceu com a manicure Núbia Ângela Ferreira da Silva, 49. No dia 29 de maio, o marido tentou matá-la.
 
De acordo com a delegada Luciana Camargo Renesto, da DDM (Delegacia de Defesa da Mulher), as mulheres permanecem na relação por dependência emocional.
 
"Há 12 anos, as mulheres que eu atendia na delegacia não se separavam porque dependiam financeiramente dos maridos. Hoje, em 80% dos casos, elas é que trabalham", afirma.
 
Segundo a delegada, é comum que as mulheres voltem à delegacia para tentar retirar a queixa --o que já não é mais permitido por lei.
 
"Mais do que amparo jurídico, as mulheres precisam de amparo emocional e admitir quando necessitam de ajuda", diz a psicóloga.
 
Fonte: Folha de S. Paulo


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