Endereço: Rua José Antônio Marinho, 450
Barão Geraldo - Campinas, São Paulo - Brasil
Cep: 13084-783
Fone: +55 19 3289-5751
Email: idisa@idisa.org.br
Adicionar aos Favoritos | Indique esta Página

Entrar agora no IDISA online

Conveniência no varejo de farmácias vai mudar perfil das lojas no país

15 de outubro de 2014
 
Com a aprovação da leis federal e estaduais, próximo passo é a regulação, que irá ampliar mix de produtos e serviços, diz Abrafarma
 
Erica Ribeiro
 
Com o fim do impedimento para a venda de produtos de conveniência nas farmácias e drogarias do país, o varejo farmacêutico está se preparando para mudanças que vão do mix de produtos ao atendimento a clientes, passando pela metragem das lojas, que, afirma o presidente da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), Sérgio Mena Barreto, irá transformar os estabelecimentos brasileiros em ver dadeiras drugstores. Barreto destaca o dia 26 de agosto último como o marco para a mudança deste mercado, com a decisão do Supremo Tribunal Federal, que considerou constitucional todas as leis estaduais complementares à lei 5991, de 1973, que permitiam a venda de produtos além de medicamentos e cosméticos, mas que vinha sendo contestada por órgãos como a Anvisa.
 
"Houve uma interpretação errônea da lei 5991, que é muito antiga. Os estados foram criando suas leis para que a venda de produtos de conveniência fossem liberados mas isso deu início a uma verdadeira disputa judicial, agora encerrada. O nosso setor sempre conviveu com embates ideológicos. Agora, teremos uma nova postura do setor no país", diz ele.
 
Com o aumento do mix de produtos, as lojas ficarão maiores, explica Barreto, e poderão também oferecer serviços complementares aos consumidores.
 
"Isso é comum e normal em países como os Estados Unidos. Enquanto as farmácias aqui têm formatos em tomo de 250 metros quadrados, lá, podem passar de mil metros quadrados. Elas são uma conveniência e também um centro de saúde para o paciente", destaca o presidente da Abrafarma.
 
Para que esse movimento possa acontecer no Brasil, é preciso discutir a regulamentação, tanto da venda de produtos, quanto da maior capacitação de farmacêuticos para a prestação de serviços e atendimento aos consumidores.
 
"Vai ser preciso qualificar os profissionais farmacêuticos, que se adaptaram à situação restritiva. Mas eles podem ser importantes agentes de saúde para a população. As lojas também vão aumentar de tamanho de acordo com critérios que as redes vão estabelecer. Mesmo com o aluguel caro, a margem de lucratividade das empresas cresce com mais produtos e com serviços. Quando uma delas implantar este modelo de negócio, as outras naturalmente vão atrás", acredita Barreto.
 
Comparando o modelo de negócio das farmácias brasileiras com o norte-americano, Barreto diz que ainda vai ser preciso discutir e muito a possibilidade de que elas possam ter também consultórios médicos como parte do atendimento.
 
"Somente nos Estados Unidos existem oito mil consultórios funcionando em farmácias. Para um país como o nosso, esse modelo seria importante para a solução de problemas que impediríam as pessoas ir a uma clínica ou posto de saúde para atendimento clínico. Esta iniciativa é ainda mais bem sucedida no México, onde existem 15 mil consultórios funcionando dentro de farmácias" , explica ele.
 
Barreto não acredita que vá haver uma consolidação deste mercado no país, mas uma concentração, com as grandes redes dominando o segmento e uma parte atuando ainda de forma individual.
 
"Temos hoje 68 mil farmácias no país, com 12 mil delas parte de redes. Elas são responsáveis por 55% do mercado. Os outros 45% do setor pulverizam nas 56 mil farmácias restantes . Hoje, fora a CVS, tudo mais é boato. Mas pode haver alguma mudança quando for aprovada a regulamentação para a conveniência em farmácias", avalia o executivo.
 
Com relação à logística reversa no setor de farmácias, Barreto disse que as redes não aderiram à Política Nacional de Resíduos Sólidos.
 
"Nós do varejo entendemos que a responsabilidade é do fabricante. E que nosso papel é de educação institucional do consumidor, além do apoio, como ponto de coleta. Mas não investindo nesse segmento. "
 
O Brasil tem hoje 68 mil farmácias em funcionamento. Deste total, 12 mil estão em redes, que são responsáveis por 55% do mercado. Os outros 45% estão nas 56 mil farmácias restantes
 
PONTO A PONTO
 
No primeiro semestre deste ano, as farmácias registraram um faturamento 13,69% superior ao do mesmo período de 2013. Em valores, isso corresponde a R$15,37 bilhões.
 
Os não-medicamentos vêm mantendo vendas crescentes, com R$ 5,02 bilhões nos primeiros seis meses deste ano, o equivalente a 32,69% da receita total do segmento no período. Esse resultado corresponde a um aumento de 16,58% no primeiro semestre de 2014, quando comparado ao mesmo período de 2013, e praticamente repete o índice do ano passado (16,82%).
 
A venda de genéricos teve um salto de 7,49% de um semestre para outro, passando de R$ 1,7 bilhão nos seis primeiros meses de 2013 para R$ 1,8 bilhão de janeiro a junho deste ano. Já os demais medicamentos cresceram 12,34% no período, de R$ 9,02 bilhões no primeiro semestre de 2013, para R$ 10,3 bilhões este ano.
 
 
Fonte: Brasil Econômico


Meus Dados

Dados do Amigo

Copyright © . IDISA . Desenvolvido por W2F Publicidade