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Inpe ajuda Europa na detecção de poluição

Partículas emitidas por queimadas e indústrias alteram regime de chuvas e afetam saúde pública.
 
Renato Grandelle
 
 
A tecnologia para previsão do tempo pode, também, ser usada na observação de aerossóis - liberados por queimadas e indústrias e que, além de contribuírem para a formação de tempestades, causam danos à saúde pública. A proposta será levada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) ao Programa Europeu de Cooperação em Ciência e Tecnologia (Cost, na sigla em inglês), que reúne instituições de pesquisa de países daquele continente.
 
O modelo brasileiro, criado pelo Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos do Inpe, é o primeiro do Hemisfério Sul a ser convidado para o Cost, que também convida com grupos dos Estados Unidos e Israel. Apesar da amplitude dos estudos conduzidos no órgão europeu, os aerossóis permanecem pouco analisados por seus pesquisadores.
 
- São produtos ainda muito relacionados às grandes queimadas, um problema mais presente nas florestas da América do Sul e da África do que nos países desenvolvidos - avalia Saulo Freitas, coordenador do Grupo de Modelagem da Atmosfera e Interfaces, autor do modelo que o Inpe apresentará na Europa. - Os aerossóis são partículas em suspensão que, uma vez liberadas, servem como semente para formação de nuvens. Quanto maior for o desmatamento no campo ou a emissão de gases-estufa numa cidade, maior, portanto, a possibilidade de tempestades.
 
Além da relação dos aerossóis com a previsão do tempo, Freitas destaca a necessidade de estudar quais são as consequências provocadas à saúde pela exposição a essas partículas.
 
A inalação de poluentes foi, pela primeira vez, tema de um amplo estudo da Organização Mundial de Saúde (OMS) em setembro do ano passado. A entidade estima que, em todo o mundo, 1,34 milhão de pessoas morrem prematuramente todos os anos devido à poluição do ar. Entre os 91 países considerados no levantamento, o Brasil era o 44 com pior qualidade do ar. Segundo a OMS, os níveis de partículas menores que 10 micrômetros - as PM10, que causam graves problemas respiratórios -, deve ser menor que 20 microgramas por metro cúbico. No Rio, porém, este índice seria de 64 micrograma por metro cúbico.
 
A pesquisa da OMS causou polêmica por considerar a cidade mais poluída do que São Paulo - algo de que Freitas discorda.
 
- O Rio tem uma brisa marítima que ajuda na dispersão de poluentes, além de ter menor parque industrial e menos fontes móveis (sistemas de transporte) emissoras de gases-estufa - explica.
 
A inclusão do Inpe no Cost pode servir como estímulo para o Brasil expandir suas redes de monitoramento químico da atmosfera - ou seja, os locais em que, além da previsão do tempo, o poder público avalia a quantidade de poluentes no ar. Fora do eixo Rio-São Paulo, são poucas as regiões que prezem por esta medição.
 
Fonte: O Globo


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