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Principal medicamento ainda falta em farmácias

Também chamou a atenção a falta de informação da população sobre o novo beneficio. Ontem, funcionários de farmácias afirmaram que poucas pessoas procuram os remédios gratuitos contra a asma. 

Remédios contra doença começam a ser distribuídos, mas ´bombinha´ segue indisponível

Além dos 11 medicamentos para hipertensão e diabetes, a população conta, desde ontem, com a distribuição gratuita de remédios para asma. A medida é uma iniciativa do Ministério da Saúde e começou a valer em todo o País. O problema é que o beclometasona, a "bombinha", principal medicamento utilizado no tratamento da asma, que há cinco meses está em falta nos postos de saúde da Capital, continua indisponível nas prateleiras das unidades. É o que afirma a pneumologista pediatra Alexssandra Maia.

Na Farmácia Popular do Centro, na Rua do Rosário, funcionários confirmaram que os medicamentos estão sendo oferecidos gratuitamente, mas informaram que o "spray" só estava disponível nas unidades conveniadas. De acordo com a Secretaria de Saúde do Estado (Sesa), 9.314 internações por asma foram registradas em 2010 no Ceará e 10.062 em 2011. Os óbitos por asma somaram 177 em 2010 e 153 no ano passado. Alexssandra Maia explica que o uso da bombinha é mais vantajoso para o Sistema Único de Saúde (SUS), pois dura cerca de três meses e custa R$ 50,00, enquanto uma internação por crise asmática custa aos cofres públicos em torno de R$ 3 mil. A especialista cobra que o medicamento seja, de fato, ofertado nas prateleiras das farmácias, o que afirma que não vem acontecendo.

Também chamou a atenção a falta de informação da população sobre o novo benefício. Ontem, funcionários de farmácias afirmaram que poucas pessoas procuraram os remédios gratuitos contra a asma Foto: Natinho Rodrigues.

A médica explica que a asma é uma doença crônica das vias respiratórias, de natureza alérgica, que causa muito sofrimento para o paciente e a família. Além de ser uma doença de alta incidência, abrangendo 10% da população. É mais comum em crianças, mas atinge pessoas de todas as faixas etárias. "A pessoa asmática perde muita qualidade de vida, ela não pode fazer nenhuma atividade se não descompensa a doença", diz a especialista.

Por isso, a médica recomenda o uso do dirpoprionato de beclometasona, a chamada "bombinha". O remédio ajudará o paciente a ter mais qualidade de vida e diminuir as idas e vindas ao hospital, assim como as internações por crises asmáticas.

De acordo com a assessoria do Ministério da Saúde, as próprias farmácias devem comprar os medicamentos e distribuí-los. Sendo assim, algumas ainda podem estar em processo de organização. Se o problema persistir, a população pode ligar para a ouvidoria do órgão: 136.

Além da ausência do medicamento, chamou a atenção a falta de informação por parte da população sobre o novo benefício.

Ontem, tanto na Farmácia Popular quanto na Pague Menos da Praça do Ferreira, conveniadas ao programa Aqui Tem Farmácia Popular, os funcionários afirmaram que ninguém procurou os produtos.

A dona de casa Galvani Cesar, 48, disse que a "liberação" do medicamento é uma bênção e que a medida deveria ter sido tomada há mais tempo.

Já o funcionário público José Pereira Lima, 60, reclama que a população está precisando de muitos remédios, mas acredita que, com a oferta de medicamentos gratuitos para asma, pode ser que a situação melhore.

O Ministério informa que, de abril de 2011 a abril de 2012, 1.067 pessoas retiraram o medicamento com 90% de desconto das farmácias populares do Ceará. Com a gratuidade do produto, espera-se que esse número cresça para 4.268.

Nas 554 unidades próprias, será ofertado gratuitamente o sulfato de salbutamol. Já as 20.374 da rede privada o brometo de ipratrópio, diproprionato de beclometasona e sulfato de salbutamol, em oito apresentações. Para retirar os produtos, é preciso documento com foto, CPF e a receita médica. Os remédios podem ser retirados em 366 farmácias do Ceará, 339 da rede privada conveniada ao programa Aqui Tem Farmácia Popular e 27 da rede própria.

153 óbitos ocorreram no ano passado, no Ceará, por asma. Em 2010, foram 177. O número de internações foi de 9.314 em 2010 e 10.062 em 2011, segundo a Sesa.

 

Fonte: Diário do Nordeste



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