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COMBATE AO CRACK: Priorizar e acreditar

Luiz Odorico Monteiro de Andrade[1]
A meta é abrir 378 consultórios nas ruas, com atendimento volante nos locais onde há maior incidência de crack.
Quando lançou o Programa Nacional de Combate ao Crack, a Presidente Dilma Rousseff destacou três verbos que precisam ser utilizados: prevenir, cuidar e reprimir. Esta, segundo a Presidente, é a síntese de um pacto digno de um país que tirou 40 milhões de pessoas da pobreza.
Para se ter uma dimensão desse desafio, entre 2003 e 2011, o número de atendimentos no Sistema Único de Saúde (SUS) por dependência química aumentou em dez vezes no Brasil. O crack se tornou uma ferida social pela capacidade de desestruturar famílias.
Sensível à situação, a Presidente enfatizou que o programa necessita da atuação conjunta de vários setores do governo e da sociedade. Até 2014 serão investidos R$ 4 bilhões na ampliação da Rede de Atenção Psicossocial, em parceria com estados e municípios, em uma relação interfederativa de responsabilidades.
A rede está sendo estruturada para auxiliar os dependentes químicos e seus familiares na superação do vício e reinserção social. A meta é abrir 378 consultórios nas ruas, com atendimento volante nos locais onde há maior incidência de crack. Também vão ser ofertadas 574 Unidades de Acolhimento, que cuidam em regime residencial até a estabilidade clínica e o controle da abstinência.
Já os Centros de Atenção Psicossocial para Álcool e Drogas (CAPS AD) passam a funcionar 24 horas por dia, 7 dias por semana, atendendo 400 pessoas por mês. Até 2014, serão 175 unidades em todo o País. As Comunidades Terapêuticas vão receber do Governo Federal mais de R$ 300 milhões nos próximos três anos.
O enfrentamento ao tráfico e às organizações criminosas é uma vertente do programa, tocada pelo Ministério da Justiça, com apoio da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal. Outra frente é o Programa de Prevenção do Uso de Drogas na Escola, com a proposta de capacitar 210 mil educadores em 42 mil escolas públicas, além de 170 mil líderes comunitários.
Visando a reforçar esse trabalho, a Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa do Ministério da Saúde (SGEP-MS) realiza uma parceria com a Central Única de Favelas (Cufa), promovendo caravanas sociais nas capitais. O objetivo é atingir territórios invisíveis à sociedade, com estratégias de mobilização e prevenção.
São muitas ações em prol de uma mesma luta. E mais verbos podem ser conjugados: enfrentar, agir, capacitar. Para colocá-los em prática, o Ministério da Saúde conjuga mais dois: priorizar e acreditar.
[1] Médico, Professor da UFC-Universidade Federal do Ceará, Doutor em Saúde Pública e Secretário de Gestão Estratégica e Participativa do Ministério da Saúde.


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