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País tem 26 centros de excelência global

11 de junho de 2014
 
Por Carmen Nery | Para o Valor, do Rio José de Lima Valverde: acreditação vale por três anos, período em que o hospital é constantemente monitorado
 
Um total de 26 hospitais brasileiros estão entre as 560 instituições de saúde acreditadas em todo o mundo pela Joint Commission International (JCI), braço internacional da The Joint Commission - maior acreditadora de saúde do mundo, que realiza as acreditações apenas nos Estados Unidos, cabendo à JCI as certificações fora do país. No Brasil, dentre os mais de 6 mil hospitais do sistema de saúde nacional, esses 26 se destacam como centros de excelência internacional ao obter a mais importante acreditação hospitalar do mundo.
 
Segundo o dr. José de Lima Valverde Filho, coordenador do Consórcio Brasileiro de Acreditação (CBA) - que desde 2000 representa a JCI no país -, a acreditação é um conjunto de padrões e protocolos a serem seguidos pelos hospitais que a solicitam. Sua validade é de três anos, período em que o hospital fica permanentemente monitorado. A JCI também confere certificações para tratamentos.
 
Os hospitais levam, em média, dois anos para se adequar a todas as exigências, e, durante o processo de acreditação, passam por visitas, entrevistas e análises de documentos, para a avaliação de 1.300 itens. Valverde explica que o processo leva em conta o manual da JCI, que é composto de sete capítulos com foco no paciente e na administração hospitalar.
 
Entre os 26 hospitais acreditados em 2013, 21 são privados. O pioneiro foi o Albert Einstein, que, em 1999, foi o primeiro hospital fora dos EUA acreditado pela The Joint Comission no mundo, inaugurando as acreditações internacionais que resultaram na criação da JCI. Segundo Cláudia Garcia de Barros, diretora de prática assistencial e qualidade, a acreditação permitiu que a taxa de eventos adversos graves ao paciente fosse reduzida em 49% nos últimos cinco anos, e, daqueles considerados catastróficos, em 60%.
 
O Einstein é um hospital geral de alta complexidade e já está em sua sexta acreditação. Conta com 650 leitos e, como tem a classificação de hospital de excelência do Ministério da Saúde, mantém dois hospitais públicos de 250 leitos cada um - como contrapartida da renúncia fiscal a que tem direito. Além disso, conta com áreas estratégicas de especialização. "O foco são as áreas de ortopedia, cardiovascular, oncologia e transplantes. Somos o hospital privado que mais fez transplantes no mundo: mais de 2 mil", diz Nelson Wolosker, vice-presidente do Einstein.
 
Outro hospital de excelência pioneiro é o Moinhos de Vento, do Rio Grande do Sul, o segundo a ser acreditado, o que ocorreu em 2002. O hospital tem 357 leitos e vai inaugurar um hospital público, no bairro da Restinga, em Porto Alegre, como contrapartida dos benefícios fiscais. Isonia Muller, gerente de fluxo de pacientes, diz que, desde os anos 90, o hospital estava envolvido com programas de qualidade, mas se ressentia da falta das questões de saúde nesses programas. Ela diz que o hospital buscou a JCI pelo foco que a acreditação tem no paciente.
 
"Um dos pré-requisitos é o cumprimento das legislações locais. Cumprimos as leis federais, estaduais e municipais, mas tenho uma secretaria de saúde que não me fiscaliza. Assim, decidimos escolher alguém de fora para nos avaliar. O maior resultado é a segurança para o paciente", diz Isonia.
 
O Hospital Alemão Oswaldo Cruz - também classificado como hospital de excelência pelo Ministério da Saúde - já era acreditado pela Organização Nacional de Acreditação (ONA, a acreditadora brasileira) desde 2005 e havia experimentado uma cultura de excelência, segundo explica Cleuza Enck, superintendente de desenvolvimento institucional. Mas precisava buscar uma acreditação internacional que avaliasse o fluxo do paciente em todos os processos. "Implantamos o prontuário eletrônico em 2011 e houve incremento de capacitação em práticas de segurança do paciente."
 
A rede Amil tem três hospitais acreditados: Alvorada, TotalCor e Paulistano. Com a acreditação obtida em 2010 e confirmada em 2013, o Hospital Paulistano conquistou, ainda, a certificação de cuidado a doenças específicas para o tratamento do Acidente Vascular Cerebral e cuidados paliativos. A instituição é um hospital geral voltado a tratamentos de alta e média complexidades, que conta com 170 leitos - sendo 20 de Unidades de Terapia Intensiva - e tem foco em oncologia e neurocirurgia.
 
"Antes, os profissionais agiam de acordo sua experiência pessoal. Implantamos diversos protocolos como o de SEPSE (infecção generalizada), que nos permitiu reduzir a mortalidade de 57% para 29%", diz Márcio Arruda, diretor técnico do Paulistano.
 
Valter Furlan, diretor do Hospital TotalCor - acreditado em 2010 e 2013 - diz que a acreditação visa mitigar riscos e eventos adversos e, sobretudo, dar voz ao paciente. O hospital deu ênfase ao Programa Speak da JCI, que estimula o paciente a falar e questionar o tempo todo os tratamentos, participando de todas as decisões. Especializado em cardiologia e tratamento intervencionista endovascular, o TotalCor conta com 93 leitos, e, além da acreditação, recebeu certificações em dois programas clínicos: tratamento do infarto agudo do miocárdio e insuficiência cardíaca.
 
Hospital geral e referência em ortopedia e neurologia, o Alvorada dispõe de 235 leitos e pronto-socorro 24 horas, que realiza 11 mil atendimentos por mês. A acreditação foi obtida em 2013. Fernando Moisés José Pedro, diretor do hospital, observa que entre os benefícios está a implantação do protocolo de atendimento a pacientes que se submetem a cirurgia de quadril. "O protocolo vai desde a entrado do paciente no hospital com aulas sobre o procedimento, até a cirurgia. O tempo de internação caiu de seis para três dias e o percentual de pacientes que iam para a UTI reduziu de 40% para 16%", acrescenta Pedro.
 
Hospital geral, o São Vicente de Paulo tem buscado intensificar a especialização em áreas como oftalmologia, ortopedia, urologia, neurologia e oncologia. Caminhando para sua terceira acreditação, o hospital implementa programas de qualidade desde os anos 90, segundo Marinete Thibério, CEO do hospital.
 
Fonte: Valor Econômico


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