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Célula-tronco de embrião preservado anima cientistas

Mas o otimismo é cauteloso. Especialistas dizem que nem sempre uma técnica bem sucedida em animais dá certo em humanos

Toronto (Canadá) - A obtenção de células-tronco sem a destruição de embriões, anunciada nesta segunda-feira, foi recebida com um otimismo cauteloso na reunião da Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva (ASRM) que acontece no Canadá.
"É essencial destacar que os dois estudos, embora sejam potencialmente muito importantes, também são muito preliminares", disse o presidente da ASRM, Robert Schenken, após a publicação de artigo sobre o assunto na revista Nature. "Há muito trabalho a fazer antes que possa ser aplicado em seres humanos."
Schenken afirmou em Montreal, onde se realiza a reunião da ASRM, que sua cautela se deve ao fato de que "os trabalhos em muitas outras áreas ensinaram que, em medicina reprodutiva, o que funciona em animais pode não se traduzir bem nos humanos".
Mas, apesar da moderação de Schenken, cientistas de todo o mundo - e especialmente dos EUA - vêem uma grande oportunidade nas descobertas dos professores Rudolf Jaenisch, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, e Robert Lanza, do Instituto de Medicina Regenerativa da Carolina do Norte.

Restrições
Para os especialistas, as técnicas anunciadas evitam os problemas éticos enfrentados pela pesquisa com células-tronco, o que levou a restrições das autoridades americanas aos cientistas que trabalham nesse campo.
O próprio professor Lanza reconheceu os problemas que estes limites estão impondo aos pesquisadores e disse que o potencial das células-tronco só pode se tornar realidade com o apoio do financiamento governamental e das grandes companhias farmacêuticas. "No entanto, sem dúvida isto não foi possível nos Estados Unidos por causa da oposição do terreno ético", acrescentou o pesquisador.
O problema é que as células-tronco - que podem se transformar em células de qualquer tipo de tecido do corpo humano - são obtidas de embriões que são destruídos no processo. O procedimento anunciado pelos pesquisadores do Instituto de Medicina Regenerativa conseguiu colher células-tronco de embriões de ratos sem causar aparentes danos ao embrião, o que permite o desenvolvimento normal do feto.

Uma das oito células
A equipe do professor Lanza conseguiu uma dúzia de linhagens de células-tronco utilizando apenas uma célula procedente de uma biópsia do embrião, uma técnica que é muito utilizada para detectar possíveis defeitos genéticos durante fertilizações "in vitro".
O procedimento retira uma das oito células que compõem o embrião antes de sua implantação no útero e sua colocação num cultivo com outras células-tronco para estimular que sua transformação em células-tronco independentes. Já o professor Jaenisch utilizou uma técnica conhecida como transferência nuclear alterada para produzir células-tronco embrionárias sem criar um embrião.
"A pesquisa dos professores Jaenisch e Lanza e de seus colegas anunciada hoje representa importantes passos adiante para a rápida evolução do campo da ciência de células-tronco", reconheceu Schenken, que acrescentou que as pesquisas novamente apontam para uma enorme promessa no campo das células-tronco.
Fonte Estadão on line



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