Estado recebe reforço de 40 leitos em UTIs Neonatais
Conforme o governo, Pelotas, Três Passos e a Fronteira Oeste receberão vagas até o fim do ano Joice Bacelo | joice.bacelo@zerohora.com.br
Até o final do ano, as Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) Neonatais do Estado deverão ganhar um reforço de 40 leitos, passando das atuais 370 vagas para 410.
O anúncio foi feito pelo secretário estadual da Saúde, Ciro Simoni, que formou uma comissão especial para tratar especificamente de medidas que desafoguem o sistema. A ampliação dos leitos está prevista para as regiões Noroeste, Sul e Fronteira Oeste.
Saiba mais: o mapa das vagas
Os projetos mais adiantados estão em Pelotas, onde o número de vagas credenciadas ao Sistema Único de Saúde (SUS) deverá saltar de 12 para 32. O Hospital Universitário São Francisco de Paula recebeu R$ 1 milhão para reforma e compra de novos equipamentos.
A previsão é de que em quatro meses já esteja operando com seis leitos a mais, chegando a um total de 12.
No Hospital Escola, a fase é de licitação do projeto que aumenta as atuais seis vagas para 20. A instituição garantiu 20% da reforma o que representa pouco mais de R$ 350 mil com recursos da Consulta Popular, e o restante será repassado pelo governo federal, por meio do programa de reestruturação dos hospitais universitários federais.
Em Três Passos, no Noroeste, a implantação de 10 leitos ainda está em fase de credenciamento, e na Fronteira Oeste a Secretaria da Saúde projeta, em conjunto com os hospitais já equipados com UTIs neonatais, onde será feita a ampliação.
Sindicato diz que vagas vão suprir demanda no RS
De acordo com o Comitê de Neonatalogia da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul, não existe um número que estabeleça a quantidade de leitos necessária para suprir a demanda do Estado.
Porém, o Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) acredita que essas 40 vagas a mais sejam suficientes para que o sistema deixe de operar no limite.
Com essas 40 vagas no Interior, diminui a concentração de leitos na Capital, que hoje tem 57% do total de vagas. Esses leitos estando em cidades polo de cada região vão permitir que as gestantes e os bebês enfrentem um percurso menor nas viagens. Esse projeto do governo, agora, tem é que sair do papel analisa a diretora do Simers, Clarissa Bassin.