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Gestão atual esgotou recursos da Santa Casa, mostra auditoria

29 de setembro de 2014
 
THAIS BILENKY DE SÃO PAULO
 
De 2009 a 2013, patrimônio líquido caiu de R$ 220 milhões para R$ 323 mil --0,15% do valor inicial
 
Situação ocorre, em parte, por explosão da dívida, que triplicou no período; instituição não se manifestou
 
O relatório final da auditoria das contas da Santa Casa de São Paulo aponta que, em cinco anos, a gestão do provedor Kalil Rocha Abdalla praticamente esgotou os recursos da instituição.
 
Entre 2009 e 2013, o patrimônio líquido da maior entidade filantrópica da América Latina caiu de R$ 220 milhões para R$ 323 mil (0,15% do valor inicial), de acordo com documento obtido pela Folha.
 
O patrimônio líquido é a soma de bens e valores de posse da instituição, descontadas as dívidas. Não inclui os imóveis do complexo hospitalar.
 
Em parte, essa situação se explica pela explosão da dívida. Se, em 2009, ela era de R$ 146,1 milhões, no fim de 2013 chegava a R$ 433,5 milhões.
 
Números atuais, apresentados pela nova superintendência, apontam que o rombo é superior a R$ 450 milhões.
 
A auditoria mostra a deterioração das contas em outros termos: em 2009, a instituição tinha R$ 0,21 para cada R$ 1 em dívida; em 2013, R$ 0,07.
 
Procurada pela Folha, a Santa Casa não se manifestou.
 
O relatório deve ser oficialmente apresentado nesta segunda (29) pela Secretaria de Estado da Saúde, responsável pela abertura da auditoria.
 
Além de membros da pasta estadual, a comissão técnica é formada por representantes da Secretaria Municipal da Saúde, do Ministério da Saúde, do Ministério Público do Estado e do Conselho Estadual de Saúde.
 
Ao criar a auditoria, o secretário David Uip condicionou a liberação de novos repasses à comprovação de gestão adequada dos recursos.
 
Cerca de 80% da receita da Santa Casa é composta de verbas governamentais.
 
GESTÃO
 
O hospital central é a maior das 39 unidades administradas pela Santa Casa. Em 2007, eram 12 unidades.
 
Kalil Rocha Abdalla, 73, foi eleito provedor da Santa Casa em abril de 2008. Desde então, reelegeu-se duas vezes, a última em abril de 2014.
 
O cargo, o mais alto da instituição, é ocupado por um membro da irmandade, que o exerce voluntariamente, em até três mandatos consecutivos de três anos cada um.
 
Em julho, Abdalla decidiu fechar o pronto-socorro porque fornecedores teriam, segundo ele, se recusado a entregar materiais devido a pagamentos não quitados.
 
Desde então, o provedor anunciava que tinha uma dívida de R$ 400 milhões --inferior à aferida pela auditoria. A Santa Casa renegocia a dívida com o BNDES.
 
Dados iniciais da auditoria, antecipados pela Folha, revelaram que a Santa Casa recebeu do Estado R$ 40 milhões por atendimentos que não chegou a realizar em 2013 e que hospital central fez um terço da média de atendimentos dos 47 hospitais de ensino vinculados ao SUS no Estado.
 
Fonte: Folha de S. Paulo


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