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NÓS E O TEMOR DA PANDEMIA DA GRIPE H1N1

A nova gripe já se espalhou mundo afora. A Organização Mundial da Saúde já não tem como meta a contagem de cada caso, a não ser os mais graves, pela desimportância da medida. No Brasil temos novo protocolo de abordagem da pandemia. Já abandonamos a estratégia de atender as pessoas rotineiramente em hospitais e centros de referência. Agora a estratégia é prestar o primeiro atendimento nos consultórios, clínicas, unidades de saúde e ambulatórios. Para os hospitais de referência devem ser encaminhados apenas os que necessitem de cuidados especiais.

A melhor medida a adotar é a busca precoce de um diagnóstico: buscar os serviços de saúde quando sinas e sintomas aparecerem. Eles são os mesmos das gripes comuns: febre, tosse, coriza, mal estar. Os casos mais graves apresentam-se com febre mais alta (acima de 38 graus), tosse, dificuldade para respirar apresentando respiração mais rápida. A pressão pode cair. A dificuldade para respirar pode se agravar e aparecerem movimentos das asas do nariz, mais comuns em criança que em adulto. As crianças podem também, apresentar vômitos, falta de apetite e irritabilidade. Existem circunstâncias que, a qualquer tempo e gripe, podem levar à maior gravidade. São denominados de fatores de risco: crianças menores de dois anos, idosos acima de 60 anos, doentes com doenças crônicas como diabetes, cardiopatias, pneumopatias, algumas doenças do sangue e dos rins e em pessoas imunodeprimidas (portadores de câncer, AIDS).

Temos que nos equilibrar entre dois sentimentos extremos, por princípio posições ruins. De um lado o sentimento indevido de pânico individual e coletivo, pela convicção de que a gripe seja mal fatal, incontrolável e eminente. De outro o sentimento mágico, errado, de se minimizar o problema, desconhecer o risco e achar que esta seja mais uma gripe sem importância, ou mesmo uma gripe de falsa gravidade plantada para favorecer indústria e comércio de medicamentos e material médico-hospitalar. Como sempre a virtude continua no meio que é a posição assumida pela Organização Mundial de Saúde e seguida pelo Ministério da Saúde. Estar alerta, tomar providências tanto de garantir exames e medicamentos como de organização da rede de atendimento, cuidar dos doentes e orientar para as medidas preventivas que, de algum modo, podem diminuir os riscos e minimizar conseqüências.

Acho que Ministério da Saúde e Secretarias Estaduais e Municipais estão alertas e se preparando, cada vez mais, para dar conta do recado. Temos convicção que o acesso aos serviços públicos e muitos dos planos privados de saúde ainda não seja suficiente e totalmente eficiente. É hora de um grande esforço de investimentos financeiros e humanos (quantidade e preparo dos profissionais) para se garantir suficiência e eficiência no atendimento primeiro às pessoas. Nas unidades de saúde da família, postos e centros de saúde, consultórios e clínicas, pronto-socorros e hospitais. Que não se cuide apenas da atenção técnica, mas que ela seja feita com humanismo, respeitando-se angústias e temores das pessoas, diante do desconhecido.

Medidas preventivas mais efetivas são quase impossíveis, no ambiente e estilo de vida em que somos obrigados a viver. Os resfriados e gripados devem proteger a boca ao tossir ou espirrar. Lavar as mãos a cada vez. Se possível, evitar ambientes fechados (medida difícil: no inverno, no transporte coletivo, no ambiente de trabalho, escola, igreja...). Todos lavarmos sempre as mãos, sobra como medida universal mais viável, mas de efetividade menor.

Vigiar sem nos alarmarmos. A nós cidadãos, profissionais de saúde, prestadores de serviços e governos resta fazer o máximo possível para que menos pessoas adoeçam e as que adoecerem sejam bem socorridas, sarem logo e, sem seqüelas. Milagres não serão feitos, mas o possível de hoje será nossa tarefa para que nos ajudemos a viver mais e melhor.



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