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Empresa de Campinas é condenada a pagar R$1 milhão por danos morais

21/03/2013 13h40 - Atualizado em 21/03/2013 13h46
Fábrica de multinacional americana colocava os trabalhadores em risco. 
Ex-médico também foi condenado por omissão de dados e assédio moral.
 
A 9ª Vara do Trabalho de Campinas (SP) condenou a empresa Hollingsworth do Brasil, multinacional americana especializada na produção de terminais elétricos, ao pagamento de R$ 1 milhão por danos morais coletivos por expor funcionários a riscos de insalubridade. O ex-médico da empresa também foi condenado a pagar R$ 200 mil de indenização por emitir laudos falsos sobre a saúde dos trabalhadores e também por assédio moral. A sentença foi divulgada na quarta-feira (20).
 
Segundo  a assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho (MPT), o órgão moveu uma ação pública em 2008, para investigar denúncias de más condições do trabalho na multinacional. Ao longo da investigação, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e o Centro de Referência em Saúde do Trabalhor (Cerest) produziram laudos que provaram que os locais de trabalho eram impróprios e que foram comprovados muitos casos de Lesão por Esforço Repetitivo (Ler), além de outras lesões musculares.
 
Ainda segundo o MPT, os relatórios também apontaram uma rotina de trabalho intensa, com excesso de carga horária, principalmente nos setores de montagem e de embalagem. Além disso, a empresa não tinha nenhum programa de prevenção contra acidentes. Após a sentença, a empresa pode recorrer da decisão no Tribunal Regional do Trabalho (TRT).
 
Médico

O ex-médico da multinacional foi processado na mesma ação, acusado de mascarar os laudos para que não fosse descoberto que os problemas de saúde tinham relação com as más condições do trabalho. Para isso, ele pressionava os funcionários para voltarem ao trabalho e teria praticado assédio moral e ameaças, segundo o Ministério do Público do Trabalho.
 
Durante a ação, um dos pedidos do MPT e do MTE era que o médico deixasse de exercer as atividades na empresa. Por isso, ele foi desligado antes do julgamento do mérito. A identidade do profissional permanece como segredo de Justiça.
 
G1 tentou contato por telefone em unidades da multinacional espalhadas pelo Brasil, mas nenhuma delas atendeu as ligações. A reportagem também entrou em contato com um advogado que representava a empresa, mas ele afirmou que a multinacional não é mais sua cliente e que não sabe quem é o novo responsável pelo caso.
Além disso, o G1 também buscou informações na 9ª Vara do Trabalho, no Sindicato dos Metalúrgicos e na Associação Comercial e Industrial de Campinas (Acic) para conseguir algum contato com a Hollingsworth do Brasil, mas não obteve retorno. Funcionários de empresas vizinhas  da unidade de Campinas afirmaram que a fábrica está desativada.
 
Fonte: G1 Globo


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