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Uma nova cultura para a saúde

Ao ano, temos 500 mil novos casos de câncer no país e R$ 2,2 bilhões do Ministério da Saúde para o tratamento oncológico. Esse valor ainda é insuficiente
 
Investir constantemente em saúde é a única maneira eficaz de garantir a todos os brasileiros um tratamento realmente eficiente e digno. E quando o assunto é esse, temos de nos preocupar em estar sempre um passo adiante do que já é feito habitualmente. Somente assim poderemos viabilizar o sonho de oferecer condições cada vez melhores para a nossa população.
 
Cerca de 70% dos gastos com atendimento e tratamento do SUS são direcionados para doenças crônicas, incluindo o câncer. Anualmente, 500 mil novos casos de câncer são registrados no país, que despende cerca de R$ 2,2 bilhões por ano da receita do Ministério da Saúde para o tratamento oncológico.
 
É, sem dúvida, um grande avanço em relação ao custeio provido há poucos anos atrás, mas esse volume ainda é insuficiente.
 
Mesmo somando-se todos os investimentos no tratamento do câncer, ainda há um déficit significativo. A criação de projetos de pesquisa e auxílio ao paciente é uma realidade em diversas instituições filantrópicas sérias e respeitadas no país. Muitas delas enfrentam enormes dificuldades financeiras para, principalmente, conseguir suportar o custeio do tratamento, cada vez mais elevado em vista do ressarcimento nem sempre ideal das fontes pagadoras, incluindo o SUS.
 
Em São Paulo, o governo do Estado mantém, há quatro anos, um dos maiores institutos oncológicos da América Latina. O Icesp (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo Octavio Frias de Oliveira) é uma das referências no país no tratamento do câncer, aliando competência e tecnologia para tratar nossa população.
 
É um investimento público que ajuda milhares de pessoas. Instituições assim já são uma realidade no Brasil, mas necessitam, constantemente, de novos recursos para atender mais e melhor os pacientes.
 
Incentivar e acreditar em projetos oriundos da vontade e do esforço da sociedade civil é uma maneira de ajudar o Estado a enfrentar a dura realidade do tratamento de doenças sérias. Recentemente, essas instituições e seus pacientes receberam uma ótima notícia.
 
A presidente Dilma Rousseff incluiu na MP 563 a criação do Pronom (Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica). Trata-se de um programa de concessão de benefícios fiscais a instituições e empresas com projetos de auxílio aos pacientes com câncer. Com a nova lei, pessoas físicas e empresas poderão usar parte de seu imposto de renda como doações para investimentos em pesquisa e prestação de assistência nessas áreas.
 
Naturalmente, essa iniciativa deve ser uma fonte de recursos extras para a saúde, com o intuito de financiar os bons projetos do setor. Uma parceria que beneficiará milhares de pessoas.
 
O Brasil tem agora uma grande oportunidade de criar uma nova cultura para a saúde. Uma cultura que estimule a solidariedade e o papel individual de cada cidadão na determinação de como será nosso país no futuro. Uma cultura que, em última análise, salva vidas.
 
PAULO HOFF, 44, é oncologista e diretor-geral do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo Octavio Frias de Oliveira (ICESP)
 
Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo. debates@uol.com.br
 
Fonte: Folha de S. Paulo


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