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Testes com injeção de células-tronco

19 de agosto de 2014
 
Não há uma grande diferença entre a maneira como é possível tratar a esclerose lateral amiotrófica (ELA) hoje e há 75 anos, quando Lou Gehrig foi diagnosticado com a doença. Atualmente, uma das pesquisas mais promissoras é liderada por Eva Feldman, da Universidade de Michigan. Os resultados da fase 1 dos testes clínicos foram apresentados no 66º Congresso Anual da Associação Americana de Neurologia (ANA), realizado, em abril, na Filadélfia.
 
O trabalho consiste em injeções de células-tronco precursoras neurais da medula espinhal na medula espinhal de pacientes. Elas devem integrar os "circuitos" dos voluntários e oferecer fatores de recuperação importante, como a nutrição das células remanescentes e o socorro a estruturas doentes, mas que ainda não estão mortas, tornando-as saudáveis novamente. 
 
O procedimento mostrou-se seguro, sem evidências de dano à espinha dorsal. Dos 15 pacientes tratados, nove sobreviveram. Três receberam injeções nas porções lombar e cervical e apresentaram exames estáveis após dois anos. A fase 2, iniciada recentemente, inclui um número maior de injeções de células-tronco e a expectativa é de que, por isso, apresente maior eficiência.
  
No fim de abril, a agência de vigilância sanitária norte-americana (FDA) liberou o início de outro ensaio clínico de um tratamento com células-tronco adultas em pacientes com ELA. O ensaio de fase 2 será lançado inicialmente no Massachusetts General Hospital em Boston, mas também será realizado na Clínica Mayo, sediada em Israel. 
 
Para o coordenador médico do Instituto Paulo Gontijo, neurologista e uma das maiores referências da doença no Brasil, Francisco Rotta, a pesquisa está ainda longe de uma cura, mas próxima de uma melhoria no tratamento. "Se formos pensar em medicina e doenças degenerativas, é muito difícil pensar em cura. Difícil encontrar em doenças que não sejam agudas algo curável com medicação." Gontijo considera que o objetivo mais realista a curto e médio prazo é ter uma medicação que seja boa o suficiente para transformar a ELA em um problema crônico de saúde, no qual seja interrompida a degeneração dos neurônios motores e o organismo consiga lidar com as limitações.
 
 
Ele acredita que os avanços na pesquisa científica foram grandes e devem começar a se refletir na clínica médica em cinco ou 10 anos. "Se virmos a quantidade de informação que tínhamos sobre a doença de 20 anos para agora, o crescimento é exponencial", avalia. Gontijo acredita que houve uma "explosão" não só de números de publicações, mas do que se conhece a respeito da doença, como os genes envolvidos na expressão dela. (BS)
 
Para saber mais
 
Origem entre os esportistas
 
Pete Frates, 29 anos, foi diagnosticado com a esclerose lateral amiotrófica (ELA) em 2012. Assim como Lou Gehrig, ele foi jogador de beisebol e mais um paciente que chamou a atenção para a condição degenerativa. No entanto, o desafio para aumentar a conscientização sobre a doença e angariar fundos não foi criado por ele. A ideia veio de outro esporte. Em um vídeo postado em julho deste ano pelo jogador de golfe Chris Kennedy, ele desafiava a prima Jeanette Senerchia a tomar um banho de gelo em troca de uma doação. As imagens chegaram a Frates, que popularizou o desafio. O marido de Jeanette teve ELA por 11 anos. Frates se uniu a outro paciente, Pat Quinn, e lançou a proposta: convencer um amigo a doar US$ 100 para qualquer instituição de combate à doença ou postar um vídeo nas redes sociais virando o balde gelado na cabeça. A escolha pela brincadeira faz com que a maioria das pessoas faça os dois e, até ontem, a arrecadação já havia alcançado mais de US$ 10 milhões. Desse valor, US$ 15,6 milhões foram arrecadados de 29 de julho a 18 de agosto. No mesmo período em 2013, a instituição conseguiu US$ 1,8 milhão em doação.
 
Fonte: Correio Braziliense


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