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US$ 80 milhões em mercadorias encalhadas

Carlos Vieira/CB/D.A Press
 
Falta espaço para armazenar produtos. Anvisa quer que importadores se responsabilizem pelas cargas.
 
Com a fiscalização desarticulada pelas greves, Porto Seco de Anápolis acumula prejuízos. Remédios sem liberação preocupam
 
» ANA CAROLINA DINARDO
 
A greve dos servidores públicos federais está custando caro ao país. Só no Porto Seco localizado em Anápolis (GO), o maior do Centro-Oeste, existem mais de US$ 80 milhões em mercadorias estagnados. Entre os bens encalhados estão insumos destinados à indústria - desde metalúrgica à de veículos. Mas o setor mais afetado pelas paralisações é, disparado, o farmacêutico, que depende de liberação de documentos de importação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e da Receita Federal. Ambos os órgãos
 
Estão com operação reduzida há 20 dias em prol da campanha salarial de 2012. Segundo o diretor-superintendente do Porto Seco goiano, Edson Tavares, aproximadamente 720 toneladas de medicamentos lotam os galpões por falta de análise técnica da agência e do Fisco. Ele destaca que a situação mais preocupante é a dos remédios controlados, para os quais já faltam locais para armazenagem. Um dos galpões destinados a esse tipo de fármaco abriga 95 toneladas de produtos enquanto a capacidade é, em média, de 57 toneladas. "Não temos mais onde estocá-los. Os dois carregamentos de remédios que chegaram no início da semana só podem ser guardados até hoje (ontem) e, ainda sim, em um espaço alternativo", disse o diretor.
 
Tavares destacou que 10% das mercadorias que chegam ao Porto Seco não conseguem ser entregues. De acordo com ele, o prazo para liberação de contêineres passou de dois para cinco dias. "Por falta de espaço, há estoque parados até nas vagas dos caminhões."
 
Paliativo Para tentar driblar os efeitos da greve dos servidores, o governo decidiu aprovar antecipadamente os licenciamentos de importação para mercadorias que exigem vigilância sanitária, sendo eles perecíveis ou não. A decisão, porém, pode trazer riscos à saúde, já que medicamentos serão liberados sem análise.
 
A presidente Dilma Rousseff determinou ainda, por meio do Decreto nº 7.777, que funcionários ligados aos ministérios da Saúde e da Fazenda sejam deslocados para os portos para validar a liberação de produtos. Para o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita (Sindifisco), a decisão do governo é irresponsável. "A medicação pode chegar ao consumidor fora do prazo de validade, o que é um risco", disse um técnicos.
 
A Anvisa informou em nota que definiu medidas para garantir a preservação de atividades prioritárias do órgão durante a paralisação de parte de seus servidores. O plano de ação prevê, entre outras coisas, que a mercadoria que chegar aos portos não ficará parada: será mantida sob responsabilidade do importador até que a fiscalização sanitária libere a carga.
 
720 Toneladas
 
Quantidade de medicamentos parados no porto goiano.
 
Fonte: Correio Braziliense


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