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Rio foi o pior em teste de resíduos

O TOMATE, em Paty do Alferes: produto será foco de futuras análises
Agência reprovou 39% das 105 amostras coletadas em 2010; alface tinha maior contaminação
 
Publicado em dezembro de 2011, o último relatório do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos de Alimentos (PARA) da Anvisa - com base na quantidade de resíduos químicos encontrados em alimentos que chegaram à mesa do consumidor em 2010 - deixou o Rio numa situação difícil se comparada a de outros estados da federação. Das 105 amostras coletadas no estado, 41 (cerca de 39%) continham resíduos de produtos não autorizados para a cultura analisada ou quantidades de agrotóxicos acima do limite máximo permitido. Foi o pior resultado entre os estados do país em que os testes foram realizados. Entre os produtos testados no Rio, a alface teve o maior índice de reprovação, com seis amostras consideradas impróprias.
 
Ao todo, foram analisadas 2.488 amostras de 18 alimentos recolhidos em 26 estados (exceto São Paulo, que tem seu próprio programa de controle de resíduos). De todas as amostras, 694 (28%) foram consideradas insatisfatórias. O pimentão se mostrou o grande vilão entre os 18 alimentos submetidos a teste de contaminação por agrotóxicos em 2010: das 146 amostras avaliadas do alimento, 134 (91,7%) apresentaram resultados insatisfatórios.
 
Nas considerações finais, o relatório destaca que 30% das amostras reprovadas em todo o Brasil apresentaram resíduos de produtos que estão em processo de reavaliação ou estão proibidos no país. Menciona ainda que, de acordo com o censo agropecuário do IBGE de 2006, 85% da mão de obra agrícola estão em pequenas propriedades rurais. Também destaca que 80% dos proprietários e 37,5% dos trabalhadores com laços de parentesco com eles são analfabetos ou sabem ler e escreve mas não têm escolarização formal ou têm o ensino fundamental incompleto. Além disso, chama a atenção para o fato de que 785 mil estabelecimentos (56,3% daqueles onde houve utilização de agrotóxicos) não tinham recebido orientação agronômica.
 
Brigas na Justiça por análise de produto
 
As ações contra a utilização de substâncias irregulares ou consideradas impróprias pela Anvisa estão no rastro de uma antiga queda de braço entre a agência e a indústria de agrotóxicos. Em 2008, o órgão iniciou a reavaliação de 14 ingredientes ativos usados nos agrotóxicos. Naquele mesmo ano, o Brasil chegava ao posto de maior consumidor desses insumos, passando os EUA. Mas uma série de medidas judiciais dos fornecedores suspendeu a medida, sob a alegação de que a análise não era competência da Anvisa.
 
- Todos se insurgiram, empresas multinacionais, nacionais, de química fina. Mas estamos ganhando na Justiça. O agrotóxico é sintetizado para matar, eliminar fungo, inseto. Portanto, é agressivo à vida. Costumo dizer que a Anvisa existe por esta razão. Mas nossa razão de ser é um dia deixar de ser. É um sonho, mas perseguimos a utopia de uma agricultura mais ecológica. A agricultura convencional custa caro, é trabalhosa e deixa uma série de incertezas na sociedade - afirma o gerente geral de toxicologia da Anvisa, Luiz Cláudio Meirelles.
 
Fonte: O Globo


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