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Campanha sobre a eliminação da hanseníase

As manchas na pele surgem lentamente e são facilmente confundidas com micoses. Mas, aos poucos, aqueles pontinhos brancos ou avermelhados vão ganhando maiores proporções. Os cremes não solucionam o problema e só então o médico, que deveria ser a opção para o paciente, é procurado. Depois de alguns exames, surge o diagnóstico: hanseníase. O relato é um dos indícios de que a falta de informação e o preconceito dificultam o diagnóstico precoce e o rápido controle da doença. Conforme estabelecido pela Organização Mundial da Saúde, a OMS, quando se tem a prevalência de mais de um caso por grupo de 10 mil habitantes, a hanseníase é considerada um problema de saúde pública. No Brasil, há 1,71 casos. O país ocupa o 6º lugar no mundo em número de pessoas infectadas. A lista é liderada por Madagascar com 2,4. O que é?A hanseníase é uma doença infecciosa causada por uma bactéria (bacilo) que atinge a pele e os nervos. A forma de contágio mais comum da doença é de pessoa para pessoa, pela via aérea, por pessoas infectadas e que não estejam em tratamento. Ao falar, tossir ou espirrar, o portador da hanseníase pode expelir a bactéria.Quais os sintomas?Surgem manchas brancas ou placas avermelhadas na pele, com clara alteração na sensibilidade ao calor e ao frio, ou seja, no local das manchas não se sente dor. Há ainda sensação de queimação e de dormência, formigamentos nas mãos e pés, caroços ou inchaços na orelha e no rosto. O que muita gente não sabe é que a doença tem cura. Com o diagnóstico rápido, as possibilidades de cura sem seqüelas são grandes. Se você tiver alguma dúvida ou notar algum desses sinais procure um posto de saúde perto da sua casa ou ligue no tele hansen: 0800-262001 Como tratar?O tratamento é feito facilmente com coquetéis de antibióticos. São três comprimidos, durante seis meses a um ano, dependendo da quantidade de bacilos e lesões que exista no paciente. Desde a primeira dose do tratamento elimina-se, em média, 90% da carga de bacilo causador da doença. Com isso, reduz-se consideravelmente a possibilidade de transmissão da doença. É importante que a medicação não seja interrompida nem mesmo com a melhora dos sintomas. Qual a meta do Brasil?Até o final de 2005, o Ministério da Saúde pretende reduzir para um caso para cada 10 mil habitantes. Para atingir essa meta, o orçamento deste ano para as ações de combate à doença é de R$ 13,1 milhões, quase duas vezes maior do que o de 2004, que foi de R$ 7 milhões. O que o SUS tem feito?O Programa Nacional de Eliminação da Hanseníase, a cada ano, traça estratégias para chegar à eliminação da doença como problema de saúde pública. Para isso, segundo a coordenadora nacional do programa, Rosa Castália, o primeiro desafio foi desenvolver um bom sistema de informação no país, que fosse capaz de registrar todos os novos casos no país, o número de pessoas tratadas e a taxa de abandono do tratamento. Na posse desses dados, foi identificado que 70% dos novos casos se encontravam na região da Amazônia Legal. Diante disso, a estratégia adotada foi a descentralização do atendimento no SUS, para que pudesse colocar perto das pessoas o diagnóstico e ao tratamento. O terceiro desafio foi o treinamento das equipes de saúde para se chegar ao diagnóstico precoce na tentativa de reduzir as incapacidades físicas decorrentes da doença.Bate-papo com a coordenadora nacional do Programa de Eliminação da Hanseníase, Rosa Castália Portal: Por que o Brasil não eliminou a doença?Rosa Castália:"Nós temos vários fatores que contam a nosso favor. O Brasil tem uma rede, tem um SUS que é uma rede de atenção à saúde bastante capilarizada. Tem outros recursos, como as equipes do Programa de Saúde da Família, agentes comunitários de saúde que são recursos que nenhum outro país tem. Então, fica muito difícil a gente explicar realmente por que não se elimina a doença. Eu diria que nós últimos anos, a chave da eliminação seria dar acesso ao diagnóstico e ao tratamento, ou seja, fazer com que as pessoas estejam próximas dos postos. O Brasil é um país muito grande, então, às vezes, uma pessoa ir todo mês fazer um tratamento de seis meses a um ano, ir todo mês num centro de saúde buscar a medicação, talvez isso constitua uma dificuldade muito grande para ela. Então, qual seria a estratégia fundamental? É colocar o diagnóstico e tratamento perto das pessoas. Todo o município do país hoje tem um posto de saúde; na maior parte do Brasil, até mesmo em vilas e unidades municipais menores há um posto de saúde. São 11 mil postos no país com capacidade de oferecer o diagnóstico e o tratamento para eliminação da hanseníase. Então, nós estamos ampliando a cobertura de serviço para todos os 35 mil postos de saúde do SUS no país para "correr atrás do prejuízo" de anos de centralização."Portal: O SUS tem recursos para oferecer todo o processo de diagnóstico e tratamento na rede pública?Rosa Castália: "Perfeitamente, o tratamento no Brasil é todo feito na rede pública. A medicação é completamente gratuita. Essa medicação, a OMS e o laboratório Novartis doam para todos os países endêmicos. Além do orçamento próprio do governo federal, que é muito maior, R$ 13,1 milhões, a fundação japonesa Sassakawa doou esse ano para o Brasil, US$ 168 mil para financiar a eliminação da hanseníase. Para 2006, já estão previstos US$ 150 mil. Além dos recursos financeiros, eles dão apoio técnico, político e assessoria de logística".

Cuidados que o portador da hanseníase deve terOlhos - Repare se você tem, permanentemente a sensação de estar com areia nos olhos, a visão embaçada ou ressecada de repente, ou se tem piscado mais que o normal. Pode ser um pequeno nervo dos olhos afetado pela doença. O que fazer - Observe se há ciscos e limpe com soro. Se está difícil fechar os olhos, exercite-os, forçando o músculo ao abrir e fechar.Nariz - Se sente que o nariz tem ficado entupido com freqüência, se têm aparecido cascas ou sangramentos súbitos, se tem sentido cheiro ruim, o osso do nariz pode ter sido atingido pela doença. O que fazer - Limpe o nariz com soro fisiológico, inspirando e expirando. Nunca arranque as casquinhas. Mãos e braços - Se nota dor ou formigamento, choque ou dormência nas mãos, braços e cotovelos ou se as mãos ficam inchadas e com dificuldade de sustentar os objetos, fique atento. O que fazer - Faça repouso do braço afetado, evite os movimentos repetitivos e não carregue objetos pesados. Procure o serviço de saúde. Use óleos ou cremes para evitar ressecamento. Pés - Se sente dor e câimbras nas pernas, fraqueza nos pés, formigamento ou choque; se surgem muitas feridas, calos ou bolhas, é sinal de que o nervo foi atingido. Por isso, a pele resseca e o pé fica fraco. O que fazer - Fique em repouso e ande calçado apenas quando necessário. Procure o médico. Regiões esbranquiçadas e insensíveis na pele são um sinal da doença.

Conheça a campanha sobre a eliminação da hanseníase - 2005



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