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Seguradoras de saúde geraram prejuízo de R$ 197 milhões até junho, calcula consultor

SÃO PAULO - As seguradoras de saúde registraram um prejuízo conjunto de R$ 197 milhões no período janeiro a junho de 2005. É o resultado de perdas operacionais de R$ 365 milhões e ganhos financeiros sobre o patrimônio no valor de R$ 167 milhões. Os dados foram compilados pelo consultor Luiz Roberto Castiglione, da Castiglione Business, a partir dos balanços entregues à Agência Nacional de Saúde (ANS).

Em relatório distribuído sexta-feira, o consultor indica que as empresas já colocaram R$ 1,4 bilhão em recursos dos acionistas na operação, só este ano.

Para um patrimônio líquido de R$ 3,1 bilhões, o retorno no período é negativo em 7,84%. A continuar nesse ritmo, as seguradoras de saúde devem fechar o ano com retorno sobre patrimônio negativo em 13,06%. " A situação não é mais desfavorável devido aos constantes aportes de capital para absorver as pesadas perdas geradas pelo tabelamento dos preços e a liberação dos custos " , afirma o consultor em seu relatório.

Segundo ele, a taxa de sinistralidade retida (sinistros pagos sobre prêmios ganhos) já chegou a 96%. Isso significa que, de cada R$ 100 pagos pelos clientes, as seguradoras gastam R$ 96 com o pagamento dos procedimentos médicos cobertos pelo seguro.

Para Valter Hime, da Gama Saúde, uma operadora especializada em gestão de planos de saúde para empresas, o modelo de prestação de serviços regulamentado pela legislação de 1996 é o culpado pelo mau desempenho do setor. Isso porque limitou os reajustes para o consumidor desconsiderando a evolução dos custos médicos. " Do mesmo jeito que as operadoras e seguradoras estão em dificuldade, também os hospitais estão em grave situação financeira, à exceção de algumas grifes " .

Segundo Castiglione, a situação financeira das seguradoras piorou depois da última limitação de reajustes proposta pelo governo e sancionada pela Justiça. Para tirar o setor do vermelho, diz o consultor, só uma " decisão política " do governo: " A essa altura, não é possível permitir reajustes tão elevados que compensem as perdas das empresas, então não há solução fácil " , afirmou.

Para reduzir os custos, as seguradoras passaram a só vender seguros empresariais - que têm reajustes liberados. Mesmo assim, os aumentos anuais começam a incomodar as empresas. " As seguradoras estão muito mais seletivas na aceitação do risco porque precisam buscar rentabilidade " , comentou Eugenio Paschoal, presidente da Willis, uma das grandes corretoras de seguros e resseguros mundiais. A Willis acaba de adquirir o controle de uma corretoras especializada em gestão de riscos em saúde e benefícios, a Athos.

Fonte Janes Rocha | Valor Econômico
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