Pouco lembradas, calçadas são fundamentais na mobilidade
11 de agosto de 2014
Fonte: Saúde na Mídia
Para especialistas, infraestrutura adequada para pedestres incentiva o transporte público e reduz acidentes
A infraestrutura adequada para o pedestre é fator fundamental para a mobilidade urbana e incentiva o uso do transporte público. Entretanto, no Dia do Pedestre, celebrado na sexta-feira, a maioria das cidades brasileiras não tem muito o que comemorar, segundo análise de especialistas em mobilidade urbana. "Se, antes de ser implantado, o planejamento dos locais para instalação de passarelas e a sinalização das vias fossem feitas de forma pensada, de acordo com as especificidades da mobilidade urbana nos bairros, havería maior comodidade para o pedestre e maior estímulo para o uso de transporte público", avalia Aurélio Lamare Minta, especialista em Mobilidade Urbana e professor da Universidade Federal Fluminense (UFF).
Ele aponta que, ao descer do ônibus ou metrô, se os pedestres tivessem uma travessia segura para realizar o pequeno trajeto até suas casas ou locais de trabalho, e se houvesse sinalização nos pontos da cidade em que há maior trânsito de pessoas, esse deslocamento seria menos inseguro: "Para evitar os trechos 'hostis' ao pedestre, ele acaba optando pelo carro ou táxi. "
De acordo com o estudo "Calçadas do Brasil", do Portal Mobilize Brasil, feito durante o ano de 2012, há grandes diferenças na infraestrutura para o pedestre entre as cidades brasileiras. O levantamento avaliou, com notas de 0 a 10, as calçadas nos pontos chave (regiões mais movimentadas) de 12 capitais do Brasil - Porto Alegre, Curitiba, São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Goiânia, Brasília, Salvador, Fortaleza, Natal, Recife e Manaus. A melhor nota, 7,60, ficou
A infraestrutura adequada para o pedestre é fator fundamental para a mobilidade urbana e incentiva o uso do transporte público. Entretanto, no Dia do Pedestre, celebrado na sexta-feira, a maioria das cidades brasileiras não tem muito o que comemorar, segundo análise de especialistas em mobilidade urbana. "Se, antes de ser implantado, o planejamento dos locais para instalação de passarelas e a sinalização das vias fossem feitas de forma pensada, de acordo com as especificidades da mobilidade urbana nos bairros, havería maior comodidade para o pedestre e maior estímulo para o uso de transporte público", avalia Aurélio Lamare Minta, especialista em Mobilidade Urbana e professor da Universidade Federal Fluminense (UFF).
Ele aponta que, ao descer do ônibus ou metrô, se os pedestres tivessem uma travessia segura para realizar o pequeno trajeto até suas casas ou locais de trabalho, e se houvesse sinalização nos pontos da cidade em que há maior trânsito de pessoas, esse deslocamento seria menos inseguro: "Para evitar os trechos 'hostis' ao pedestre, ele acaba optando pelo carro ou táxi. "
De acordo com o estudo "Calçadas do Brasil", do Portal Mobilize Brasil, feito durante o ano de 2012, há grandes diferenças na infraestrutura para o pedestre entre as cidades brasileiras. O levantamento avaliou, com notas de 0 a 10, as calçadas nos pontos chave (regiões mais movimentadas) de 12 capitais do Brasil - Porto Alegre, Curitiba, São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Goiânia, Brasília, Salvador, Fortaleza, Natal, Recife e Manaus. A melhor nota, 7,60, ficou com Fortaleza, seguida de Belo Horizonte (7,05) e Curitiba (6,83). A última colocada foi Manaus, com 3,60. São Paulo ficou com nota 6,32 e Rio de Janeiro, 4,61, em penúltimo lugar.
No trabalho, foram observados os seguintes itens: irregularidades no piso; largura mínima de 1,20 metro, conforme norma da Associação brasileira de Normas Técnicas (ABNT); degraus que dificultam a circulação; obstáculos no caminho do pedestre; existência de rampas de acessibilidade; iluminação adequada da calçada ; sinalização para pedestres; e paisagismo para proteção e conforto.
A especialista Idaura Lobo Dias, da consultoria de gestão de tráfego e segurança Perkons, avalia que o ideal é que as calçadas estejam disponíveis por toda a cidade, e não somente em ruas principais. "A manutenção precisa ser constante. Além disso, é importante que estejam livres de obstáculos, como entulhos, placas de trânsito e comerciantes", acrescenta.
ACIDENTES
R$41 mi
Investimento do Ministério da Saúde em campanhas de redução de acidentes de trânsito desde 2010.
19,6%
Percentual de pedestres entre os mortos por acidentes de trânsito. Do total de 44.812 mortos de trânsito em 2012, 8.819 foram pedestres, segundo o Ministério da Saúde.