Tabaco: estudos indicam que inibidores de apetite são utilizados há 50 anos por fabricantes de cigarros
03-05-2011
Uma pesquisa suíça apontou que há outras substâncias prejudiciais à saúde, além das já conhecidas, presentes no cigarro. As indústrias teriam adicionado inibidores de apetite, com o intuito de fidelizar os consumidores. De acordo com o estudo conduzido por médicos da Universidade de Lausanne, as empresas de tabaco acrescentavam anfetamina, efedrina, gás do riso e ácido tartárico, entre outros.
A anfetamina e a efedrina já são conhecidos redutores de apetite. O gás do riso suprime a fome ao alterar o sabor dos alimentos. O ácido tartárico reduz o apetite ao ressecar a boca. Ainda segundo relatórios, essa prática já era realizada há pelo menos 50 anos.
A vantagem do supressor de apetite para a indústria seria a ampliação de uma das características do cigarro: a capacidade de reduzir a fome. Essa nova tática teria por objetivo atrair o consumo do público feminino. Muitas mulheres afirmam que não parariam de fumar, pois poderiam engordar. A adição do supressor de apetite potencializa essa característica natural do cigarro.
Os fabricantes negaram o uso das substâncias apresentadas no relatório. Além disso, asseguram que sempre priorizaram a transparência e o controle de seus produtos. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) pretende proibir o uso de aditivos em cigarros como, por exemplo, o mentol.
Fonte: Folha de S. Paulo on line 02/05/2011 - Mário César Carvalho