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Acidente no Rio serve de alerta aos pais

31 de dezembro de 2012
 
Caso do bebê brasiliense que caiu de hotel chama a atenção para cuidados com as crianças. No DF, bombeiros atenderam 2.534 ocorrências de quedas, em seis meses
 
» GIZELLA RODRIGUES
 
Qualquer descuido pode ser fatal. Quando o assunto é criança, os pais devem estar atentos o tempo todo para evitar que as férias se transformem em tragédia. A mais recente ocorreu com uma família brasiliense, no Rio de Janeiro, na última sexta-feira. Um menino de 1 ano e 4 meses morreu ao cair do quarto andar de um hotel localizado na Barra da Tijuca. Nos primeiros seis meses de 2012, o Corpo de Bombeiros atendeu 2.534 ocorrências de acidentes envolvendo quedas de crianças no Distrito Federal. Dados da ONG Criança Segura mostram que os acidentes representam a principal causa de morte de pessoas com até 14 anos no Brasil.
 
No total, cerca de 4,7 mil crianças morrem e 125 mil são hospitalizadas anualmente no país, segundo dados do Ministério da Saúde compilados pela ONG. De acordo com as estatísticas, 40% das mortes são causadas por acidentes de trânsito, mas a incidência de quedas entre crianças e adolescentes com até 14 anos é de 54%. Em 2010 - os dados mais recentes disponíveis -, 213 crianças morreram em todo o Brasil, 33 delas caindo de edifícios como o brasiliense morto no Rio. Quatro crianças tinham entre 1 e 4 anos; 10, entre 5 e 9 anos; e 16, de 10 a 14 anos.
 
Estimativas mostram que, a cada morte, outras quatro crianças ficam com sequelas permanentes que vão gerar, provavelmente, consequências emocionais, sociais e financeiras à família e à sociedade. De acordo com o governo brasileiro, cerca de R$ 63 milhões são gastos na rede do Sistema Único de Saúde (SUS) todos os anos no atendimento desses acidentes. Representantes da ONG Criança Segura afirmam que 90% das lesões poderiam ser evitadas com ações de prevenção, como a instalação de grades nas janelas, o cercamento de piscinas, o cuidado com medicamentos e, o mais importante, a supervisão de um adulto.
 
Subcomandante do Centro de Comunicação Social do Corpo de Bombeiros, a major Vanessa Signale afirma que os pais não podem relaxar, mesmo em período de férias e em viagens. "Em qualquer ambiente que chegarem, como um quarto de hotel, os pais devem olhar ao redor e procurar por qualquer coisa que possa ser um risco às crianças antes de deixar os filhos à vontade", diz. "É preciso verificar se as tomadas têm protetores, se as janelas têm redes de proteção, se as escadas têm portinholas que impeçam que os pequenos subam. A criança está em uma fase de descobertas, cheias de energia. Vão querer explorar o ambiente", acrescenta.
 
Enterro
 
Os pais de Henrico Salazar Padilha Tavares tinham acabado de chegar ao apart-hotel onde ficariam hospedados no Rio, durante o réveillon, quando a criança caiu entre os espaços do vidro da sacada. Em depoimento à polícia, o pai do menino contou que ele ajudava um funcionário do estabelecimento a colocar as malas no quarto, enquanto a mãe do bebê brincava com ele na varanda. Em um momento de distração, ela se virou para falar com o marido e Henrico escorregou. O garoto chegou a ser levado ao Hospital Municipal Lourenço Jorge, mas não resistiu aos ferimentos.
 
O corpo de Henrico foi liberado pelo Instituto Médico Legal (IML) Afrânio Peixoto, no Centro do Rio, sábado, e trazido para Brasília ontem. Os pais também voltaram à capital ontem e vão enterrar o filho hoje, no Cemitério Campo da Esperança. O início do velório está marcado para as 8h, no templo ecumênico do cemitério, e o sepultamento será às 11h30. A polícia da capital fluminense investiga o caso como homicídio culposo (sem intenção de matar) e pode responsabilizar o apart-hotel, o condomínio Residencial Paradiso, pelo acidente.
 
Fonte: Correio Braziliense


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