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Eles não podem esperar

14 de abril de 2012
 
EDUARDO CRUZ
 
 
Quem precisa de médico não pode esperar.
 
 
Todos os partidos políticos sabem disso e usam a Saúde em seus discursos.
 
 
Mas, ao longo de décadas, pouco se avançou. A saúde pública já foi melhor do que a privada. Mas o que levou a saúde pública a diminuir seu grau de excelência? Falta de gestão, de recursos e de políticas estratégicas? Por que a saúde privada consegue altos índices de produtividade e eficiência e isso não ocorre na saúde pública? Como diminuir a dívida de Saúde com a sociedade? Como fazer isso dentro de conceitos de boas práticas de gestão? Como fazer isso rapidamente? A resposta está em associar as melhores práticas de gestão privada às melhores práticas de gestão pública.
 
 
Assim surgiram as Organizações Sociais (OSs), entidades privadas onde não há "dono", mas, sim, um conselho gestor integrado por representantes da administração pública. As OSs não têm fins lucrativos. Contratadas através de processos licitatórios, prestam contas de seu trabalho, em quantidade e qualidade, e, se os resultados não forem aprovados, são punidas. Além disso, as OSs contratam profissionais qualificados, são ágeis, eficientes e respondem rapidamente à implantação de programas e unidades de Saúde.
 
 
Você sabia que, no Rio, após a Prefeitura optar pela gestão por OSs, a cobertura do Programa de Saúde da Família (PSF) cresceu de 2%, em 2009, para mais de 33%, em 2012? Que as UPAs atenderam 1,5 milhão de pessoas em apenas dois anos? Que milhões de pessoas atendidas em UPAs ou em Clínicas da Família antigamente lotavam as filas dos hospitais? Você sabia que um programa gerido por OS já fez mais de 30 mil consultas domiciliares a idosos, tirando-os das filas dos hospitais, tratando-os com dignidade e respeito em seus lares? Você sabia que mais de 100 mil crianças de escolas públicas do Rio são acompanhadas por profissionais de Saúde na própria escola, recebendo óculos, saúde bucal e auditiva, e que isso é feito por uma OS? Você sabia que OSs são contratadas em São Paulo há mais de dez anos? E sua atuação não se restringe à área de Saúde. No setor de Ciência e Tecnologia, por exemplo, as OSs são gestoras de programas e instituições de renome, como o Instituto de Matemática Pura e Aplicada, o Laboratório de Luz Síncroton e a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP).
 
 
OSs são o modelo perfeito? O modelo pode ser aperfeiçoado, mas a coragem de inovar em saúde pública, levando profissionais e instalações de alta qualidade a regiões onde isso nunca ocorreu antes, só é viável no Rio porque o modelo de gestão por OS foi adotado. Cabe analisar, corrigir, adequar e fiscalizar o modelo. Mas não tentemos destruí-lo ou tumultuálo com finalidades eleitoreiras.
 
 
EDUARDO CRUZ é presidente do Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde.
 
Fonte: O Globo


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