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2012 - 27 - 627 - DOMINGUEIRA - MISCELÂNEA

1.  PRIMEIRA PÁGINA - TEXTOS DE GILSON CARVALHO
 
CRÔNICA   -  DE SACOLAS, MOCHILAS, BOLSAS E PASTAS DE CONGRESSO
 
Gilson Carvalho[1]
 
Nós militantes, caixeiros viajantes do SUS, trazemos de cada evento uma sacola, mochila, bolsa ou pasta com material de conferências, palestras, congressos. Completam o kit: canetas, chaveiros, enfeites, ramalhetes de flores, artesanatos produzidos por projetos sociais locais ou uma cesta com produtos gostosos típicos da região. Tudo nos oferecido com apreço e carinho.
Tenho costume de, ao chegar, desmontar minha mochila e deixá-la pronta para a próxima etapa que pode ser, como naquele dia, poucas horas depois. Assim ocorreu. Cheguei pela madrugada e tirei tudo da mochila. Como rotina dou uma olhada no material, se já não o fiz no aeroporto, e coloco revistas e folhetos para minha esposa ver e fazer a distribuição entre filhos, netos e instituições que as usam para leitura ou trabalhos manuais escolares. Naquela madrugada assim o fiz. Quando vem sacola ou bolsa também a deixo para que dê destino a alguém que já “encomendou” uma mochila ou bolsa de congresso.
 
Na mesma madrugada saí e só me encontrei com minha esposa ao voltar da próxima viagem. Entre as notícias ruins e boas deste momento de chegada ela logo foi falando; “você só deixou o material do congresso e esqueceu-se de deixar a bolsa desta vez”. Fiz que não ouvira. Pulei esta parte e conversamos sobre outro assunto mais relevante.
 
Depois de algumas horas, voltou ela: “Não é por nada não, mas como você trouxe todas aquele material sem nenhuma bolsa ou sacola?” Desviei do assunto e disse-lhe que apenas tinha ganho folhetos. As revistas eram das duas companhias de aviação por onde andei e uma que comprara nas cinco horas que enfrentei de aeroporto num único dia. Morreria aí o tema “sacola” se não fosse sua insistência: “- Meu bem, mas mesmo assim eram muitos folhetos e não repararam como seria difícil você trazer tudo sem bolsa?”. Deduzi de pronto que ela, por algum motivo estava precisando de uma bolsa ou sacola. Resolvi acabar com o assunto.
 
- Senta aí. Já que quer saber da bolsa vai ter que escutar a história inteira. Ganhei uma bolsa linda de papelão com a estampa da floresta, e muitas aves e uma arara vermelha e azul. Recebi oficialmente após minha fala com direito a foto e tudo. A sacola era de um papelão resistente. Bonita.
 
Fui para o aeroporto e não tivera tempo de almoçar, nem lanchar e estava na esperança do lanchinho do avião. (A propósito, como, em determinadas horas, este é um objeto de incontido desejo nem que for barrinha, bolachinhas ou aquele “sachê” de amendoim japonês (tenho vergonha de chamar de saquinho, algo que só tem 14 gramas!) A sede talvez eu pudesse satisfazer antes de embarcar. Corri ao barzinho. Peguei uma gasosa e comecei a tomar. Chamaram-me com insistência e tive que correr para o avião. (Aquele que nunca lhe espera quando é sua vez, mas quando dos outros consegue atrasar a viagem.) Tapei a garrafinha e onde a colocar? Na sacola que ganhara e que estava ali se oferecendo de boca aberta. Entrei no avião e a coloquei no bagageiro acima dos assentos. Eu estava no último assento e como a saída era só pela porta traseira fui o primeiro a aparecer na porta do avião. Mas, de repente a confusão estava armada. Minha sacola estava soltando tudo por um grande rasgo no fundo umedecido. Já estava nos degraus. Caía tudo: revistas, folhetos, cd, e... a garrafa d’água. Eu que já estava atrapalhado com uma mão no corrimão e outra na mochila me vi agora desastradamente perdido para pegar o resto. A aeromoça desceu e subiu a moça da limpeza para me socorrerem. Com uma ajuda de cada lado catamos tudo e ainda agradeci muito de nada ter caído nos vãos da escada. Eu aflitíssimo, desequilibrado e desajeitado e a fila reclamando pois não sabia o que acontecera (a impaciência humana... com o problema dos outros!) Depois de alguns longos minutos consegui chegar dentro do ônibus que estava nos esperando para o transfer. Acomodei-me com aquelas coisas todas desproporcionais nas mãos e uma sacola... vazia e imprestável , pois sem fundo. Fui tentar colocar o essencial na minha mochila já saturada.
 
Já estava lá no desembarque naquela confusão de quem ia pegar bagagem se cruzando com os que nos encaminhávamos para a saída. Estava ainda atrapalhado daquela confusão toda.  Aí ouço alguém correndo e dizendo – “Senhor! Senhor”. Envergonhado que estava, querendo sumir no meio dos outros, fiz questão de entender que não era comigo. Pensei: vamos em frente. De tanta insistência com o “senhor” voltei-me e o que vi? A moça da limpeza que trazia nas mãos minha desastrosa garrafinha de gasosa já pela metade. Olhando bem nos meus olhos, feliz por missão cumprida de ter-me encontrado, ela disse: “Aqui está sua garrafinha que caiu da bagagem na escada. Pode lhe fazer falta!”
 
Garrafinha desastrada causadora de tanta confusão. Umedeceu o papelão da bolsa submetido à baixa temperatura do bagageiro e com o peso a rompera. E, agora, iria acolhê-la de novo desculpando-a do transtorno que me causara. Não poderia jogá-la longe como no reciclável, depois de tanta atenção da moça da limpeza. Respirei mais fundo e pensei: temos que saber perdoar, mas... esquecermo-nos jamais.
 
2.SEGUNDA PÁGINA - TEXTOS DE OPINIÃO DE TERCEIROS
 
EDUARDO JORGE: UM HOMEM ÍNTEGRO, ÉTICO E MORAL
 
Maria Fátima Souza
 
Conheço Eduardo Jorge como militante da Saúde Pública nos tempos em que falar sobre direitos humanos e cidadania era proibido. Muitos saíram do nosso país, outros tantos ficaram, entre eles Eduardo. Os movimentos sociais da zona leste de São Paulo e do Brasil reconhecem a luta incansável desse homem sempre inteiro, sem nunca se alterar em seus princípios e valores, entre eles a honestidade.
 
Esse homem que a Saúde Pública do Brasil respeita e admira jamais desviou ou tomou atalhos no quesito defesa do bem público e dos recursos do erário. Várias, de todas as suas atitudes, são reveladoras de sua ética e moral republicana. Nessa matéria ele sempre foi pedagógico: “na Integridade não tem mais ou menos. Ou você decide ser íntegro e fazer tudo que deve ser feito ou você não é, não existe meio termo.” (EJ).
 
Tive a honra de sair do Ministério da Saúde para ajudá-lo a implantar a Estratégia Saúde da Família na cidade de São Paulo, na gestão da prefeita Marta Suplicy e nesses ricos anos de aprendizagem pude ver de perto, ele juntar gente, recursos e energias para potencializar os bens públicos e distribuí-los de forma equitativa para todos, independente de partidos políticos ou qualquer forma de “privilégios”. Aprendi com Eduardo que a Ética não é somente um conjunto de princípios e normas para o bom comportamento moral, e sim um bem intrínseco a alma do homem ou mulher na condução de sua vida profissional e pessoal, melhor, um princípio do valor humano.
 
Esse homem é incapaz de pegar qualquer coisa que não seja construído com seu suor. Ainda assim nos ensina a compartilhar. Jamais prejudicaria os outros, tanto que ele se torna seu próprio carrasco, quando doa para além de suas energias o tempo dedicado fielmente ao trabalho. Muitas vezes tirando de sua própria família e amigos. Respeitem os serviços prestados por esse homem ao Brasil e à cidade de São Paulo. Um baiano-paraibano-paulistano (nascido em Salvador, criado na Paraíba, onde fez Medicina, e vem se dedicando à São Paulo anos e anos de sua vida).
 
Por fim, vale relembrar que este homem fez sua vida política em harmonia com os movimentos de luta pela saúde e organizou os primeiros conselhos populares de saúde (1978) no país; pelo PT, foi deputado estadual e federal, dedicando-se ao enfrentamento com o poder econômico do pais; secretário municipal de Saúde nas gestões Luiza Erundina (1989-1990) e Marta Suplicy (2001-2002). É o homem da Emenda Constitucional (EC) 29, dos genéricos, da lei de planejamento familiar, saude do trabalhador e tantas outras.
 
Por isso, creio que o jornal Folha de São Paulo deve um pedido de desculpas por publicar uma informação meramente mercadológica, sem uma prévia apuração dos fatos como lhe é peculiar. Surpreendeu-me a preguiça intelectual em publicar apenas o sensacionalismo cego, que pecou em negligenciar a distinção entre os homens e mulheres de bem, a exemplo de Eduardo Jorge e outros inúmeros cidadãos e cidadãs que, infortunadamente são vitimados pela imprensa. A Folha de São Paulo não usou do princípio de decência para noticiar em suas paginas “falácias” inconsistentes a cerca de um homem que sei e reconheço íntegro, ético e moral.
 
Profa. Dra. Maria Fátima de Sousa
Universidade de Brasília – Brasil - Faculdade de Ciências da Saúde - Departamento de Saúde Coletiva - Coord. Núcleo de Estudos em Saúde Pública
Tel.: +55 61 8147-5050 / + 55 61 3340-6863 / +55 61 3107-1952  - http://www.nesp.unb.br
 
2.  TERCEIRA PÁGINA – NOTÍCIAS
 
3.1  DJALBA LIMA - AGÊNCIA SENADO
 
3.2 VIOLÊNCIA – TEXTO RECOMENDADO PELA PAULA CARNEVALE – ANEXO
Matéria publicada no boletim FAPESP, avalia a violência no Brasil não pelo resultado extremo - os homicídios, que tem estado em evidência, mas pelo que está em sua base: o uso legitimado e cotidiano, desde o processo educativo das crianças à concepção das formas de organização da sociedade, mostrando o quanto ainda temos a amadurecer. Vale a leitura e a reflexão.  Abs   Paula Carnevale – Médica Doutora em Saúde Pública – Professora da UNIVAP – São José dos Campos
 
3.3 NOTÍCIAS RÁPIDAS EM DESTAQUE PARA A SAÚDE PÚBLICA:
 
A)  3º FÓRUM INTERNACIONAL DE SÍNDROME DE DOWN – CAMPINAS – 1 A 4 DE AGOSTO – CARTAZ ANEXO
 
B) VI JORNADA DE ECONOMIA DE SAÚDE – BRASILIA – 17-19 AGOSTO
CHAMADA PARA INSCRIÇÃO DE TRABALHOS DE 15/6 A 28/7 – CARTAZ ANEXO
 
C)  A ÚLTIMA VERSÃO DO GUIA DAZZI DE LEGISLAÇÃO EM SAÚDE – VERSÃO 26/6/2012 - ANEXO
 
 
 Regionalizando a descentralização junho 2012
 
 
 VIOLENCIA FAPESP MAIO 2012
 
 
 GC-GC- DE SACOLAS E BOLSAS DE CONGRESSOS
 
 
 VI JORNADA ECONOMIA SAUDE
 
 
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