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Brasil em alerta para dengue e chicungunha

05 de novembro de 2014
Fonte: O Globo
 
Dez capitais são monitoradas, e 117 municípios estão em situação de risco, mostram dados do Ministério da Saúde
 
André de souza
 
Dos 1.463 municípios monitorados pelo Ministério da Saúde, 117 (8%) estão em situação de risco para a dengue e a febre chicungunha, doenças transmitidas pelos mesmos mosquitos e com sintomas parecidos. A maioria, 96 deles, está no Nordeste. Outros 533 municípios (36,4%) estão em situação de alerta, e 813 (55,6%) aparecem em situação satisfatória. Os números são do do Levantamento Rápido do índice de Infestação de Aedes aegypti (LIRAa), realizado em outubro deste ano e que identifica focos de proliferação dos mosquitos, apontando para as regiões de maior risco.
 
Entre as capitais, dez estão em situação de alerta: Belém, Porto Velho, Maceió, Natal, Recife, São Luís, Aracaju, Vitória, Cuiabá e Porto Alegre. Outras seis ainda não repassaram seus dados ao Ministério da Saúde, o que deverá ser feito até o fim da semana: Boa Vista, Manaus, Palmas, Rio Branco, Fortaleza e Salvador. Nenhuma capital está em situação de risco. As demais apresentam situação satisfatória.
 
Um município está em condição satisfatória quando menos de 1% de seus domicílios tem focos do mosquito transmissor. A partir de 1%, mas inferior a 4%, a situação é considerada de alerta. Acima disso, já é situação de risco. A transmissão da dengue se concentra entre janeiro e maio, assim o governo está preparando ações de prevenção focadas para o verão.
 
PRINCIPAIS FOCOS SÃO DEPÓSITOS DE ÁGUA
 
Segundo o LIRAa, os principais focos do mosquito transmissor são depósitos de armazenamento de água, como caixas d'água e tonéis; depósitos domiciliares, como calhas e pratos de plantas; e lixo domiciliar, como pneus e garrafas vazias. A predominância de um ou outro varia de acordo com a região. No Norte e no Sul, o lixo é o principal tipo de foco: 46,6% e 47,3% respectivamente. No Nordeste, os depósitos de armazenamento de água representam 78,8% dos focos. No Sudeste, é o depósito domiciliar: 55,1%. No Centro-Oeste há um maior equilíbrio: 36,8% dos focos são depósitos de armazenamento de água, 32,7% são lixo, e 30,6% são depósitos domiciliares.
 
Entre os municípios em situação de risco, além dos 96 do Nordeste, há 17 no Norte, dois no Sul, um no Centro-Oeste e um no Sudeste. Em situação de alerta, há 354 no Nordeste, 90 no Sudeste, 52 no Norte, 20 no Centro-Oeste e 17 no Sul. Outros municípios ainda vão enviar seus dados. A expectativa do Ministério da Saúde é de que mais de 1.600 municípios sejam monitorados. Este ano, o ministro da Saúde, Arthur Chioro, destacou que é preciso ter atenção especial na região Sudeste, que passa por uma seca.
 
- Há uma tendência às pessoas que estão sofrendo falta de água a acumularem para uso diário. É fundamental fazer um reforço das secretarias de saúde para que haja proteção desses reservatórios. Qualquer recipiente que acumula água pode servir de criadouro do mosquito - disse Chioro.
 
Apesar do nome, o LIRAa mede não só os fo cos do Aedes aegypti, principal transmissor d; dengue, mas também do Aedes albopictus. O dois mosquitos podem transmitir tanto a den gue como a chicungunha. Originária da África a febre chicungunha se parece com a dengue mas costuma ser mais dolorosa, embora com le talidade mais baixa. Provoca severas dores na articulações que podem perdurar por longe tempo, além de febre, mal-estar e dor de cabeça O tratamento consiste no alívio dos sintomas que costumam durar de três a dez dias. São re comendados repouso, hidratação e o uso danalgésicos como o paracetamol.
 
 
 
Até 25 de outubro, foram registrados 824 ca sos de chicungunha no Brasil, dos quais 39 fo ram importados, ou seja, contraídos por pes soas que viajaram ao exterior. Os outros 78 são casos autóctones. Os municípios em qumais houve casos autóctones até o momenti são Feira de Santana (BA), com 371 registros Oiapoque (AP), com 330, e Riachão do Jacuíp (BA), com 82. Registraram um caso cada Cam po Grande (MS) e Matozinhos (MG). Antes d setembro de 2014, nunca havia sido registradum caso autóctone no Brasil.
 
- Na Bahia já apelidaram a chicungunha d primo Chico, porque é um parente (da dengue - disse o ministro.
 
O número de casos de dengue caiu 61% entr 2013 e 2014. Nas primeiras 43 semanas d 2014, foram 556.317 casos. No mesmo períodde 2013, foram 1.427.753.0 número de morte provocadas pela dengue também caiu de un ano para o outro, passando de 646 para 37$ Em 2014, esses números não deverão aumen tar muito porque a transmissão da doença s concentra entre janeiro e maio. Assim, a ações de prevenção são voltadas para esse pe ríodo, começando já em dezembro, quand' será realizado, no dia 6, o Dia D de Mobiliza ção. Serão convocados gestores municipais d saúde para realizarem uma intensa mobiliza ção da população e, assim, eliminar os foco de transmissão das duas doenças.
 
- Como a maioria dos focos está nos domici lios, a mobilização é fundamental - disse o se cretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbost
 
VACINA CONTRA A DENGUE DEVE SAIR EM 2015
 
A primeira vacina contra a dengue pode estar dis ponível no mercado até o fim do ano que ven conforme anunciou esta semana a Sanofi Pasteu durante o congresso da Sociedade Americana d Medicina Tropical, em Nova Orleans, nos EU/ Após 20 anos de pesquisas, a vacina foi testad em última fase com eficácia de 60,8% contra c quatro sorotipos da dengue (1,2,3 e 4).
 
doentes em 80,3% (a cada dez pacientes, oit não precisam ser internados) e diminui er 95,5% as chances de a doença progredir par sua forma mais grave e letal.
 

Dados da Organização Mundial de Saúd (OMS) mostram que a dengue é endêmica er mais de 100 países, o Brasil entre eles. Soment no ano passado, o país registrou 1,5 milhão d notificações - um número recorde. 



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