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Rede Sampa da prefeitura vai auxiliar dependente químico

30 de abril de 2013
 
Lançada ontem por Fernando Haddad, a unidade capacitará 11 mil pessoas da Secretaria Municipal de Saúde, junto com ações de combate ao crack
 
SÃO PAULO
 
"Queremos uma nova maneira de lidar com o problema, mais humana e mais efetiva", disse ontem o prefeito Fernando Haddad, ao abrir a primeira atividade de capacitação para profissionais de saúde mental da Rede Sampa. Será oferecido treinamento a 11 mil pessoas da equipe da Secretaria Municipal de Saúde.
 
Segundo comunicado da prefeitura, o objetivo do programa é aprimorar o atendimento às pessoas com dependência química. A ação integra o conjunto de medidas de combate ao crack anunciadas por Haddad na última sexta-feira (26). A abertura das atividades ocorreu no Centro Universitário São Camilo, no Ipiranga.
 
"É um programa de formação continuada, então é basicamente alinhar com os profissionais a política pública voltada à saúde mental. Queremos uma nova maneira de lidar com o problema, mais humana e mais efetiva", afirmou Haddad.
 
O prefeito apontou ainda a necessidade de mais presença dos serviços de saúde nas áreas com concentração de dependentes químicos, como a Luz, na região central. "A presença do estado mostra para a sociedade, para o dependente químico e para as famílias que nós não vamos desistir daquele espaço e daquelas pessoas", disse.
 
Na primeira etapa do programa de capacitação serão treinados 650 profissionais. Passará pelos cursos toda a equipe envolvida no atendimento de saúde mental, como agentes comunitários de saúde, psicólogos, psiquiatras, enfermeiros, assistentes sociais, gerentes de Centros de Atenção Psicossocial (Caps) e auxiliares de enfermagem. Os cursos ocorrerão por meio dos módulos de educação a distância da Escola Municipal de Saúde.
 
"Através dos seres humanos que trabalham na Secretaria Municipal de Saúde nós vamos poder dar outra perspectiva a estes outros seres humanos que estão nas calçadas. A qualificação permanente dos profissionais na área de saúde mental nós nomeamos como Rede Sampa. Contamos para isso com repasse do Ministério da Saúde de R$ 14 milhões", disse o secretário José Fillipi (Saúde).
 
No evento de abertura, foram apresentadas as palestras "Política de Saúde Mental na Cidade de São Paulo", por Myres Cavalcanti, Coordenadora da área de saúde mental da Secretaria Municipal de Saúde, e "A Redução de Danos na Política de Saúde Mental, Álcool e outras drogas", por Dartiu Xavier da Silveira Filho.
 
Na cerimônia na manhã de ontem, Haddad propôs também a instalação de um novo Centros de Atenção Psicossocial - Álcool e Drogas (Caps AD III) na Rua Helvétia, região central da cidade conhecida pela grande concentração de dependentes químicos.
 
"Queremos transferir para a área da saúde um equipamento da área da assistência social que fica exatamente no centro do problema, do ponto de vista geográfico. A encomenda foi feita porque eu acho importante que a presença física se dê de uma forma mais efetiva, que a gente esteja ampliando o espaço da cidadania, demonstrando para aquele dependente químico que ali ao lado, a alguns passos, ele tem a chance de se recuperar", afirmou o prefeito Haddad.
 
Na última sexta-feira (26), o prefeito anunciou um conjunto de medidas para o combate ao crack, com a instalação de 30 Centros de Atenção Psicossocial - Álcool e Drogas (Caps Ad III) para o atendimento 24 horas, 16 novos Consultórios de Rua e cinco ambulâncias especializadas. agências
 
Fonte: DCI - Comércio, Indústria e Serviços


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