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Brasil precisa fortalecer bloqueio ao ebola, diz Chioro

Autor: Redação

Fonte: Agência Brasil e Agência Lusa

Publicado em 09 de Outubro de 2014 às 10h59

Ministro classificou situação como preocupante. Enquanto Japão autoriza uso de drogas experimentais, nos EUA morre primeiro paciente detectado fora da África

 

O ministro da Saúde, Arthur Chioro, avaliou na quarta-feira (8) como preocupante a situação do ebola na África Ocidental. “Embora o risco continue sendo muito baixo de termos casos no Brasil, não podemos desconsiderar a gravidade da situação. Estamos tomando todas as medidas”, disse.

 

Em entrevista à Agência Brasil, lembrou que os esforços da Organização Mundial da Saúde (OMS), no sentido de conter os casos na região atingida pela epidemia, não impede, por exemplo, que voluntários adoeçam e precisem ser repatriados, como já aconteceu nos Estados Unidos e na Espanha. “Isso é uma possibilidade que existe e temos que estar preparados”, destacou.

 

Segundo Chioro, o Brasil precisa fortalecer a construção de uma segunda e terceira linhas de bloqueio de casos a partir de uma investigação feita em portos e aeroportos. “A nossa vantagem em relação à Europa é que não temos voos diretos com esses países [afetados pelo ebola]. Sempre serão casos onde a primeira linha de bloqueio será feita na própria África e a segunda, em um aeroporto ou porto antes de embarcar para o Brasil”, explicou.

 

O ministro destacou que o governo brasileiro está atento aos desdobramentos da epidemia e adiantou que fará uma simulação de caso suspeito da doença, no Porto de Santos, para aprofundar a integração entre a Secretaria Especial de Portos, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e as autoridades sanitárias locais. “É sempre mais remota a possibilidade de entrada [da doença] por um navio do que por um avião, mas não podemos desprezar essa possibilidade. Estamos tratando todas as frentes possíveis com a seriedade que o caso exige”.

 

O último balanço da OMS indica que o ebola já infectou 8.033 pessoas e matou 3.879 delas. Ainda de acordo com o levantamento, os países com casos confirmados da doença até o momento são: Guiné, Libéria, Nigéria, Senegal, Serra Leoa e Estados Unidos. A Espanha também confirmou um caso de contaminação pelo ebola – uma auxiliar de enfermagem que contraiu a doença mesmo usando roupa protetora. Nos Estados Unidos, o homem de nacionalidade liberiana diagnosticado com ebola, no Texas, morreu hoje durante um tratamento experimental para combater a doença.

 

Medicamentos experimentais

 

O governo japonês vai permitir o uso de medicamentos experimentais contra o ebola, desenvolvidos por empresas nipônicas e que já foram testados em vários países, apesar de nenhum ter sido aprovado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O Ministério da Saúde está elaborando um plano específico para autorizar o uso de fármacos no caso de contágios no país e se os pacientes se responsabilizarem, informa a TV NHK.

 

Os medicamentos serão administrados a doentes que tenham dado a sua autorização depois de informados dos efeitos secundários observados na fase de testes.

 

O antigripal Avigan, feito por laboratórios do grupo japonês Fujifilm, é um dos poucos usados atualmente de forma experimental para tratar o ebola, ainda que a sua efetividade não tenha sido provada clinicamente, nem a sua utilização autorizada pela OMS.

 

Morte nos Estados Unidos

 

Morreu na quarta-feira (8), em Dallas, no estado do Texas, o liberiano Thomas Duncan, a primeira pessoa diagnosticada com ebola nos Estados Unidos. Ele estava hospitalizado desde 26 de setembro. Segundo o hospital, Thomas morreu de manhã. O governo americano investiga se houve imprudência no primeiro atendimento hospitalar. Antes da internação, ele chegou a ser atendido, mas foi liberado, porque o funcionário do hospital não teria reportado ao médico, como indicava o protocolo, que ele era um viajante do Oeste africano.

 

Quando retornou ao hospital, já apresentava sintomas mais graves e teve a confirmação do diagnóstico de ebola. Duncan chegou aos Estados Unidos em 26 de setembro, para visitar familiares. Os órgãos de saúde norte-americanos mantêm entre 30 e 50 pessoas em observação, por suposto contato com o liberiano.

 

Inicialmente, o governo norte-americano não havia identificado o paciente liberiano, mas a imprensa americana conseguiu contato com familiares e o governo acabou confirmando a identidade de Thomas. As TVs e jornais dos Estados Unidos veicularam entrevistas e reportagens sobre erros cometidos no primeiro atendimento hospitalar. Algumas matérias informavam que o liberiano teria negado contato com pessoas doentes na Libéria.

 

Os casos de Thomas e da auxiliar de enfermagem da Espanha obrigaram os Estados Unidos a reavaliarem protocolos para prevenção. A informação é que o governo começará a aferir a temperatura de viajantes em aeroportos a partir do próximo fim de semana.

 

O diretor do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), Tom Frieden, afirmou que, em breve, serão adotadas ações para aumentar a segurança dos americanos com relação ao ebola.

 



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