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Prefeitura cobrará metas no Santa Lydia

Secretaria da Saúde pretende que hospital doado ao município atenda preferencialmente os usuários do SUS

Simesp diz que, diante de tentativas passadas de cobrar resultados, idéia da prefeita será um verdadeiro desastre ARARIPE CASTILHO

DE RIBEIRÃO PRETO

O projeto que cria a Fundação Santa Lydia, entidade que administrará o hospital doado à Prefeitura de Ribeirão semana passada, prevê definição de metas de desempenho para cada serviço.

A proposta da prefeita Dárcy Vera (DEM) foi aprovada anteontem na Câmara. Municipalizado, o hospital atenderá "preferencialmente", segundo a prefeitura, usuários do SUS (Sistema Único de Saúde).

A criação de metas para o atendimento motivou polêmica há cerca de dois meses, quando a administração tentou inserir um sistema de remuneração dos médicos de acordo com a produtividade.

A prefeitura diz que a iniciativa tem o objetivo de garantir qualidade. Já o Simesp (Sindicato dos Médicos de São Paulo), que foi contra a medida, prevê uma experiência "desastrada".

O presidente do sindicato, Renato Arena, disse acreditar que a ação não trará resultados positivos para médicos e pacientes se a prefeitura tentar implantar no Santa Lydia os mesmos conceitos propostos à categoria.

"Considerando que acho a atual administração de saúde desastrada e considerando as tentativas sugeridas por eles mesmos [prefeitura] recentemente, tenho certeza de que será um grande desastre", afirmou Arena.

Para ele, cobrar "apenas números" pode resultar em mau atendimento. O secretário da Administração, Marco Antonio dos Santos, afirmou que a proposta é uma opção de governo e resultados serão cobrados em todos os setores da gestão municipal.

Ele citou a criação da Coordenadoria de Metas, aprovada pela Câmara. "Se a gente não cobra resultados, os planos acabam não sendo realizados totalmente", disse.

Santos afirmou que, no caso do Santa Lydia, as metas terão o objetivo de manter "o padrão de qualidade atual". Por enquanto, o hospital atende majoritariamente convênios particulares.

De acordo com o texto do projeto, as metas serão "vinculadas diretamente aos recursos que serão recebidos pela fundação." A Secretaria da Saúde fará o acompanhamento dos resultados.

PASQUALE CRIPRO NETO
Fonte: Folha de S. Paulo



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