Leon Sorrab
Leon Sorrab
O meu caso é controle,
Mas na transversalidade.
Não sei se meu coração é coorte,
Mas bate no intervalo de confiança.
Os números dizem que esse corte
É longitudinal,
Banal.
E meu controle,
Um viés,
Quem sabe de aferição,
Ou de entrevistador,
Talvez de situação,
Um fator protetor dos erros metodológicos.
Se as janelas não fossem experimentais,
E seu sorriso, uma amostra
De um risco atribuível,
Veria o fator de risco de seus olhos,
Frente à bivariância de meu pensamento.
Sempre anti-regressão logística.
Faço uma análise hierárquica da solidão,
Periférica como meu desfecho.
Há relações com o confundimento
E associação com o acaso em que me acabo.
Entre o caso e o controle,
Os números não mensuram a minha dor.