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Mais da metade dos estudos clínicos no Brasil são feitos por empresas estrangeiras

Um levantamento feito pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) revelou que o Brasil ainda não possui uma autonomia na realização de estudos clínicos. A agência reguladora apontou que boa parte destes estudos (80%) são feitos por empresas e laboratórios multinacionais. Essas pesquisas servem para testar, em quatro etapas, novos princípios ativos em seres humanos e estão diretamente relacionadas à capacidade de um país desenvolver medicamentos inovadores.
 
De acordo com o documento da ANVISA, 63% destas pesquisas estão na fase 3, quando o medicamento já está quase pronto e inclui testes em diversos grupos de pacientes para verificar segurança, eficácia e benefício a longo prazo. Apenas 4% dos estudos estão na fase 1, etapa em que o novo fármaco é testado pela primeira vez em um ser humano e está intimamente ligada à inovação.
 
Segundo o diretor-presidente da ANVISA, Dirceu Barbano, o Brasil dispõe de estrutura e mão de obra capacitada para ter mais pesquisas e criar medicamentos. Segundo ele, o bom momento da economia e medidas adotadas pelo governo, como o Plano Brasil Maior – nova política industrial -, podem contribuir para que os laboratórios e centros de pesquisas nacionais ganhem condições de competir com os estrangeiros.
 
- Um bom nicho para investimento no país é a produção de genéricos. Precisamos aproveitar a nossa experiência para que as empresas façam sua própria inovação.
 
Para Antônio Britto, presidente executivo da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma), um dos motivos para a dependência estrangeira é o alto custo das pesquisas clínicas, que varia de US$ 800 milhões a US$ 1 bilhão. Esses estudos podem durar quase uma década.
 
Apesar de o país dispor de centros de excelência e pesquisadores reconhecidos internacionalmente, Britto acredita que as leis que regem as pesquisas clínicas no país dificultam a realização de maior número de estudos. De acordo com a Interfarma, o Brasil demora, em média, três vezes mais que outros países para decidir sobre uma pesquisa clínica. Nos Estados Unidos, na França e no Canadá, o prazo é de três a quatro meses. Na Argentina, fica em seis meses e no Brasil, de dez a 14 meses, conforme dados de 2008.
 
- A capacidade física instalada é muito maior do que o Brasil está fazendo. O mundo não pode esperar o Brasil decidir. O país responde por cerca de 1,2% das pesquisas clínicas mundiais.
 
De 2003 a 2010, a ANVISA aprovou 1.826 estudos clínicos, mais de 75% do total de propostas avaliadas. Além da agência reguladora, as empresas necessitam da aprovação da comissão nacional de ética em pesquisa para executar os estudo clínicos. 
 
Fonte: Blog do Cbes
 


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