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Hospital no Rio testa implante para infarto 21 de julho de 2014

MARIANA VERSOLATO EDITORA-ASSISTENTE DE "CIÊNCIA+SAÚDE" 
 
Dispositivo "isola" área danificada e ajuda a tratar insuficiência cardíaca
 
Técnica é experimental e ainda está em estudo; implante foi testado em apenas um paciente no Brasil, por enquanto
 
O INC (Instituto Nacional de Cardiologia), no Rio, realizou, pela primeira vez no país, um tratamento experimental indicado para pacientes que tiveram infarto e sofrem com insuficiência cardíaca grave.
 
A novidade é a colocação de um implante chamado Parachute, que tem mesmo o formato de um paraquedas, no coração. O dispositivo ainda não foi aprovado no país e só pode ser usado em protocolos de pesquisa.
 
Colocado no ventrículo esquerdo (principal câmara do coração, que bombeia sangue para todo o corpo), o dispositivo "isola" a parte do órgão que sofreu o infarto.
 
"O implante substitui a área inútil' e ajuda a bombear o sangue. Funciona como se fosse um joão-bobo; o sangue bate e volta", explica Alexandre Abizaid, diretor do Centro de Cardiologia Invasiva do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, que não esteve envolvido na cirurgia.
 
O procedimento foi feito no mês passado, em parceria com a Case Western Reserve University, dos EUA.
 
Segundo Jacqueline Miranda, coordenadora do setor de Insuficiência Cardíaca e Transplantes do INC, o implante também pode impedir que o coração cresça, mude de formato e perca sua função, algo que pode ocorrer em casos de infarto.
 
Um estudo com os cem primeiros pacientes que tiveram o Parachute implantado foi apresentado este ano no encontro do American College of Cardiology. Após seis meses, a taxa de sucesso foi de 95%; 80% dos pacientes melhoraram ou mantiveram a função cardíaca e 20% passaram por reinternações.
 
Para Abizaid, o implante é promissor. "Não é curativo nem é a solução que vai diminuir a mortalidade dramaticamente. Mas dá qualidade de vida. Os sintomas da insuficiência cardíaca são muito limitantes. Pacientes em estado grave acabam entrando na fila de transplante."
 
Leopoldo Piegas, cardiologista do HCor (Hospital do Coração), afirma que ainda é cedo para apontar a segurança e a eficácia do dispositivo. "Apesar de o dispositivo ser interessante, são necessários mais casos e um tempo maior de acompanhamento."
 
Fonte: Folha de S. Paulo


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