Os 17 doentes com Ebola que fugiram de um centro de isolamento em Monróvia continuavam a ser procurados ontem. O grupo estava em uma unidade escolar de West Point, na periferia da capital da Libéria, quando o centro médico improvisado foi invadido por homens com facas e porretes.
"O pior é que saquearam o centro, levando colchões e toalhas manchadas com os fluidos dos corpos dos pacientes", destacou ontem o ministro da Informação, Lewis Brown. "Provavelmente, todos esses invasores portam agora o vírus Ebola. Uma solução seria pôr o bairro inteiro em quarentena."
Medida semelhante já foi adotada no norte do país, nas três províncias próximas da região de fronteira, que agora integram o cordão sanitário. O problema é que West Point tem cerca de 75 mil moradores.
Um dos líderes da comunidade, Wilmont Johnson disse ontem que foi estabelecida uma equipe de busca em toda a região e não se encontrou nada nem ninguém. "Fomos por todas as partes do bairro, em vão."
"Tenho medo de que ele morra em um lugar qualquer, sem que eu saiba", afirmou ontem Fallah Boima, pai de um dos fugitivos. / COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS