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Defesa de médicas já na Justiça

BLENDA SOUTO MAIOR/DP/D.A PRESS
 
Ana Cristina Medeiros ressalta que o histórico dos dermatologistas deve ser analisado antes de contratar o serviço
 
MÁFIA DO BOTOX
 
A Justiça Federal começou a analisar a defesa das três médicas pernambucanas que fazem parte da primeira lista de 14 profissionais de saúde e empresários brasileiros denunciados por envolvimento na Máfia do Botox. Caso os argumentos não convençam, terá início a fase de audiências para então ser dada a sentença judicial. Se condenados, os réus podem pegar mais de 20 anos de prisão. O Ministério Público Federal (MPF) ainda deve denunciar à Justiça, nos próximos meses, outros 26 médicos do estado. O grupo, formado por 55 pessoas, era responsável por um esquema que envolve a aquisição de toxinas botulínicas (conhecidas como Botox) ilegais ou falsificadas, a baixo custo. Elas eram vendidas até três vezes mais caras e aplicadas em pacientes como se fossem de marcas aprovadas pela Vigilância Sanitária. O culto ao rejuvenescimento poderia gerar marcas irreversíveis ao rosto.
 
Segundo o procurador da República Pedro Jorge do Nascimento Costa, os réus têm relação com três crimes previstos no Código Penal. Eles respondem por falsificação, adulteração e comercialização de produtos destinados a fins terapêuticos ou medicinais (considerado crime contra a saúde pública), além de formação de quadrilha e indução do consumidor ao erro, por via de indicação sobre a natureza, qualidade do bem ou serviço. A Polícia Federal concluiu que os médicos sabiam que as fórmulas eram proibidas. "São 14 pessoas até o momento, podendo vir a denunciar outros envolvidos", afirmou o procurador. O processo não corre mais em segredo de Justiça. A lista pública com os nomes dos réus pode ser vista no site da Justiça Federal (www.jfpe.gov.br). Basta acessar o processo de número 0012838-42.2011.4.05.8300.
 
O Diario tentou contato com as três médicas denunciadas pelo MPF. O advogado Eduardo Trindade, responsável pela defesa da dermatologista Consuelo Arruda Ferreira, que chegou a ser presa em flagrante dentro de seu consultório na Clinical Center, em Boa Viagem, garantiu que ela é inocente. "Consuelo comprava medicamentos de um representante comercial, a preço de mercado e com recibo. Ela não sabia que eram ilegais. Comprava dele porque a mercadoria chegava mais rápido. Não houve nenhum ato ilícito intencional. Na véspera da operação policial, ela precisou de uma toxina para uma aplicação de botox. Sua secretária telefonou para o representante, que teve a linha telefônica interceptada. No dia seguinte, quando o produto chegou, houve o flagrante", argumentou Trindade.
 
Por telefone, a cirurgiã plástica Tatiana Martins Caloi não quis comentar a denúncia. "Não tenho nada a declarar sobre isso." O Diario também tentou contato durante todo o dia de ontem com a médica Rosana Saúde de Aquino, mas os telefonemas não foram atendidos. A Justiça Federal designou um defensor público para auxiliar a sua defesa, já que a mesma não possui advogado. O inquérito analisado pelo MPF apontou que empresários viajavam com frequência para países da Ásia, entre eles a China, onde adquiriam as fórmulas, que, em sua maioria, eram uma mistura de água com álcool. Além da penalidade criminal, eles também podem perder o direito a exercer a profissão, quando a sindicância aberta pelo Cremepe for concluída.
 
 
Fonte: Diário de Pernambuco


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