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Políticas de sangue no Brasil

Luiz Odorico Monteiro de Andrade[1]


Atingir quatro milhões de voluntários; coletar 4,5 milhões de bolsas de sangue por ano; reforçar as medidas de proteção a quem doa e quem recebe sangue; concluir a fábrica da Hemobrás (2012). São metas ousadas para um desafio ousado: tornar o Brasil autossuficiente na área de sangue e hemoderivados.


O Ministério da Saúde vem tomando várias medidas para alcançar esse objetivo, como a ampliação da faixa etária de doação, que está entre 16 e 68 anos. Isso significa que 14 milhões de brasileiros podem ser incentivados a tornarem-se potenciais doadores.


A fábrica da Hemobrás será a maior de hemoderivados da América Latina, com capacidade de processar 500 mil litros de plasma sanguíneo por ano. Serão investidos R$ 670 milhões. Além de fortalecer o complexo industrial da saúde no País, o empreendimento será berço de novas pesquisas e produção de medicamentos essenciais à vida de pessoas com hemofilia, portadores de câncer, Aids etc.
Para garantir acesso seguro, universal e qualificado às redes de hemoterapia e hematologia, a gestão interfederativa do SUS é fundamental. Cada unidade federativa delineia o Sistema Estadual de Sangue por meio das hemorredes.


As articulações se dão pelo Sistema Nacional de Sangue (Sinasan, 2012), que inter-relacionam Ministério da Saúde, Conselho Nacional de Saúde e Sistema Estadual de Saúde. Um novo Regulamento Técnico de Procedimentos Hemoterápicos estabelece um controle de qualidade nos hemocentros. Outra medida importante é a implantação de um sistema de informações que possibilite um controle de toda a produção e estocagem do sangue coletado no País.


A padronização da rede brasileira, por meio de um sistema nacional de etiquetagem, vai permitir a troca de dados pelos serviços de hemoterapia e gestores do SUS. Tais ações fazem parte da estrutura de um plano de contingência, com vistas à Copa do Mundo de 2014 e às Olimpíadas de 2016.


Em um contexto histórico recente, saímos de um período onde se comercializava sangue sem critérios, triagem ou uso de material descartável para um momento de implantação de projetos inovadores que refletirão na saúde e também no setor econômico e social, consolidando o SUS como referência mundial.
Precisamos continuar trabalhando e ousando juntos, em uma gestão interfederativa e participativa, para fazermos jus ao clamor de Betinho e Henfil e salvarmos o sangue do povo brasileiro.

 

REFERÊNCIAS:

Fábrica da Hemobrás. Acesso em 22/07/2012 e disponível em:http://www.hemobras.gov.br/site/conteudo/fabrica.asp
Sistema Nacional de Sangue (Sinasan). Acesso em 22/07/2012 e disponível em: http://portal.saude.gov.br/portal/saude/Gestor/area.cfm?id_area=1296

 

[1]Médico, Professor da UFC-Universidade Federal do Ceará, Doutor em Saúde Pública e Secretário de Gestão Estratégica e Participativa do Ministério da Saúde.

 



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