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China prende 900 por vender carne falsa e contaminada

04 de maio de 2013
 
Segundo fiscais sanitários, comerciantes usavam restos de raposas e ratos e ofereciam como produto bovino
 
Episódio amplia lista de escândalos alimentares no país; suspeita é que autoridades acobertem vários outros casos
 
MARCELO NINIO DE PEQUIM
 
Mais de 900 pessoas foram presas na China por vender carne falsa e contaminada, no mais recente escândalo alimentar do país.
 
Segundo a mídia estatal, fiscais de vigilância sanitária registraram cerca de 400 ocorrências de carne imprópria para o consumo e confiscaram 20 mil toneladas.
 
Numa apreensão, os suspeitos diziam vender carne bovina e de carneiro, mas o produto era feito de restos de raposa, marta (mamífero aparentado do furão comum no país) e ratos, misturados com produtos químicos.
 
Houve ainda casos de carne estragada com conservantes e água injetada, para aumentar o peso, porcos doentes e frangos com químicos venenosos, disse o Ministério de Segurança Pública.
 
"Devido à tentação de aumentar os lucros e às falhas na fiscalização, os crimes de segurança alimentar continuam graves", disse ao diário estatal "China Daily" o assessor de imprensa do ministério, Zhang Hongqiang.
 
O resultado dessas inspeções gera nova onda de desconfiança sobre a qualidade dos alimentos no país. Sem falar na drástica queda nas vendas de frango e pato nos últimos meses, devido a um novo surto de gripe aviária que já matou 27 pessoas.
 
Temendo instabilidade social, o governo tem intensificado as operações de vigilância sanitária.
 
Quem vive na China se habitou com histórias de revirar o estômago: de óleo de esgoto reaproveitado em restaurantes a melancias que explodem por excesso de produtos químicos.
 
Em março, milhares de porcos mortos surgiram boiando em estado de decomposição num rio perto de Xangai, supostamente lançados por criadores que detectaram doenças nos animais.
 
A pressão sobre o governo aumentou nos últimos anos, sobretudo desde que pelo menos seis crianças morreram e milhares ficaram doentes em 2008, após consumir leite em pó com melamina, substância usada para adulterar o nível de proteína.
 
Segundo o Ministério da Saúde, 146 pessoas morreram por intoxicação alimentar no país no ano passado --alta de 6% em relação a 2011.
 
Diante do controle do governo sobre a circulação de informação, a suspeita é que muitos outros escândalos sejam acobertados.
Num dos únicos foros de livre expressão do país, o microblog Weibo (versão chinesa do Twitter), o caso mais recente gerou centenas de comentários, muitos ensinando a diferenciar entre carne de rato e de carneiro.
 
A maioria deles manifestava revolta: "Leite contaminado por melamina, óleo de esgoto, porco com água injetada, carneiro feito de ratos...Faltam moral e consciência aos comerciantes chineses", disse o usuário identificado como Zhenjia20.
 
Leite contaminado por melamina, óleo de esgoto, porco com água injetada, carneiro feito de ratos... Faltam moral e consciência aos comerciantes"
 
ZHENJIA20
 
USUÁRIO DO TWITTER CHINÊS
 
Fonte: Folha de S. Paulo


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