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MEDULA ÓSSEA: O CONSELHO ESTADUAL DE SAÚDE E O 13 DE MAIO
CONSELHO ESTADUAL DE SAÚDE MANTÉM CENTRO DE TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA (CTMO) do HEMOPE
Por unanimidade, o pleno do Conselho Estadual de Saúde decidiu pela reabertura do CTMO do Hemope. O CTMO do Hemope é o único centro público transplantador de medula óssea de Pernambuco e do Nordeste. Em dez anos de atividade, ofereceu à população um serviço público de referência, primando pela qualidade, tendo salvado dezenas de vidas, não só com os transplantes, mas também com a intervenção no pré, trans e pós-transplante. Sabe-se que as intercorrências é que matam os pacientes, mesmo após o transplante, e o CTMO do Hemope, dispondo de equipe superespecializada e estrutura altamente específica - não oferecida por outros serviços, mesmo privados de ponta - fez um trabalho singular.
Em novembro de 2011, o Secretário estadual de Saúde Antonio Carlos Figueira determinou o fechamento do CTMO do Hemope, sem qualquer discussão com o controle social, com os profissionais altamente qualificados do CTMO ou com pacientes e familiares – os mais interessados. E transferiu os leitos para o Hospital Português, privado. A medida gerou forte reação social. Entidades de trabalhadores e usuários e até o Conselho nacional de Saúde apelaram ao governo, mas o secretário permaneceu irredutível. Diante da insensibilidade, representantes da Associação dos Amigos do Transplante de Medula Óssea (ATMO) e da Frente Pernambucana em Defesa do SUS e contra a Privatização da Saúde recorreram à Justiça Federal, que determinou a imediata reabertura do CTMO do Hemope. O governo estadual recorreu, mas perdeu em todas as instâncias.
Nesta quarta-feira, 11, a instância maior do controle social no estado, o Conselho Estadual de Saúde (CES), seguiu o mesmo caminho da sociedade e da Justiça Federal, decidindo à unanimidade, pela manutenção do CTMO público em hospital público. O CES cumpre, assim, o seu papel previsto na constituição federal, nas leis orgânicas da saúde e na constituição estadual, o de deliberar sobre as políticas públicas de saúde. Parabéns ao CES!
Convém lembrar, ainda, que habitualmente os hospitais privados escolhem os procedimentos de maior remuneração e maior margem de lucro, deixando as complicações – de maior custo e menor lucro – para o serviço público. Exemplo disso é o tempo de permanência e o local de permanência do paciente transplantado, comparativamente no hospital privado e no público. Outro aspecto importante, de há muito solicitado e ainda não divulgado, é a taxa de mortalidade no serviço transplantador público e no privado. Em Pernambuco, tais dados são estarrecedores, e a Secretaria de Saúde (SES) deliberadamente não tem feito a divulgação necessária.
Por exemplo, estima-se, pois não há dados oficiais publicizados, que a mortalidade de transplantados de medula óssea no Hospital Português está acima de 50%, talvez a maior do mundo! É ou não é verdade? A sociedade precisa saber!
Associação dos Amigos do Transplante de Medula Óssea (ATMO)
Frente em defesa do SUS e contra a Privatização (FrentePE)
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CONTAGEM REGRESSIVA PARA A REABERTURA DO CTMO do Hemope
13 de Maio. No Brasil, comemora-se a Abolição da Escravatura.
É a data limite para a reabertura do Centro de Transplante de medula Óssea do Hemope, determinada pela Justiça federal. O prazo inicial, já vencido, foram 30 dias. Porém, a PGE pediu mais 60 dias, posto que tinham desmontado todo o CTMO e descredenciado o serviço, trazendo enorme prejuízo à sociedade pernambucana. Os autores da Ação Popular concordaram com o novo prazo, diante da vontade manifesta do governo estadual em cumprir a ordem judicial. Concordamos desde que não se tratasse de desrespeitosa procrastinação.
No último dia 11.04.12, o Conselho Estadual de Saúde (CES), em sintonia com a população/movimentos sociais, pacientes e Judiciário, votou pela reabertura do CTMO do Hemope.
Agora, todas as etapas foram cumpridas. Resta acompanhar a reabertura do CTMO.
Em contagem regressiva.
13.04.2012.
Faltam 30 dias.
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ATO PÚBLICO POR MEDICAMENTOS PARA PACIENTES INTERNADOS NO HEMOPE
No dia de hoje, a ATMO, a FrentePE, ADUSEPS, pacientes e familiares fizeram manifestação pública em frente ao Hemope. Motivo: falta de remédios para os pacientes internados. Muitos só usam determinados medicamentos se comprarem! Para doentes internados!
A que ponto chegou a política privatista: para privatizar, antes tem que desacreditar o serviço público. E, para isso, tem que descustear, deixar pessoas sofrerem e até morrerem. Hospital público fica à míngua! Independente da formulação de qualquer política, onde fica o sentimento de Humanidade?!
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PRIVATARIA: A bola da vez é o LACEN
Nesse descalabro ilegal, imoral e acintoso, que é o processo privatista em curso, fala-se que o governo estadual quer agora privatizar o Laboratório Central do Estado, o LACEN, que já foi referência nacional de serviço público. O projeto seria entregar toda a patologia clínica para uma determinada rede laboratorial privada, que sorrateiramente já está prestes a assumir o laboratório de alguns hospitais públicos.
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A Coordenação
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