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Governo planeja ’importar’ médico para a rede pública

01 de março de 2013
 
Proposta visa facilitar atuação de profissionais estrangeiros e de brasileiros formados no exterior como forma de reduzir deficit no SUS
 
FLÁVIA FOREQUE DE BRASÍLIA
 
A atuação de médicos estrangeiros e de brasileiros formados no exterior na rede pública de saúde pode ser facilitada por uma proposta em debate pelo governo federal.
 
Hoje, esse ingresso é feito principalmente pelo Revalida, exame tido como difícil e com alta taxa de reprovação.
 
A ideia é lançar editais internacionais para que os médicos trabalhem vinculados à rede pública em cidades do interior e periferias carentes de assistência, com registro provisório de dois anos.
 
Nesse período, o médico seria acompanhado por tutores e supervisores de instituições de ensino e teria aulas de português e sobre o SUS.
 
Após dois anos, se quisesse ficar no país, o profissional teria que fazer o Revalida.
 
Essa proposta foi apresentada, anteontem, a reitores e coordenadores de cursos de medicina de universidades federais pelos ministérios de Saúde e Educação.
 
O Ministério da Saúde calcula um deficit de 160 mil médicos, que será suprimido apenas em 2035 se mantida a presente situação.
 
A expectativa é que a carência seja sanada principalmente por médicos de Portugal e Espanha, onde o índice de desemprego está alto.
 
"Tem gente que diz que a proposta é importar médicos sem qualidade, que vão tomar o lugar dos brasileiros. Não achei que seja isso, pareceu algo bem organizado", disse Ângela Cruz, reitora da UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte).
 
As entidades médicas no Brasil têm opinião contrária e criticam duramente a ideia de flexibilizar a entrada dos diplomas internacionais.
 
Para o CFM (Conselho Federal de Medicina), o problema é a má distribuição de médicos. Estudo da entidade aponta que a proporção de médicos no país, na rede pública e privada, é de 2 médicos por 1.000 habitantes.
 
Enquanto isso, no SUS o índice é de 1,13 no país e não passa de 1,35 no Sudeste.
 
O governo também estuda alterar o Revalida, para que o exame tenha o mesmo grau de exigência dos cursos nacionais. Uma possibilidade é calibrar a nota de corte pelo desempenho de formandos de medicina na prova.
 
Fonte: Folha de S. Paulo


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